Rio de Janeiro registra mortes de policiais no Brasil em 2023

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As forças de segurança pública do Brasil mataram 6. 296 pessoas a mais em 2023, segundo dados compilados pelos governos estaduais e divulgados pela primeira vez pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) nesta quarta-feira (31/1). Este número representa um alívio de 2,3% face ao ano passado, que registou 6. 445 vítimas, indicando alguma estabilidade.

No entanto, um dos estados que curiosamente causou essa queda é o Rio de Janeiro, que passou de 1. 330 mortes em 2022 para 869 em 2023. Isso significa um alívio de 34,6%, ou 461 vidas perdidas a menos. O estado saltou da 3ª posição (8,28 mortes compatíveis com 100 mil pessoas) com a maior taxa de letalidade policial para a 7ª posição (4,97).

Ponte constatou que a fórmula do MJSP incluía outros conhecimentos sobre a população ao calcular essa taxa em sua fórmula de visualização do conhecimento. Enquanto os dados de 2022 tiveram as taxas calculadas no censo de 2022, os dados de 2023 foram calculados com uma estimativa populacional para o ano feita em 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que não foi bem informado na seção de dados metodológicos. . Observações. ” As estimativas demográficas do IBGE mostram uma população muito maior do que havíamos estimado no censo, uma diferença em torno de 10 milhões de habitantes. Por isso, usar estimativas para 2023 faz com que a taxa seja muito menor”, explica Daniel Cerqueira, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Por isso, Ponte calculou a taxa por meio de uma estimativa de expansão demográfica com base nas projeções demográficas do IBGE entre 2022 e 2023. Esse cálculo não substituiu a posição dos estados, mas aproximou os sinais da realidade. Com isso, os estados que ficaram acima da taxa nacional (2,95) e representam índices de violência policial condizentes com 100 mil habitantes são Amapá (21,16), Bahia (11,27), Sergipe (9,79), Goiás (7,15), Mato Grosso. . (6,25), Pará (6,03), Rio de Janeiro (4,97) e Mato Grosso do Sul (4,86).

O indicador de letalidade policial não foi destacado pelo então ministro, Flávio Dino, durante a apresentação que marcou sua aposentadoria e a posse do novo ministro, Ricardo Lewandowski. Questionado pela imprensa, ele disse que a morte de cerca de 6 mil vítimas pela polícia foi “absurda”. “É por isso que o debate em frente às câmeras é vital e é por isso que a educação [dos policiais] é vital”, disse ele. Ele disse que, com exceção de São Paulo, todos os outros estados aderiram ao Bolsa Formação, que é um orçamento destinado a policiais para participar de cursos e atividades de orientação profissional, e destacou a colaboração do ministério com a Embaixada dos EUA, que doou duzentas câmeras ao primeiro-ministro do Governo da Bahia.

No ranking de valores, o Amapá tradicionalmente está no pódio há alguns anos. A Bahia, pela segunda vez, mantém a medalha de prata e, em números absolutos, contabiliza os policiais que mais mataram em 2023: foram 1. 689 vítimas, um acúmulo de 15% em relação a 2022, quando outras 1. 468 pessoas foram mortas pelo braço armado. E um recorde na série antiga desde 2008, quando era comandado pelo PT. Além disso, o número de massacres policiais (33) é maior do que o do Rio de Janeiro (29) em 2023, segundo relatório do Instituto Fogo Cruzado com base em um estudo sobre violência armada nas capitais e metrópoles desses estados.

Enquanto o Rio de Janeiro tem mais tiroteios motivados por operações policiais, o estado experimentou um alívio de 2022 a 2023 em tiroteios nesses movimentos (de 1. 251 para 999), outras pessoas baleadas (1. 323 para 977), massacres policiais (41 para 29). mortos nesses massacres (de 194 a 117).

O ministro Flavio Dino destacou na coletiva a redução da letalidade policial no Rio de Janeiro a partir do segundo semestre ao atribuir a uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, de junho de 2023, para que o governo estadual implementasse câmeras nas fardas em todas as unidades da polícia. O governador Claudio Castro (PL) fez um decreto no mês seguinte determinando o uso nas tropas de elite das corporações, como na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da PM, mesmo já tendo feito declarações contra a medida.

