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O sentimento de indignação dominou a assembleia realizada na noite desta quarta-feira (27) na Associação Comercial e Industrial de Camaquã (ACIC). O objetivo da assembleia, que contou com a presença de lideranças locais e operadores políticos, foi alinhar posições e planejar os próximos movimentos contrários ao reajuste dos pedágios na região.
Os cinco pedágios da Ecosul Rodovias, na BR 116 e BR 392, são os mais caros do Rio Grande do Sul e estão entre os 3 mais caros do Brasil. Com o reajuste de 28,9% aprovado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na última quinta-feira (21), a tarifa base passa de R$ 15,20 recentemente para R$ 19,60 em 2024, colocando-a no topo da lista de pedágios máximos nas rodovias federais. Quem for de Camaquá e viajar para o Rio Grande pagará esse valor 3 vezes na ida e 3 vezes na volta. Outras categorias, como caminhões e ônibus, também passaram por ajustes.
A aprovação do reajuste foi amplamente divulgada após ser conhecida pelo jornalista Jocimar Farina, da GZH, e se posicionar 15 dias após audiência pública sobre o novo modelo de concessão de pedágio realizada no Auditório Sicredi, em Pelotas, com a presença do público em geral. e executivos de todo o sul do estado. Na ocasião, a convite do deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB), discursou o diretor da ANTT (empresa que regula contratos e concessões de pedágio), Rafael Vitale Rodrigues. A empresa está ciente das dificuldades enfrentadas pela região e não deu indícios de que o número de pedágios possa aumentar ainda mais antes do fim do contrato de concessão da Ecosul, em março de 2026.
O empresário e caminhoneiro Sandro Antunes destacou que o valor gasto com pedágios é maior do que o valor gasto com combustível. O ônibus pagará R$ 232,00 por cada pedágio, totalizando R$ 1. 392,00 por uma circular até Rio Grande. Esse preço representa uma cobrança de R$ 3,66 por km com pedágio. A cobrança pelo diesel é de R$ 2,27 por km.
A Ecosul Rodovias já enviou proposta de renovação da concessão por 15 anos, prometendo redução de tarifas. As recentes mobilizações, assim como a desta quarta-feira em Camaquã, também exigem a elaboração de um novo contrato de concessão, com opção de festival com outras empresas. Fontes já indicaram que existe a opção da ANTT renovar o contrato sem nova licitação.
O recente movimento de repúdio ao reajuste, aprovado por unanimidade na Câmara Municipal de Camaquã, previsto por meio de seu promotor Vitor Azambuja (progressistas) e demais vereadores prevê os deputados estaduais Marcus Vinicius (progressistas) e Zé Nunes (PT). Este último, do mesmo partido do atual presidente da República, anunciou uma reunião com o ministro dos Transportes, Renan Filho, nos próximos dias.
O vice-prefeito Abner Dillmann (PSDB), ao assumir o poder executivo de Camaquã, resumiu o sentimento de muitos outros presentes na assembleia afirmando que “enquanto estávamos preparando a ceia de Natal, eles estavam preparando esse presente para nós”. Ele concluiu sua fala dizendo que “acham que somos palhaços”. Todos que falaram expressaram um sentimento.
Ao final da reunião, convencido de que o reajuste é “abusivo e sem embasamento técnico”, foi dito que haveria uma mobilização maior, com paralisação, em 3 de janeiro de 2024. O local ainda não foi explicado (trevo de Camaquã ou pedágio de Cristal) e o horário da reclamação. Por telefone, o prefeito de Rio Grande, Fábio Branco (MDB), demonstrou apoio. O conceito é mobilizar toda a Zona Sul, acima de questões partidárias e ideológicas.
A data foi avisada por ser o mesmo dia de uma assembleia entre os prefeitos da Costa Doce em Camaquã. Além do ato conjunto, também é possível que cada município realize atos de protesto local.
Uma petição pública física também será produzida e promovida nos próximos dias, em paralelo à petição existente disponível clicando aqui. Um pedido de medidas cautelares para suspender o ajuste também foi protocolado no Tribunal de Contas da União (TCU). Mais dados devem ser divulgados nesta quinta-feira (28).
Estiveram presentes os deputados estaduais Marcus Vinícius e Zé Nunes; Abner Dillmann, vice-prefeito de Camaquã; Jardel Cardoso (PL), prefeito de Arambaré e presidente da Associação dos Municípios da Costa Doce (ACOSTADOCE); Marcelo Krolow (PSDB), prefeito de Cristal; deputado federal Pompeu de Mattos (PDT); vereadores e secretários municipais de Camaquã; Edisnei Rodrigues (Progressistas), vereador de Rio Grande; empresários e demais lideranças e membros da comunidade. A Secretaria Estadual do Trabalho e Desenvolvimento Profissional, liderada por Gilmar Sossella, também estava representada na reunião.
Entrevista com Daniel Trzeciak, na Clic Rádio, no dia 22 de dezembro:
Texto: Pablo Bierhals
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Publicado pela primeira vez no Clic Camaquã » Zona Sul se une contra o pedágio máximo no Brasil e a greve tem data marcada.
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