Em 2023, a dengue figurou entre as principais causas de óbito da população sul-mato-grossense. Com 42 mortes confirmadas, o Estado encerrou o ano com o 2º maior pico de óbitos da série histórica, criada em 2014, ficando atrás somente de 2020, quando 43 pessoas morreram pela doença.
Dados do Boletim Epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria de Estado da Saúde), divulgado nesta quarta-feira (3), indicam que em 2023 Mato Grosso do Sul registrou 41. 046 casos confirmados da doença, o dobro do ano passado. ano, que somou 21. 328 pessoas infectadas.
Entre janeiro e dezembro do ano passado, o estado registrou 42 mortes por dengue. O número de casos prováveis foi de 46. 736, o maior desde 2020, quando foram registrados 65. 675.
Entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 75 foram classificados como de maior ocorrência de casos prováveis, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com o boletim, Terenos, Paranaíba, Tacuru e Aparecida do Taboado têm incidência média da doença.
Campo Grande lidera a lista de casos confirmados da doença, com 12. 087, seguida por Três Lagoas (4. 632) e Corumbá (2. 300). Embora a capital tenha as maiores taxas de infecção, a cidade apresenta uma baixa incidência consistente com a capital. O município de Alcinópolis é o culpado pelo índice de confirmação no estado, com 9. 036.
Para 2024, espera-se um alívio significativo no número de casos, tendo em vista que, em uma ação inédita no país, a cidade de Dourados, a 229 quilômetros de Campo Grande, iniciou a vacinação em massa contra a dengue. A meta é vacinar cerca de 150 mil pessoas de 4 a 59 anos.
Segundo a prefeitura de Dourados, o laboratório já entregou cerca de 90 mil doses para a Sems (Secretaria Municipal de Saúde) e para o Centro de Vacinação, que iniciou a distribuição nesta quarta-feira (3), às 7h30, para todas as UBS (Básicas de Saúde). Unidades). Centros) do município.
O ciclo completo da vacinação é feito com duas doses. Qdenga demonstrou uma eficácia global de 80,2% contra a dengue de qualquer sorotipo 12 meses após a segunda dose em ensaios clínicos. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%. Segundo Takeda, a vacina promete imunidade contra a dengue por até cinco anos.
A vacinação em massa está sendo desenvolvida por meio da Sems, em colaboração com o laboratório japonês Takeda, que desenvolveu a vacina Qdenga. A vacina já está disponível na rede de ginástica pessoal e tem imunidade completa em duas doses, cujo cronograma deve ser implementado 3 meses após a primeira dose.
Para receber a primeira dose da vacina, dirija-se à academia mais próxima, com documentos como CPF e cartão SUS.
Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti também é transmissor de doenças como a Chikungunya e o Zika Vírus, por isso, é essencial adotar medidas para evitar a proliferação e contaminação:
Os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor nas articulações e erupção cutânea. Além disso, a SES recomenda estar atento aos sinais de alarme, que podem incluir dor abdominal intensa, vômitos persistentes, diarreia, fadiga e sangramento de mucosas.
Bianca Modafari Godoy ressalta que, em caso de suspeita de dengue, é recomendado manter-se hidratado e descansar, além de procurar tratamento em uma academia.
“É fundamental ressaltar que não se deve se automedicar, pois se você usar anti-inflamatórios como a aspirina, pode piorar a coagulação sanguínea e sua condição física, já que a dengue pode causar sangramentos. “
Serviço:
Em caso de dúvidas, entre em contato com o Serviço Estadual do CIEVS pelo disque-denúncia: (67) nove 8477-3435, 0800-647-1650 ou (67) 3318-1823.