Brasil 61,
30/01/2024 às 08:47 • Atualizado em 30/01/2024 às 08:49
Mato Grosso do Sul registrou 10 casos de ferrugem asiática na safra 2023-202, quatro de soja, quatro em Laguna Carapã, um em Iguatemi, um em Itaquiraí, dois em Naviraí, um em Ivinhema e um em Chapadão do Sul, na região nordeste do estado. A presença da praga considerada grave foi conhecida por meio do Consórcio Antiferrugem, plataforma de rastreamento controlado pela Sociedade Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
A ferrugem asiática da soja é transmitida através do fungo Phakopsora pachyrhizi e pode causar perdas de produtividade de 10 a 90% se não for controlada. Segundo a Embrapa, o maior dano da doença é a desfolha precoce, que impede a formação plena dos grãos, resultando na redução da produtividade.
Entre as medidas sanitárias, o Instituto de Defesa da Sanidade Agropecuária (Iagro) está cadastrando produtores para monitorar a área plantada de soja para a safra 2023/2024 no estado. O período de inscrições termina nesta quarta-feira (31) e deve ser feito de forma online, por meio do site do órgão.
O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, destaca que o cadastramento é uma das ações estratégicas de defesa sanitária vegetal.
“É importante relembrar o produtor que é obrigatório esse cadastro, porque isso gera todo um trabalho na área de defesa. Daí a importância do cadastro dele. Além de obrigatório, ele é uma ferramenta para defesa vegetal. É um processo muito simples no próprio site da Iagro e o produtor já sabe disso”, diz.
O diretor-presidente da Iagro alerta ainda que, caso o fabricante não se cadastre, possivelmente será informado e sofrerá possíveis penalidades.
“Por isso é fundamental que os produtores rurais estejam atentos para que não recebam notificações ou multas. É obrigatório o cadastro no Iagro. . produção As chuvas estão começando a se normalizar, por isso peço a todos que se inscrevam no Iagro o mais rápido possível”, afirma.
Soja no Mato Grosso do Sul
Para a safra 2023/2024, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) estima que a colheita será alcançada em 4,2 milhões de hectares, com produtividade estimada de 54 sacas por hectare. Isso representa uma produção de 13,8 milhões de toneladas. Os principais municípios produtores de soja do estado são: Maracaju, Ponta Porã, Sidrolândia, Dourados e Rio Brilhante.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Cated), a produção de soja gera cerca de 3,3 mil empregos formais no estado. Quanto aos empregos oblíquos, são 10,3 mil postos de trabalho, segundo relatório do Departamento Técnico (Detec) do Sistema Famasul.
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