Procissão marítima marca anos de imigração italiana no Brasil

No dia 17 de fevereiro, começam as comemorações dos 150 anos da imigração italiana no Brasil, com uma recriação dos momentos que marcaram a chegada da primeira maravilhosa leva de imigrantes ao país, na comunidade de Santa Cruz, em Aracruz, então sede do município. Uma organização que representa as primeiras 80 famílias que aqui chegam vai vestir-se de antepassada para embarcar num barco com destino a Sofia, na Praça do Papa, para participar numa procissão marítima com mais de 40 barcos. e desembarque no porto de Vitória.

A programação também contará com a caminhada de todas as famílias pela escadaria Bárbara Lindenberg, passando pelo Palácio Anchieta para chegar à Catedral Metropolitana de Vitória, onde será celebrada uma missa em italiano. Todo o trajeto terá a presença de bandas, grupos de dança e grupos folclóricos espalhados pela região.

De Aracruz, cujo prefeito é Dr. Coutinho, cerca de 40 cidadãos de origem italiana embarcaram no navio. Membros de todas as equipes de folclore do estado montarão uma sala para imigrantes. Na catedral haverá uma Tavolatta, uma mesa gigante para dar sabor a produtos típicos.

A região da Lombardia foi a segunda em número de imigrantes italianos enviados ao Brasil (4.751 – 19,72%). Sannazzaro De’ Burgondi é uma comuna italiana da região da Lombardia, província de Pavia, com cerca de 5.796 habitantes, situada a pouco mais de 50 quilômetros da capital, Milão. Foi de lá que partiram, em 6 de dezembro de 1894, no navio Mateo Bruzzi, meus bisavôs Carlos Salvadeo e Margherita Castelli, com destino ao Espírito Santo, tendo se fixado em Colatina.

Em 1995, foi criado o projeto “Imigrantes do Espírito Santo”, que utiliza a abordagem do cruzamento de saberes entre os demais recursos disponíveis para cada imigrante. Um dos produtos gerados é o “Registro de Entrada de Imigrante”, um relatório que imprime todos os dados indexados de cada estrangeiro que entrou no Espírito Santo, permitindo que o solicitante conheça um pouco mais sobre a história de seus antepassados.

A missão inclui os nomes de mais de 54 mil estrangeiros, além de 36. 663 italianos. Desses, 34. 920 desembarcaram no século 19 e se estabeleceram em lugares. No Centro Timbuhy, em Santa Teresa, por exemplo, outras 4. 197 pessoas foram encaminhadas. As regiões da Itália que mais contribuíram foram: Vêneto (9. 484); Lombardia (4. 749); Trentino-Alto Ádige (3. 213); Emília-Romanha (2. 416) e Piemonte (1. 235). O conhecimento pode ser descoberto na página online http://www. ape. es. gov. br/imigrantes

Foi em 1874 que a expedição de Pietro Tabacchi chegou ao Espírito Santo, ocasião que inaugurou a grande imigração de italianos para o Brasil. Um total de 388 agricultores – do Trentino e do Vêneto – embarcaram no navio “La Sofia” e chegaram a Vitória em busca de novas oportunidades, empregos e experiências. A expedição Tabacchi é assim chamada porque passou por Pietro Tabacchi, que emigrou de Trento para o Espírito Santo em 1850, onde adquiriu um bem em Santa Cruz, em Aracruz, a Fazenda das Palmas, hoje propriedade dos Devens. irmãos. Em 1871, pediu autorização ao governo brasileiro para trazer imigrantes para sua propriedade.

Programação

A primeira expedição italiana ao Espírito Santo deve seu chamado ao seu criador, Pietro Tabacchi. Segundo o sociólogo Renzo M. Grosselli, no e-book “Colônias Imperiais na Terra do Café”, da coleção Canaã da APEES, Tabacchi era um italiano de Trento, que já morava no Espírito Santo desde o início da década de 1850, onde adquiriu uma fazenda no município de Santa Cruz (hoje Aracruz). Vendo o interesse do Brasil pela mão de obra europeia, ofereceu terras aos imigrantes em troca do direito de cortar 3. 500 jacarandás para exportação.

Após um longo período de negociação o Ministério da Agricultura autorizou a Província capixaba a firmar contrato com Tabacchi, que por sua vez enviou emissários ao Trentino (Tirol Italiano), à época sob o domínio austríaco, para capitanear famílias daquela região e do Vêneto. Assim, no dia 3 de janeiro, às 15 horas, partia do porto de Gênova o “La Sofia”. A chegada ao Espírito Santo ocorreu no dia 17 de fevereiro e o desembarque se prolongou até 27 do mesmo mês. Em 1º de março começou a viagem até o porto de Santa Cruz, em direção à propriedade de Tabacchi, a Fazenda das Palmas.

Esta foi a primeira grande expedição de camponeses da Itália ao Espírito Santo e marcaria o início da emigração épica de italianos para o Brasil. No entanto, os colonos logo descobriram que haviam sido enganados pelas falsas promessas de Tabacchi. Não havia terreno evoluído e o cenário da casa era caótico. Esses fatos, somados a uma complicada travessia do Oceano Atlântico, foram os ingredientes que culminaram na primeira revolta. O descontentamento era maravilhoso e a revolta só foi contida graças à ação da polícia. Por outro lado, os imigrantes recebiam informações sobre os assentamentos oficiais, onde teriam melhores condições operacionais e a oportunidade de possuir suas terras. Em 1875, as partidas de transatlânticos de Gênova e outros portos europeus eram comuns. Naquele ano, 1. 403 colonos entraram na Espanha.

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