“A letalidade policial na segunda parte do ano, ou seja, depois de junho e julho, é muito menor do que a letalidade policial no Rio de Janeiro na primeira parte do ano. Então, acho que ninguém diria que é porque isso seria muito definido”, disse Dino.

No entanto, o governo estadual já assinou contratos com câmeras desde maio de 2022 para algumas unidades da PM. A diferença de mortes de policiais entre 2021 e 2022 foi de apenas 1,9% menos mortes e, até o momento, nenhum estudo avaliando o efeito foi publicado. sobre a medida no estado do Rio de Janeiro após essas aquisições. A discussão se concentrou nas tropas de elite, pois são elas que mais participam das operações nas favelas. Bope e Core só começaram a usar esses dispositivos em janeiro deste ano.

A redução desses indicadores é multifatorial e uma hipótese é a forma como o Estado tem atuado nas dinâmicas de disputa de controle territorial armado em meio ao avanço das milícias, analisa a antropóloga, gestora pública e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Jacqueline Muniz. “A redução das mortes não significa o retraimento do crime organizado. Muito pelo contrário, pode significar uma hegemonia, pode significar um novo tratado de Tordesilhas, uma rearticulação, realianças, novas alianças e articulações, como ficou nítido nas disputas e na resolução violenta dessas disputas, do tráfico entre si, dos grupos criminais do tráfico e da milícia”, aponta.

Ela explica que há uma “terceirização da segurança pública” para os grupos criminosos, especialmente as milícias, que também são formadas por integrantes e ex-integrantes do Estado, cuja expansão não tem sido impedida. “Quando a milícia passa a fazer segurança, você tem maior estabilidade no controle territorial”, afirma. “Nós assistimos no Rio de Janeiro uma terceirização da Segurança Pública para o crime: firmas clandestinas de segurança para a indústria da insegurança que muitos ganham e que têm dado certo, inclusive eleitoralmente, como eu tenho sentido. Então, o que nós estamos falando é que quem está produzindo em boa medida esse resultado são as governanças criminais e seus acordos.”

Nessa equação, a ocorrência de operações policiais e a mortalidade estão ligadas. A pesquisadora destaca dois momentos de alívio da letalidade no Rio de Janeiro, onde também houve menos operações: o primeiro foi o das Unidades de Polícia da Paz (UPP), entre 2010 e 2016, quando os policiais exerceram a profissão territorial de outras comunidades, o que convergiu com o calendário de grandes eventos, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. “É preciso criar segurança, mesmo que temporária, mesmo aparente, para que esses eventos possam acontecer no Rio de Janeiro. É uma exigência do Comitê Olímpico, uma exigência da Fifa. Então, vê-se que as UPPs naquele momento criam cinto de segurança, suspendem o tiroteio, diminuem o tiroteio, diminuem o confronto armado promovido ou iniciado através da polícia”, frisa.

O momento é pós-Covid-19, momento que também impactou na política econômica do crime e reduziu o papel do Estado nesses territórios que, por meio de operações e mortes, abrem caminho para milícias. Relatório publicado em 2021 pelo Grupo de Estudos sobre Novos Ilegalismos (GENI/UFF) aponta que apenas 6,5% das operações policiais em 2019 ocorreram em espaços dominados por milícias no Rio, apesar de terem o maior percentual de controle de vizinhança (27,7%). A facção Comando Vermelho (CV), que controlava 26,6% dos bairros, foi alvo de 40,9% das operações policiais. Os espaços disputados na época representavam 45,5% das operações policiais.

