Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 418. 414. 581 kg de maconha foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2023, em Mato Grosso do Sul.
Este valor é o mais baixo dos últimos 4 anos, sabendo-se que foram apreendidos 513. 109. 546 kg em 2022, 696. 578. 157 kg em 2021 e 765. 211,09 kg em 2020.
Das 418 toneladas apreendidas em 2023, 199,6 foram capturadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo o relatório, o carregamento ilícito, apreendido no ano passado, está avaliado em R$ 839,88 milhões em centros primários.
As apreensões reduziram em 19% comparado a 2022, 40% comparado a 2021 e 54% comparado a 2020. Confira o gráfico:
Os órgãos de apreensão de drogas são a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Federal (PF), a Polícia Militar (PMMS) e a Polícia Civil (PCMS).
Segundo o diretor regional da PRF em MS, João Paulo Pinheiro Bueno, os policiais atuam sozinhos, mas em conjunto, para combater o tráfico de drogas e o crime organizado.
“A proteção pública é uma construção coletiva. A FRP não faz isso sozinha. A PF não faz isso sozinha, nem a Polícia Civil nem a Polícia Militar. Todos nós agimos pelo bem-estar da sociedade. Estamos há muitos anos trabalhando de forma integrada”, disse em 18 de dezembro de 2023, na festa de aniversário do acordo de cooperação técnica para o status quo da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso do Sul (FICCO/MS).
O ano de 2024 começou com uma grande apreensão de maconha. A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes de Fronteira (Defron), apreendeu cerca de 5. 484 toneladas de maconha, distribuídas em 225 fardos, na madrugada desta sexta-feira (5), em Dourados, município localizado a 249 quilômetros de Campo Big.
O repasse ilícito é estimado em R$ 11 milhões nas escolas de ensino fundamental. Esta é a maior apreensão do ano até agora.
No início da noite de domingo (7), por volta das 19h, os moradores do bairro Jardim Itamaracá foram surpreendidos por um barulho alto, devido à explosão na cozinha da Escola Municipal José Paniago, que abrigava uma lareira na unidade. A mesma escola já havia bloqueado a chaminé em 2017 e até hoje funciona sem chaminé ou certificado de pânico da brigada de chaminé.
De acordo com dados fornecidos pela equipe da escola, a chaminé explodiu depois que o vigia noturno usou o fogão para aquecer algo. A causa da chaminé ainda foi comprovada através do ramo da chaminé e dos resultados finais da investigação, até que o assunto seja concluído. Foi tornado público.
Cidadãos locais prestaram os primeiros socorros ao sequestrador. Uma vizinha da escola, Divanilda Alves Ferreira, ouviu um barulho alto, que soou como um acidente de carro. Acompanhada do filho, ela correu para ver o que estava acontecendo quando viu a explosão na escola.
“[O guarda] começou a gritar por socorro e aí, assim como eu e meu filho, começamos a arrombar a porta da escola para poder ajudá-lo. “Ele foi fazer café e acho que nesse momento o fogão grudou na lareira. Ele acordou quando bateram na porta e ele veio abrir e verificamos para tirá-lo de lá, mas ele já estava queimado”, disse o morador. Reportado.
Divanilda comentou ainda que o fogo e a fumaça não estavam tão grandes, e que, logo após retirarem o guarda da escola, eles chamaram o Corpo de Bombeiros, que chegou e controlou a situação.
O guarda foi levado para a Santa Casa em uma viatura da Guarda Civil Metropolitana (GCM), com queimaduras por todo o corpo. O estado do trabalhador não foi informado pelo hospital, pois seus familiares não permitiram.
A escola municipal atende aproximadamente 1. 200 alunos, da educação infantil ao ensino fundamental. Segundo funcionários, a unidade tem certificado de chaminé e pânico, mas só tem extintores de chaminé em caso de emergência e passaria por reformas neste ano.
A secretaria da escola funcionou normalmente pela manhã. Os trabalhadores estiveram no local atendendo solicitações de registros e relataram que médicos legistas ainda não haviam visitado o local para analisar a explicação do incêndio, mas os trabalhadores acreditavam que se tratava de um problema de combustível.
No entanto, esta não é a primeira vez que a Escola Municipal José Paniago é vítima de chaminés. Em 2017, também num domingo, uma chaminé destruiu 3 salas de aula construídas com caixas de zinco e com capacidade para abrigar 25 alunos.
Na ocasião, o fogo queimou cerca de 90 metros quadrados. Além de móveis, como carteiras e cadeiras escolares, o material didático dos alunos também foi consumido pelo fogo.
Na ocasião, quatro viaturas do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas para apagar as chamas e um inquérito policial foi aberto para apurar as causas, embora não haja informações sobre o assunto.
