“Nosso projeto também é contra as desigualdades”, diz o novo presidente do TCE-PE

O conselheiro Valdecir Pascoal tomou posse, na tarde de ontem, na presidência do Tribunal

Contas do Estado (ECT). O encontro, na sede da Escola Judiciária de Pernambuco (Esmape), no bairro Ilha Joana Bezerra, no Recife, reuniu autoridades políticas e técnicas

e negócios. Ele substitui Ranilson Ramos e comandará a equipe pelos próximos dois anos.

 

Formado em Direito, Administração e Economia, com especialização em Direito Administrativo e Constitucional e mestrado em Economia, Pascoal concedeu entrevista ao Diário de Pernambuco, destacando as projeções e situações exigentes que o aguardam.

 

O atual decano da Câmara, Valdecir Pascoal, assumiu o cargo de vereador em 2005, nomeado através do então governador, Jarbas Vasconcelos (MDB). Em 2014, também no

comando do TCE, este é seu segundo mandato. O responsável destacou pontos vitais, como os vínculos da democracia; a ampliação dos canais de comunicação, facilitando o diálogo com os cidadãos; eixos de segurança; preste especial atenção aos idosos; bem como o alívio das desigualdades sociais.

 

Entrevista com Valdecir Pascoal

 

DEMOCRACIA

 

O compromisso com a democracia é iminente pela mesma razão que é um arcabouço público carregado de Constituição. Este é o resultado de uma Assembleia Constituinte eleita pelo povo, com o objetivo de controlar o uso dos recursos. Depois de tantas lutas pela redemocratização, como o movimento das Diretas Já, que completa 40 anos neste ano, e a promulgação da Carta Cidadã, em 1988, a democracia brasileira e o establishment enfrentaram desafios maravilhosos.

 

As tentativas de enfraquecimento do establishment e os bárbaros ataques aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro em Brasília, há exatos um ano, são sintomas transparentes desse cansaço democrático e da vontade de agir para reparar a lucidez cívica e a validade da lei e do Estado de Direito.

A intolerância é o maior desafio nessa área.

Seara: mídia virtual.

 

COMUNICAÇÃO

 

Temos o compromisso de ampliar nossos canais de comunicação. Hoje temos um site, redes sociais e outros equipamentos que adotarão cada vez mais uma linguagem clara, assertiva e de fácil percepção. Cumprir o nosso dever de dar a conhecer as decisões, os movimentos estratégicos do nosso próprio controlo e sermos culpados como o quadro público que somos, aquele que monitoriza os recursos dos outros. Temos, portanto, o dever de inspirar os cidadãos a perceberem melhor este domínio que afecta a vida de todos nós. Esse é o nosso desafio, como nos mostrarmos como um ator útil. instituição, para que outras pessoas possam perceber o nosso papel e obter dados precisos e não errôneos, sobre como vai o controle, como estão os administradores, como lidam com o dinheiro, do ponto de vista da legalidade e do ponto de vista dos resultados. Outra prioridade do nosso controle será utilizar mecanismos sintéticos de inteligência, tomando as precauções obrigatórias em termos de segurança e confidencialidade dos dados, para proporcionar agilidade e encurtar distâncias.

CONTAS PÚBLICAS

 

Cada centavo de dinheiro público investido terá que ser efetivamente destinado à transformação, ao bem-estar e à melhoria da vida das pessoas. Se você olhar a Constituição Federal, no artigo 3º, há algo que resume o dever de um e de um. E nós dois, seja controle ou controle. Estes são os objectivos básicos da República. Entre elas está a garantia do progresso nacional. Há uma diferença entre expansão e progressão. Desenvolvimento é expansão com bem-estar e fonte de distribuição de renda. A tão esperada reforma da fórmula tributária é um sopro de esperança e racionalidade, capaz de gerar progresso econômico e justiça tributária, mas que requer atenção especial em sua regulamentação, para que se torne, na prática, uma fórmula tributária e fiscal sustentável. Progresso federativo.