“Matar custa caro para a economia criminosa. Tem restrição porque exige mão de obra. Tem que ter compatibilidade. Tem lógica”, diz Muniz. “Mas o que vai matar você? O crime organizado não se importa com tiroteios. ” todos os dias. Porque senão a farmácia ilegal, que é o ponto de venda dos medicamentos, não teria como abrir. Se há tiroteios todos os dias no seu território, como você está? Como você pagará seus fornecedores? Como você publicará sua folha de pagamento? Portanto, este tiroteio interessa mais aos setores corruptos do Estado do que ao crime organizado, que prefere pagar propinas e fazer negócios, como tem feito até agora. fez. “

O domínio oeste da capital e a Baixada Fluminense juntos respondem pela maioria das mortes de policiais em 2023: 59,9%. Na zona oeste, especificamente, os tiroteios ultrapassam 53% e constituem 4 dos cinco bairros onde há o maior número de operações policiais. , segundo o Instituto Fogo, Cruzado. Es nesse domínio onde há uma disputa pela sucessão do território de Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, líder da maior força de defesa da zona oeste e da Baixada Fluminense. Foi morto em uma operação policial em 2021.

“Agora suspendemos novamente os tiroteios, os confrontos armados, porque alguns objetivos já foram alcançados: a expansão do território das forças de defesa”, disse Muñiz. “Ou as forças de defesa controlam o território ou garantem a segurança do território dos narcotraficantes, seja o Comando Vermelho ou o Terceiro Comando. “

O professor ressalta que, mesmo com essa redução, a população negra, deficiente e periférica continua sofrendo com a violência. “A moeda de troca é a vida, é o contrato dos criminosos. É por isso que é vital perguntar como diminuir as mortes, pois elas podem simplesmente tirar a liberdade de outras pessoas. Isso diminui a letalidade, mas as populações das periferias continuam sitiadas. Eles têm governos corruptos sólidos subsidiados pelo Estado, com o Estado atuando como um contrapeso. É isso que eles querem? As mortes violentas estão diminuindo, mas toda a população ainda está sujeita à dinâmica do domínio das milícias criminosas e da associação com o tráfico de drogas?”Ele pergunta.

Além disso, o governo estadual não se comprometeu com a redução de mortes policiais. A ação por descumprimento do princípio básico 635, conhecida como ADPF das Favelas e resolvida por meio do Supremo Tribunal Federal (STF) para proibir operações policiais em favelas no contexto da pandemia de 2020, tornou-se exigência de um plano de alívio da letalidade.

O governador já enviou ao STF ao menos duas versões que não foram consideradas suficientes. O Ministério Público Federal reforçou essa necessidade ao emitir recomendação sobre a criação do plano. Em novembro, o governador recriou a Secretaria de Segurança Pública, que tinha sido extinta na gestão Wilson Witzel em 2019 quando Castro ainda era vice-governador.

Para Jacqueline Muniz, essa medida demonstra mais uma forma de controlar a disputa internas das polícias Civil e Militar, que aumentaram a autonomia por meio da criação de pastas próprias, do que melhorar a administração da segurança pública. “Tornou-se oportuno arranjar uma figura que ocupasse o lugar de uma secretaria de segurança muito mais para amortizar críticas externas e apaziguar, aplainar as disputas internas das polícias que sentavam na sua cadeira. Grupelhos policiais estavam sentando na cadeira do governador. Ele está atendendo muito mais a interesses políticos corporativos do que a uma política de segurança. Essa é razão pela qual, até para o presente momento, não se sabe qual é a política de segurança pública no Rio de Janeiro”, critica.

Ele ressalta ainda que o governo federal tem uma implicação indireta quando não condiciona a movimentação de recursos a propostas bem definidas que não visam apenas cortar estatísticas de forma genérica. Para ter um efeito mais direto no curto e médio prazo, deseja-se que haja coordenação federativa, programas específicos, não apenas movimentações de dinheiro e movimentações diretas de aparelhos. Porque você pode entregar uma arma que acaba matando mais do que um controle legal e válido produz. Um veículo que pode ser usado para causar um massacre pode ser entregue. Não se trata de mover mais veículos, mais armas, mais munição ou movimentar dinheiro. Você quer articular planos. Qual é o plano? Controle da ação policial, doutrina do uso da força, protocolos para o uso da força, consenso. com e previsibilidade para pronto socorro após a inauguração do ‘corte de fita’ da entrega de aparelhos e da movimentação direta de recursos”.

