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22/01/2024 09:12, atualizado 23/01/2024 07:27
A Polícia Civil de Pernambuco abriu inquérito para investigar a instalação de uma câmera de vídeo em frente à cama de um apartamento em um complexo localizado na praia de Muro Alto, em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, no aglomerado do Recife O aparelho foi descoberto por meio de um casal de turistas paulistas que se hospedava no local. Destinado a aluguéis de temporada, entre os dias 13 e 17 deste mês. (Veja vídeo abaixo)
Segundo dados do Diário de Pernambuco, portal da esposa do Metrópoles, o casal fez uma denúncia na última terça-feira (16/1), mas ainda não foi oficialmente ouvido pelos investigadores. Os nomes e idades dos afetados não foram divulgados.
A ocasião está sendo investigada como crime de “gravação não autorizada de intimidade sexual” (art. 216 – b do Código Penal), que consiste em “produzir, fotografar, filmar ou gravar, por qualquer meio, conteúdo com figura nua”. ou cena de sexo. Ato libidinoso ou atos de natureza íntima e pessoal sem autorização dos participantes”, sanção penal de 6 meses a 1 ano, além de multa.
O casal estava hospedado em um hotel no dia 13 quando descobriu que um plugue ao lado da cama não permitia acesso a nenhum conector. Os afetados, então, decidiram ter mais cuidado e descobriram que dentro da tomada havia uma câmera escondida, que registra as fotografias de forma “discreta e imperceptível”.
“Os atingidos estavam hospedados em um condomínio em Muro Alto e descobriram uma câmera interna na tomada, que estava apontada justamente em frente à cama de casal. As investigações já começaram e o casal será convocado para realizar um diagnóstico remoto, como tem feito. Ele já retornou a São Paulo, após prestar queixa”, disse uma fonte da delegacia de Porto de Galinhas em entrevista exclusiva ao Diário de Pernambuco.
“Ele (o proprietário) já esteve lá e forneceu alguns dados. Ele relatou que havia alugado o imóvel e contratado uma empresa para administrar o projeto. Esta empresa é culpada de aluguel, segurança e outros serviços. Agora os investigadores pretendem convocar os diretores dessa empresa para depor”, disse a fonte.
Esses depoimentos estão previstos para acontecer no início desta semana, e as oitivas devem ocorrer na Delegacia de Porto de Galinhas.
Ainda segundo a fonte, a polícia apreendeu a câmera, e o equipamento foi encaminhado ao Instituto de Criminalística (IC) para identificar quem seria a pessoa que estaria recebendo as imagens captadas no quarto do resort em que o casal de turistas estava.
Por isso, a polícia não descarta que existam outras vítimas e está investigando o caso justamente para detectar casos de instalação do equipamento.
Em entrevista ao g1, o advogado do casal, Roque Henrique Campos, relatou que a administração do resort havia oferecido um quarto aos turistas, mas eles optaram por ficar no mesmo apartamento, já que estavam saindo no dia seguinte, e tomaram a precaução de fugir. Um room. paper na frente da câmera.
Segundo o jurista, a polícia ligou para esses hóspedes na quarta-feira (17/1), pedindo a presença deles para fazerem uma perícia no flat. Mas eles explicaram que já estavam no Aeroporto Internacional do Recife e embarcaram de volta para São Paulo.
Campos também disse que a polícia não informou os consumidores sobre o conteúdo descoberto no dispositivo. No entanto, ele disse que medidas legais serão tomadas para evitar vazamentos ou vendas ilegais de imagens.
“Vou entrar com uma liminar ainda esta semana para que qualquer conteúdo simbólico que possa existir seja mantido em sigilo, como é o processo. É uma situação muito delicada e lamentável. Ou estão muito chocados”, disse o advogado.
Os viajantes planejam processar a Carpe Diem, empresa que administra o resort, e a plataforma de reservas de hospedagem Booking, com a qual reservaram a hospedagem.
“A responsabilidade, nesse caso, cabe à administração, que deveria ter feito toda a análise do quarto – o check-in, antes de eles entrarem no flat; e à própria Booking, a plataforma responsável, que fez o registro e ofereceu uma segurança que não existe”, argumentou Roque Henrique Campos.
No site da hospedagem, uma noite em um hotel custa em torno de R$ 750.
Por meio de nota enviada ao Metrópoles, a plataforma de hospedagem lamentou o ocorrido, informou que está analisando o caso e que suspendeu os bens.
“Booking. com está ciente do que aconteceu e lamenta a situação relatada. Este não é um prazer que precisamos para nenhum dos nossos visitantes e esperamos mais dos nossos parceiros anfitriões. Nossos grupos estão lendo esse registro em detalhes e os ativos estão e manterão suspensos da plataforma a pesquisa para que não possa ser reservado através de viajantes. Além disso, a plataforma terá que colaborar com as autoridades. “
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