Oito dias após registrar um terremoto de magnitude 6,6, o município de Tarauacá, no interior do Acre, voltou a detectar. Na madrugada deste domingo (28), por volta das quatro horas (horário local), uma surpresa sísmica de magnitude 6,5 foi capturada em todo os Estados Unidos. Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
Segundo o órgão, o epicentro foi localizado a uma intensidade de 609,5 quilômetros e a 66 quilômetros do domínio urbano do município. De acordo com os controles, apesar de sua magnitude, o terremoto não representou uma ameaça à superfície devido à intensidade onde ocorreu. O Corpo de Bombeiros do município informou que até o momento não houve incidentes semelhantes ao terremoto, embora muitos cidadãos tenham entrado em contato com a empresa para saber o que aconteceu após sentir o terremoto. Apesar da intensidade, moradores relatam ter sentido o tremor até mesmo na capital Rio Branco, localizada a pouco mais de 400 quilômetros de Tarauacá. É o caso da servidora aposentada do Tribunal de Justiça do Acre Elaina Rocha, que diz ter acordado por volta das 5h10 deste domingo. E sentiu o tremor. Ele temia que fosse um fator de condicionamento físico e se mudou para outro cômodo, indo para a sala de estar, onde viu os castiçais balançando. Elaina mora no décimo terreno de um prédio na capital acreana e diz que também sentiu pela última vez. Terremoto da semana.
Apesar do susto, ela conta que não teve prejuízos nem ficou ferida. Após constatar que havia sentido o tremor, ela procurou informações na internet e encontrou a confirmação de que um terremoto havia sido registrado no interior do Acre.”Por volta das 5h10, me levantei, fui ao banheiro e fiquei cambaleando. E disse: ‘meu Deus!’ pensei logo em labirintite, em triglicerídeo, em colesterol alto, que a gente sente logo. E corri para a sala. Quando eu cheguei na sala, tenho dois lustres, eles estavam balançando também. Então, assim, era o terremoto. Corri para o Google e vi que tinha acontecido um terremoto, naquele momento, em magnitude de 6.5 em Tarauacá”, relata.Já em junho de 2022, um terremoto de magnitude 6,5 atingiu a região da fronteira entre o Peru e o Brasil. O tremor ocorreu por volta de 22h no horário de Brasília, a uma profundidade de 616 km e a cerca de 111 km da cidade de Tarauacá, no Acre.Este terremoto é mais um que entra para a lista dos maiores já registrados no Brasil. Em janeiro de 2019, os moradores de Tarauacá sentiram um terremoto que, de acordo com Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), chegou a magnitude 6,8.No caso do terremoto registrado no dia 20 deste mês, o tremor ocorreu a 614,5 quilômetros de profundidade e a 124 km de Tarauacá. Contudo, jornalista Gilson Oliveira disse que sentiu o tremor de terra. Ele relata que, por volta das 16h33, estava sentado no sofá quando sentiu a casa balançando. “Perguntei se minha esposa tinha sentido, ela disse que não tinha sentido. Eu senti, foi forte”, contou.
George Sand, professor de sismologia da USP (Universidade de São Paulo) e membro da Rede Sismográfica Brasileira, explica que quanto mais profundo é o terremoto, mais a energia gerada por ele se dissipa antes de chegar à superfície. Seiscentos quilômetros de intensidade são sentidos menos nos da região. Os tremores que causam dor são aqueles registrados com intensidade entre 30 e 50 km do solo. “A região amazônica, próxima à Cordilheira dos Andes, registra tremores dessa magnitude (6,6), com intensidades que variam de trezentos a seiscentos quilômetros. Esses terremotos ocorrem porque a região concentra duas placas tectônicas. O terremoto ocorre quando a placa de Nazca, que é mais pesada, afunda sob a placa sul-americana”, disse. *Carol Lorencetti, do g1 SP, contribuiu