Dedê Maia, indígena do Acre, morre aos 78 anos no Rio de Janeiro

A indígena do Acre Djacira Maia, mais conhecida como Dedê Maia, morreu no sábado 3 no Rio de Janeiro, onde residia recentemente.

Dedê é irmã da ex-secretária de Estado da Mulher do Acre, Concita Maia, e sobrinha do ex-senador Mário Maia [também falecido hoje].

A causa da morte ainda não foi divulgada pela família. O velório e sepultamento ocorrerão neste domingo, dia 4, no cemitério São Francisco Xavier, em Niterói (RJ).

Dedê Maia começou seu trabalho na Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre) como professora indigenista, atuando na formação de professores indígenas durante o final da década de 70 ao final da década de 90 e até hoje contribui com algumas iniciativas da instituição.

Dedê é originário do Acre e tem origens indígenas do Nordeste. Como professora/técnica indígena, trabalha com os povos indígenas do Acre desde 1978. Como pesquisadora, tem colaborado na revitalização cultural clássica (cantos, desenhos, festas, rituais, etc. ) entre os povos, com estudos e ações mais presentes, entre o povo Huni Kuĩ (Kaxinawa). Ainda como pesquisadora, orientou a construção e organização do Centro de Documentação e Pesquisa Indígena (CDPI) no IPC-Acre.

Em 2023, Dedê Maia foi homenageada pelo Comitê Chico Mendes com o Prêmio Resistência Chico Mendes na Semana Chico Chico Mendes – 35 anos de popularidade de sua relevante participação no Movimento dos Povos da Floresta.

Em abril do mesmo ano, indígenas relembraram sua aventura de pintura e amor, no Acre, no programa Fala Mana Especial, 20ª edição, que abordou o tema “A narrativa das mulheres: a história do indigenismo no Acre”.

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