Coordenador de projetos do Instituto Sou da Paz, Rafael Rocha concorda e também sinaliza que a própria questão das câmeras no governo federal tem sido à base de “fazer recomendações”, como a publicada pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do MJSP, em janeiro. “Tem que haver uma discussão, um debate que é espinhoso, onde o repasse dessas verbas para os estados, para as secretarias de segurança, vai ser vinculado a indicadores mais claros que fomentem uma política nacional de segurança pública, uma política federal com prioridades”, afirma.

Por outro lado, os pesquisadores consideram vital que, pela primeira vez, a letalidade policial esteja entre os novos indicadores de divulgação do ministério, alimentados pelo conhecimento do governo estadual no Sistema Nacional de Informações sobre Segurança Pública, Prisões, Rastreabilidade de Armas e Munições, Genética. , Digital e Medicamentos (Sinesp).

“O importante é saudar o fato de o Ministério da Justiça ser transparente e publicar esses indicadores, que, no fim das contas, é o que o Fórum significa”, diz Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum. Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). ” O Fórum nasceu com o objetivo de pressionar o governo a fazê-lo. Já se passaram 12 anos desde que foi aprovada uma lei que “pede que o Departamento de Justiça publique essas estatísticas periodicamente. E não foi feito. “

Por outro lado, os transtornos persistem. O conhecimento sobre a própria mortalidade policial é segregado na sociedade, por meio de mortes em serviço e fora de serviço, por cor/raça das vítimas ou por faixa etária.

Também não há essa divisão para outros indicadores, como as mortes de profissionais da proteção pública por conta do trabalho e paralisações de pintura. “As mortes violentas de profissionais da proteção pública terão que ser reveladas, estejam eles em serviço ou de folga. Porque sabemos que, na maioria das vezes, policiais morrem ao ar livre no exercício de suas funções. Esse é um debate vital do ponto de vista da gestão de políticas públicas. Se o policial morre correndo por horas, é uma situação. Se morrer no pico’, é outra situação”, disse Bueno.

Para os especialistas, há uma necessidade em termos do método de apresentação dos dados. “Se alguém pode forçar os estados a serem mais transparentes sobre essas informações, é o Departamento de Justiça. Isso não significa que haja um desafio na forma como eles publicam, porque é melhor saber o número total de mortes do que não saber nada, mas ainda podemos pedir respostas”, diz Bueno.

Ponte, por exemplo, lembrou que o painel registrou 163 mulheres mortas pela polícia na Bahia em 2023, mas em 2022 há apenas um caso. O relatório questiona o ministério, que afirma que os dados foram corrigidos, já que esse número se refere a mortes para as quais o sexo não é indicado (veja respostas no final).

Um dos destaques da apresentação das estatísticas pelo ministro foi a de redução de crimes violentos letais intencionais em 4,17% e um aumento de 25,5% na apreensão de armas ilegais pelas polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF).

“É possível tecer um panorama em que nós temos a redução do armamentismo irresponsável e não temos o crescimento das taxas de criminalidade violenta, pelo contrário, rompendo definitivamente aquela suposta relação de causa e efeito de que mais armas, menos crimes. Mostramos que menos armas e menos crimes. Essa é a síntese desse panorama”, declarou.

Outro dado de destaque foi o crescimento no número de apreensão de armas ilegais. Com a diretriz determinada pelo presidente Lula, o @mjspgov, aumentou em mais de 25% o número de apreensões. “Armas nas mãos certas e sem demagogia”, afirmou Flávio Dino.? DIGITAL/PR pic.twitter.com/j8rOekj1eP

A datação direta entre esses dois fatores, no entanto, é falha, de acordo com os pesquisadores. Rafael Rocha ressalta que é “temerário” por parte do governo federal se opor à lógica usada por Bolsonaro segundo a qual “menos armas, menos crimes” porque o assassinato é “um fenômeno complexo”. “É bobagem. Estamos em tendência de queda desde 2018”, critica.

