O Ministério da Agricultura e Pesca do Japão anunciou nesta sexta-feira (29) o levantamento do embargo que suspendia a importação de aves férteis e ovos de Mato Grosso do Sul. A resolução vem após a retirada do impedimento à importação de carne. Pássaro brasileiro em 20 de outubro.
De acordo com as normas sanitárias japonesas, se nenhuma irregularidade fosse encontrada em até 28 dias de análise, o embargo seria suspenso. No período da suspensão, o governo estadual informou que as exportações não foram prejudicadas, já que foram realocadas para outros mercados.
Na época da suspensão, o chefe da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, disse que todas as medidas de adaptação haviam sido tomadas no momento da descoberta da epidemia, em setembro. A Iagro [Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do MS] tomou todas as medidas, mas, apesar disso, o Japão, como já havia feito em Santa Catarina, suspendeu as importações. “
A presença do vírus IAAP – H5N1 (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade) foi notificada no Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) no dia 18 de setembro. Este é o primeiro surto da doença registrado em Mato Grosso do Sul e o 3º em aves de subsistência em todo o Brasil. Com essa confirmação, o total de focos de influenza aviária no Brasil sobe para 103, totalizando 100 em aves silvestres e 3 em aves de subsistência.
Segundo o Mapa, Mato Grosso do Sul abateu 173 milhões de aves e exportou 161,5 mil toneladas do produto em 2022, com faturamento de R$ 345 milhões. O número de animais mobilizados para abate nos primeiros cinco meses de 2023 foi de 73 milhões de aves.
A avicultura de Mato Grosso do Sul respondeu por 3,77% da receita brasileira com exportações (US$ 4,1 bilhões) de carne de frango e ocupou o 7º lugar no ranking nacional nos primeiros cinco meses deste ano, aumento de 3,84% em relação ao mesmo período do ano anterior.