 

DESIGUALDADE

 

Também está em nossa missão a de colaborar para reduzir as desigualdades sociais e regionais. Aí está o de erradicar a pobreza. Não é minorar, mas extinguir mesmo. Quer dizer, acabar com esse conceito de pobreza de vulnerabilidade máxima. Consta lá, promover o bem comum sem qualquer tipo de discriminação. Isto insere pautas como a dos direitos humanos, da não discriminação por raça, gênero, orientação sexual, entre muitas outras. No país desigual que vivemos, nossa maior chaga ainda é a desigualdade, e a pandemia fez isto aumentar. 

 

Foi encolhendo ao longo do tempo. Em primeiro lugar, quando olhamos para a evolução do papel do Estado brasileiro, após a Constituição Federal, percebemos que este é um marco na redemocratização. É concebível ver o fator de estabilidade humanitária como um salto maravilhoso em termos de qualidade, assim como vimos uma inflação galopante na época. E depois temos um segundo passo, com o fator da cultura da responsabilidade monetária.

 

SEGURANÇA PÚBLICA

 

A proteção pública é um fator local e nacional porque tem a ver com fatores federais, crime, crime organizado, fronteiras, armas, regulação, tudo. O Estado tem um papel muito importante a desempenhar, e isso se refere ao policiamento aberto, ao fator prisional, às estatísticas e a uma política pública de combate. Então é o Estado, sim, e é também o município, com sistemas sociais, com fontes de transferência de renda, sistemas como acolhimento ao cidadão, conscientização com educação, então tudo está conectado. Há uma detalle. de segurança que teremos que olhar, como a gestão, a governança e a estrutura contábil. Se possível, colaborar com o governo federal, com o TCU, para uma construção transversal, coordenada no âmbito da Federação.

pretende divulgar os indicadores de governança e controle de segurança de Pernambuco para 2022. Está em condições e poderá aconselhar sobre uma série de acções. Tínhamos o “Pacto pela Vida”, hoje é “Juntos pela Segurança”, mas seguindo os eixos de monitoramento, estrutura técnica e clínica, e cópia de práticas inteligentes.

 

IDOSOS E EDUCAÇÃO

 

Vamos comunicar muito sobre os idosos. Porque da mesma forma que cuidamos das crianças, é obrigatório dar especial atenção à dignidade dos idosos. O Brasil está envelhecendo, e esse conhecimento é extremamente importante. Há o prestígio do idoso, há políticas públicas sobre a dignidade do idoso, mas todas elas preferem ser fortalecidas, colocadas sob o microscópio. É também sobre a escolarização e o desafio do analfabetismo. O indicador brasileiro é vergonhoso, com 6% da população sem saber ler nem escrever, o que representa 10 milhões de brasileiros. Esse número sobe para 30 milhões e 16% se pensarmos nos analfabetos funcionais. Há políticas públicas, há alguns exemplos de práticas inteligentes sobre essas questões com a Corte, em aliança com o controle dos municípios, com o controle do próprio Estado, que dão resultados inteligentes. E a nossa preferência é preferir responder aqui e colaborar.

 

LEGADO HISTÓRICO

 

Um ponto de destaque também é o patrimônio histórico. Temos Recife, Olinda e várias cidades da Região Metropolitana que registram esse recorte. Nossa ideia é de acompanhar as ações e essa divulgação. Dispomos de quadro muito qualificado neste segmento. O nosso tribunal tem uma cartilha lançada, há dez anos, que trata deste assunto. Vamos procurar quem entende, alinhar, contribuir. Há um novo momento, uma perspectiva de um novo ciclo de revitalização do Centro do Recife, por exemplo, com incentivos fiscais. A gente vai para a Europa e encontra o povo na rua, os prédios ocupados e que não envergonham em nada. Então, a gente tem uma nova oportunidade, de copiar o que é exitoso. Temos esse know-how e expertise para isso.

 

09 de janeiro de 2024 às 19:19

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Jan 09, 2024 em 16:54

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01 de julho de 2024 às 14:50

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01 de agosto de 2024 às 19:00

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08 de janeiro de 2024 às 17:16

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