“Em 2017, vimos assassinatos generalizados no Brasil, mais comumente concentrados no Nordeste, devido à divisão já profundamente estudada e conhecida entre o CV e o PCC. E há um enorme acúmulo de homicídios, que vem diminuindo desde então. ” disse Rocha. Estamos falando de um país que tem dezenas de facções criminosas, com suas dinâmicas territoriais e espaciais, a céu aberto de criminosos. Então, sim, existem práticas inteligentes na segurança pública, mas essas práticas inteligentes não pertencem ao governo federal em geral. “

Para Samira Bueno, da FBSP, ainda é difícil mensurar o efeito da ampliação do acesso a armas provocada pelo governo Bolsonaro e a revogação desses decretos pelo governo Lula (PT). Isso foi feito gradualmente em 2019, mas leva tempo para que essas armas entrem em fluxo e eventualmente sejam desviadas. Acho que vamos lidar com esse efeito da falta de controle de armas no governo Bolsonaro por algumas décadas. Não é algo que vamos sentir sem demora nos primeiros três, quatro ou cinco anos. Acho que é a longo prazo. São armas que entraram em fluxo e não vão desaparecer tão cedo. E dizemos que as armas têm uma vida útil de 50, 60 anos”, disse.

A reportagem questionou a Secretaria de Segurança Pública sobre a redução da letalidade e ações tomadas pelo governo a respeito, mas não teve resposta.

Ponte fez uma série de perguntas sobre os dados divulgados pelo ministério e também sobre o fator da taxa compatível com cem mil habitantes. O conselheiro respondeu o seguinte:

1 – As notas metodológicas e normativas do MJSP e do dicionário de saberes não especificam se o conhecimento sobre homicídios dolosos já anda de mãos dadas com o conhecimento sobre mortes resultantes da intervenção de um agente do Estado em sua totalidade. Isso faz diferença no cálculo da violência intencional. Mortes. Gostaríamos de saber se, em todos os Estados, esse indicador já está incluído no total de homicídios dolosos;

Gostaríamos de informar que existe o indicador Morte por intervenção policial, onde são classificados os que sofrem com eles. Ressalta-se que essas vítimas não estão incluídas nos homicídios dolosos, são outros indicadores, conforme a Resolução nº 06 CONSINESP/MJSP de 8 de novembro de 2021, a Portaria 229 de 10 de dezembro de 2018 e as regras para preenchimento de laudos no Sinesp VDE.

2 – A Portaria nº 229, de 10 de dezembro de 2018, e a Resolução Consinesp/MSJP nº 6, de 8 de novembro de 2021, implicam quais empresas são levadas em conta no indicador de óbitos por intervenção policial. O conhecimento desse índice do Sinesp corresponde apenas a mortes cometidas por meio de policiais civis e militares ou vem de outras sociedades?

Conforme explicitado na Portaria 229 de 10 de dezembro de 2018, artigo 3º, inciso V, Morte por intervenção de agente de segurança pública, agente penitenciário ou de outros órgãos públicos na funcionalidade das funções policiais, em serviço ou em decorrência desta. , desde que a ação tenha sido realizada em um dos casos de ilegalidade.

3 – Levando em consideração os dados do dicionário de conhecimento segundo os quais os Estados-membros possuem outras legislações sobre alimentação e padronização de estatísticas, quando foi realizada a última revisão do MJSP, levando em consideração também a transição do SINESPJC para o VDE?

A metodologia utilizada para a alimentação dos dados por parte dos estados é prevista na Resolução nº 06 CONSINESP/MJSP, de 08 de novembro de 2021.

4 – Por que a regra de 2021 não separa as mortes decorrentes de intervenção policial por corporações e a separação por incidentes em serviço e fora de serviço?

Conforme o artigo 19 do decreto nº 9.489, de 30 de agosto de 2018, a definição de microdados é de competência do CONSINESP – Conselho Gestor do SINESP, devendo ser seguida a Resolução nº 06 CONSINESP/MJSP, de 08 de novembro de 2021.

