O PT usará o “ato democrático” de 1/8 para ganhos políticos, com vistas à democracia

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O governo Lula prepara um “ato democrático” para a próxima segunda-feira, 8, em referência aos protestos seguidos de ataques predatórios a prédios públicos realizados na mesma data do ano passado. Para este evento, que deve contar com a presença de autoridades governamentais e seus aliados, um programa especial de segurança está sendo organizado em Brasília. Especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo avaliam esse ato como uma ação simbólica por meio do PT e seus aliados com o objetivo de gerar capital político e eleitoral em ano eleitoral.

A ação organizada por meio do presidente Lula (PT) e seus aliados se baseia na ideia de que o 8 de janeiro representava ameaças reais à democracia brasileira, o que não aconteceu. O professor de ciência política Cristiano Noronha, da Arko Advice, diz que “nem o Judiciário nem o Legislativo apoiaram esses atos. Não havia vestígios de ajuda institucional.

Ele explica que tampouco houve apoio das principais lideranças do Congresso ou participação da cúpula das Forças Armadas no movimento. “Então, na minha opinião, aquilo não representou um grave risco à democracia. As instituições se mostraram muito fortes e as pessoas que estavam à frente dessas instituições também”.

Luiz Filipe Freitas, analista político e conselheiro do Malta Advogados, acrescenta que, como o establishment não aderiu ao movimento, uma tentativa de ruptura democrática, como alega o petista, não teria a menor chance de ser viável. Na história do Brasil, seja na Proclamação da República, em Vargas ou em 1964, em todos esses movimentos houve estabelecimentos que compraram essa luta, essa ruptura, que não ocorreu no dia 8 de janeiro. “

Freitas acredita que o PT é esse episódio em seus cálculos eleitorais, pois é um dos partidos que aproveita ao máximo o marketing político negativo, o conhecimento e os fatos para enfraquecer seus adversários. Embora tenha poucos efeitos práticos, a longo prazo pode ter um efeito estratégico maior.

No entanto, segundo o site Metrópoles, o governo tem receio de usar essa data para fins eleitorais e está cometendo o mesmo erro do ex-presidente Jair Bolsonaro em 7 de setembro do ano passado: o ex-presidente proibiu através do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) usá-la. fotografias de sua participação nesses protestos durante sua campanha eleitoral. Freitas não acha que haja um paralelo entre os dois episódios, porque o Dia da Independência é nacional e tem um apelo patriótico maravilhoso, o que não é o caso em 8 de janeiro.

“Embora o governo pretenda fazer disso uma data vital, não tem essa dimensão. Essa estratégia provavelmente só teria efeitos práticos daqui a 10 anos, mas com o tempo eles também podem ser especialmente minimizados. “O analista acredita que as eleições permitem o uso dessas armas contra os partidos em conflito e que o PT as usará contra candidatos ligados a Bolsonaro. Dessa forma, 2024 seria um cheque para o partido avaliar a eficácia da estratégia.

Noronha também acredita que o PT usa o dia 8 de janeiro como bandeira para corroer o símbolo de Bolsonaro e que, como a matéria ainda tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), a exploração política desse cenário tende a continuar por mais tempo. . ” Quem for indicado como candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o PT tentará vinculá-lo ao 8 de janeiro como um ataque à democracia. “

O “ato democrático” se posicionará na próxima segunda-feira, às 15h, no plenário de consulta do Senado, e já está confirmada a presença de Lula e do presidente do STF, Luís Roberto Barroso; do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O ministro da Economia, Fernando Haddad, retornará das férias para participar do evento.

Ao unir os chefes dos três Poderes, Lula também tenta protagonizar a atenuação de diversas tensões, mais especialmente ocorridas no fim do ano, quando o Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíbe decisões monocráticas do STF, avalia Noronha. “Quando Lula faz esse tipo de movimento, ele tenta aproximar os chefes dos Poderes e se apresenta como a pessoa que está liderando esse apaziguamento”.

Antônio Flávio Testa, médico sociológico e consultor político, acredita que, apesar disso, a participação no evento pode ser apenas um “chute no pé” para os presidentes do Senado e da Câmara, que querem “ajuda parlamentar para politicamente”.

Governadores e parlamentares apoiadores do governo, representantes da sociedade civil, ministros e presidentes de tribunais e assembleias legislativas estaduais também devem comparecer. Em sua última assembleia ministerial de 2023, realizada em 20 de dezembro, o país se manifestou sobre a implementação do “ato democrático”. Lula pediu aos ministros que fizessem uma pausa nas férias para participar da cerimônia.

Inicialmente, a organização da ocasião está a cargo do ministro Flávio Dino. Este será seu último ato à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), já que, conforme anunciou Lula, deixará o cargo no dia 8 de janeiro. para ingressar no Supremo Tribunal. Porém, como Dino está de férias, a responsabilidade desse ato recai sobre Ricardo Cappelli, secretário executivo do MJSP.

A funcionalidade de Cappelli tem sido acompanhada de perto, já que ele deve atualizar Dino como chefe do departamento. No dia 26 de dezembro, o secretário-executivo se reuniu com representantes da Secretaria de Segurança Federal (SSP-DF), do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e de chefes de segurança do Poder Legislativo e Judiciário Federal do Centro de Operações Integradas de Brasília (CIOB). para gerenciar os detalhes de segurança do evento.

Recentemente, Cappelli anunciou uma série de medidas de segurança que serão tomadas no dia 8 de janeiro. O secretário-executivo também é responsável por orientar as ações de segurança pública no Distrito Federal. Entre elas, o fechamento do perímetro da Praça dos Três Poderes.

O domínio continuará sendo monitorado por meio de câmeras de segurança e drones, e tropas especializadas e linhas de busca serão usadas. Além disso, o acesso ao Distrito Federal será monitorado por meio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Mais pontos importantes da programação devem ser divulgados nesta quinta-feira.

Em complementação às ações anunciados por Cappelli, o GSI da Presidência anunciou que pretende trocar os vidros do térreo do Palácio do Planalto por material blindado. A mudança pode passar dos R$ 8 milhões. O próprio GSI considera a intervenção um reforço sem complexidade, mas eficaz para o aumento da segurança, pois avalia que os vidros comuns facilitaram a invasão ao prédio no ano passado.

Apesar da complexa organização da segurança, até o momento não houve confirmação de manifestações de oposição ao governo Lula previstas para 8 de janeiro na Esplanada dos Ministérios ou em qualquer outro ponto de Brasília. De fato, segundo o site Metrópoles, as manifestações na capital federal entre janeiro e novembro deste ano diminuíram 63% em relação a 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro.

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