A preocupação com as chaminés nas escolas também levou a diversas investigações por meio do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS). Em 2019, foi apresentada uma denúncia para investigar as escolas públicas da capital, tanto municipais quanto estaduais, que não tinham licença de chaminé, certificado de chaminé e pânico.
Na época, o Ministério Público 46 da Capital indicou que a Secretaria Estadual de Educação (SED) tinha 51 escolas sem planos ou que estavam em obras de adaptação. Atualmente, segundo o serviço de comunicação, os 348 espaços escolares já estão adequados.
“Para funcionar, os complexos escolares da Rede Estadual de Ensino (REE) terão que ter as autorizações obrigatórias, como a citada acima (contra incêndio e pânico). Quando uma unidade de REE não possui nenhuma dessas autorizações, a SED faz os encaminhamentos e referências obrigatórias para baixá-la ou renová-la perante os órgãos competentes”, explicou a secretaria.
No caso da Secretaria Municipal de Educação (Semed), o documento indica, em 2019, que 12 escolas da capital passaram ou deverão passar por obras de adaptação, e outras 26 tiveram a missão de combater o incêndio e o pânico.
Além do inquérito de 2019, outro procedimento foi aberto em 2022, para averiguar a regularidade documental das Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis), como alvarás de funcionamento, licenças sanitárias e alvarás do Corpo de Bombeiros.
Ainda em 2022, foram abertos diversos inquéritos, ainda em andamento, para apurar as escolas municipais, as instalações das instituições de ensino, o aparecimento de irregularidades na distribuição física e na qualidade das unidades.
A última etapa dessas investigações é um atestado referente a resoluções municipais que preveem a conservação e manutenção de diversas escolas municipais, por meio do programa Juntos pela Educação, que estima o investimento de R$ 40 milhões para a revitalização de 205 unidades educacionais.
Até a publicação da reportagem, a Semed respondeu aos dados sobre o número de escolas municipais com certificados de incêndio e pânico, nem forneceu outros dados sobre o ocorrido na Escola Municipal José Paniago.
O Corpo de Bombeiros informou que nesta semana a Sede da Culpa foi acionada para realizar uma vistoria na Escola Municipal José Paniago. “Quanto às outras escolas, elas são inspecionadas todos os anos, dependendo do atendimento e da complexidade”, disse a empresa.
Em espaços com mais de 900 metros quadrados de construção, é necessário um lugar para lareira e um certificado de pânico. As exigências variam de acordo com a área, mas podem incluir a instalação de hidrantes de chaminé, alarmes de chaminé, sinalização, entre outros procedimentos de prevenção e combate a incêndio.
Entre as escolas municipais que são alvos de inquéritos em andamento estão os colégios: Maria Regina Vasconcelos Galvão, Barão do Rio Branco, Geraldo Castelo, Iracema de Souza Mendonça e Nagen Jorge Saad.
Conforme a polícia, dois homens foram flagrados traficando papagaios e outros animais silvestres. Ao todo, foram apreendidos 206 filhotes de papagaio-verdadeiro, um filhote de arara-vermelha, um filhote de maritaca, além de um veículo Fiat Uno.
Entre elas, uma das mais significativas foi notificada pelo Correio do Estado em novembro do ano passado e aconteceu no Pantanal de MS.
Conforme matéria publicada no dia 5 de dezembro, vistoria da Polícia Militar Ambiental concluiu que o fogo que começou na Fazenda Santa Edwirges avançou sobre outras 69 propriedades da região e consumiu 65.690,12 hectares de vegetação nativa, o que resultou em uma multa administrativa no valor de R$ 19 milhões.
A multa de R$ 19 milhões só era imaginável graças ao uso da tecnologia. O Centro de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto (Nugeo) do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) apurou que a fazenda foi um dos motivos de um incêndio gigante no Pantanal.
De acordo com a promotora de Justiça Ana Raquel Nina, ela solicitou ao Nugeo um levantamento de imagens de satélite que pudessem identificar onde o fogo começou.
A reação foi rápida e, no mês passado, foi enviado um relatório contendo imagens de satélite do ponto de ignição da chaminé.
De acordo com a tenente da PMA Eveny Parrella, Generation tem sido a melhor amiga da polícia quando se trata de multas.
“Atualmente, a PMA tem investido na melhoria do nosso trabalho se utilizando da tecnologia, utilizando o georreferenciamento. Trabalhamos em parceria com o Ministério Público, e algumas autuações são feitas com base em imagens de satélite vindas do sistema deles”, afirmou Parrella.
“Dependendo da situação, usamos meios próprios, como drones, e em determinadas condições temos os da Sejusp [Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública], para dar visibilidade ao grupo aéreo. Mas a geração com certeza é uma aliada”, explicou o tenente.
“Um exemplo são os espaços de difícil acesso, o próprio Pantanal tem alguns espaços que demoram vários dias para chegar, dependendo da época do ano, e graças ao georreferenciamento temos fotografias quase em tempo real”, acrescentou.
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