5 – Por que a regulamentação de 2021 não prevê a separação das mortes violentas de profissionais de proteção pública em serviço e fora de serviço?

De acordo com o artigo 19 do Decreto nº 9. 489, de 30 de agosto de 2018, a definição de microdados é de responsabilidade da Diretoria do CONSINESP – SINESP, devendo ser seguida a Resolução nº 06 do CONSINESP/MJSP, de 8 de novembro de 2021.

6 – Por que as regras citadas acima não incluem o conhecimento sobre a diversidade de raça/cor ou idade das vítimas?

De acordo com o artigo 19 do Decreto nº 9. 489, de 30 de agosto de 2018, a definição de microdados é de responsabilidade da Diretoria do CONSINESP – SINESP, devendo ser seguida a Resolução nº 06 do CONSINESP/MJSP, de 8 de novembro de 2021.

7 – Por que o MJSP não padroniza a divulgação das estatísticas entre os estados diante das diferenças metodológicas?

De acordo com o artigo 19 do Decreto nº 9. 489, de 30 de agosto de 2018, a definição do método de coleta de conhecimento é de responsabilidade da Diretoria do CONSINESP – SINESP, devendo ser seguida a solução nº 06 CONSINESP/MJSP, de 8 de novembro de 2021.

8 – Em maio, o Sinesp acrescentou 28 novos sinais ao sistema, a primeira vez que mortes decorrentes de intervenções policiais dão a impressão desde sua criação, em 2012. O que levou a Senasp a destacar esse indicador?

De acordo com o artigo 19 do Decreto nº 9. 489, de 30 de agosto de 2018, a definição dos sinais é de responsabilidade do CONSINESP – Conselho Superior do SINESP.

9 – Alertamos para qualquer coisa que possa ser simplesmente um erro de preenchimento, pois no conhecimento sobre mortes decorrentes de intervenção policial, há 163 mulheres assassinadas na Bahia em 2023, segundo o painel do PowerBi, mas em 2022 há um caso neste estado. Esse conhecimento está correto?

O Estado da Bahia já retificou o conhecimento e irá corrigi-lo na próxima atualização do painel.

10 – Um estudo realizado por meio da Ponte Jornalismo em 2023 mostrou que 10 estados não divulgam espontaneamente conhecimento sobre mortes e vitimizações policiais. Oito não publicam mortes policiais e 17 não publicam vitimizações policiais. Como o MJSP sabe sobre transparência em termos de proteção pública nesses estados?Como monitorar a produção de conhecimento considerando que as transferências de recursos são a contrapartida?

Os indicadores de morte por intervenção policial, morte de funcionário público e suicídio de agente estadual, além de outros indicadores, são informados via estados, de acordo com a Resolução nº 06 CONSINESP/MJSP de 8 de novembro de 2021 e Portaria 229 de 10 de dezembro de 2018 e publicados no site oficial do MJSP por meio de painel interativo e bases de conhecimento, garantir a transparência do conhecimento.

11 – Como o Sinesp será alimentado a partir de agora com a troca de ministros e de secretarias subordinadas?

De acordo com a Resolução nº 06 CONSINESP/MJSP, de 8 de novembro de 2021, os Estados devem aderir à periodicidade e vazão explicadas, enviando conhecimento a respeito de sinais por meio do SINESP VDE.

12 – Também percebemos que o Censo 2022 não foi usado na contabilização de taxas, uma vez que as populações que aparecem indicadas no PowerBI são da estimativa de 2020, como é possível ver abaixo, em que o Rio de Janeiro aparece com mais de 17.644.073 habitantes, sendo que o Censo 2022 contabilizou 16.055.174. O dicionário de dados diz que foi considerado o Censo de 2022, mas não é o que se vê na prática. Por quê?

Na próxima atualização utilizaremos o censo de 2022 para os anos de 2022, 2023 e 2024, até que a projeção populacional para esses anos seja divulgada através do IBGE.

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