Slash prioriza material solo em retorno dinâmico do Rio de Janeiro

Não é novidade para o Slash ser uma entidade separada do Guns N’ Roses, no entanto, é só depois de duas turnês (e não é coincidência, também não desde seu retorno ao Guns) que essa independência se traduziu no repertório que ele apresentou. Ligado em “Living the Dream” (2018), o guitarrista já não baseia o 0,33 da sua exibição nos cânones da banda que o revelaram. A exibição agora, além de ser mais longa (24 músicas em vez das 21 ou 22 de tempos passados), tem como componente comprometido com o Guns apenas uma música de 1991 que a banda nunca havia encenado.

A maior prova de que a abordagem deu certo foi a ruidosa recepção dada pelos fãs presentes na última quinta-feira (1º) no Qualistage, no Rio de Janeiro. A etapa carioca da “The River is Rising Tour” marcou, portanto, o retorno do guitarrista à casa que recebeu seu Slash’s Snakepit quase trinta anos atrás.

Não seria errado dizer que “é uma coisa inteligente”: se alguns espaços estivessem cheios de gente e fosse difícil circular no espaço de outras 8. 000 pessoas, acredita a Fundição Progresso (onde jogou em 2012 e 2015), o que compreende pouco mais do que uma parte deles?

Os cinco membros – Slash, o vocalista Myles Kennedy, o baixista Todd Kerns, o baterista Brent Fitz e o segundo guitarrista Frank Sidoris – subiram ao nível ainda imersos em tons azuis em meio a gritos e aplausos entusiasmados. O protagonista, por si só, é uma figura digna de nota. Visualmente, ele é o epítome de guitarristas lendários que não são mais feitos. Cartolas, óculos escuros, pulseiras e anéis; Tudo contribui para que o homem, no auge de seus 58 anos, seja charmoso na foto como produto de outras épocas que é e não nega que é.

O medo do olhar de estrela do rock é compartilhado por Kerns, um showman nato, que trata o nível como uma passarela e a gangue de gargarejos como uma extensão de si mesmo. Kennedy e Sidoris são mais discretos, pelo menos em termos de vestimenta, e Fitz, quase escondendo a bateria, raramente era visto, mas o barulho que ele fazia na bateria era muito ouvido.

A comunicação e a interação com o público não foram o ponto alto das 2 horas e 15 minutos que se seguiram às notas de abertura de “O Rio está Subindo”, a primeira da noite. Na verdade, Myles levaria mais cinco músicas. Apesar de tudo o que fez diante do público, com um apreço comedido acompanhou a chegada de “C’est los angeles vie”. Enquanto isso, as séries “Driving Rain”, “Halo” e, como em São Paulo, “Too Far Gone”, na voz de “Amor Apocalíptico”, foram jogadas em nós como pedras ancoradas nos refrões certos. Mas foi com “Back from Cali” que os coros de milhares de senhoras, senhores, jovens, crianças e mulheres de Los Angeles deste primeiro componente foram os mais produtivos ouvidos.

“Always on the Run”, canção de Lenny Kravitz que originalmente conta com Slash na guitarra, relembrada no primeiro dos 3 momentos em que Kerns assume os vocais. Os outros foram em “Don’t Damn Me”, o lado B do Guns N’ Roses, e em “Doctor Alibi”, este último na reta final, que no CD “Slash” (2010) não tem mais ninguém, ninguém além do derrotado Lemmy, do Motörhead, ao microfone.

Sem muito ou qualquer bate-papo, o foco continuou sendo a execução das músicas da maneira mais fiel possível às versões de estúdio. Nesse quesito, Myles não deixa a peteca cair. Quando percebe que não vai atingir a nota — como no refrão altíssimo de “Starlight” —, ele abre sua caixa de ferramentas vocais e improvisa uma solução em um tom mais baixo, perfeitamente afinado; e com Kerns competente nas dobras. Também é notável a habilidade na abrangência de diferentes estilos: passa-se da balada “Bent to Fly” à quase psicodelia de “Spirit Love”, indo pelo country anabolizado de “We Will Roam” e pelo peso revolto e revoltado de “You’re a Lie”.

As típicas extensões e improvisações eram quase exclusivas do longo final de “Wicked Stone”; Slash solo como se não houvesse amanhã, em apenas dez minutos de êxtase natural do rock, lembrando os Allman Brothers no álbum vintage gravado no Fillmore East ou mesmo o Aerosmith quando começou a improvisar em temas enraizados no blues. Se às vezes Slash parecia estar em uma frequência diferente de seus colegas, aqui ele é claro: ele está em outro planeta. Mas não há nada como uma banda tão bem ensaiada que acaba por jogar telepaticamente.

O bis trouxe um dossel da sublime “Rocket Man”, de Elton John, com Slash nos pedais e Fitz nos teclados, e “Anastasia”, a faixa mais sutil tecnicamente já composta pelo guitarrista e, sem dúvida, sua favorita. canções, canções lançadas sob o apelido de “com Myles Kennedy e os Conspiradores”. Nada poderia ser mais apropriado para encerrar a exposição do que aquele cujo refrão diz “Este pode ser o nosso último bem”.

Durante a abertura, Velvet Chains encontrou desordem com o som e comentários no palco. De alguma forma, porém, a banda não se abalou com as dificuldades, nem se intimidou com o público, que parecia desconfiar de nomes como o guitarrista James Von Boldt (uma combinação de um crente tradicionalista do tipo Amish e um lutador (The Undertaker)) e o baixista Nils Goldschmidt, cuja estatura e design lembram muito Duff McKagan.

O vocalista Ro Viper parece ter estudado os trejeitos de palco e capilares de Gavin Rossdale, do Bush, mas canta como um autêntico roqueiro de Seattle do início dos anos 1990, embora tenha nascido em Las Vegas. As músicas são essencialmente hard rock, mas carregam certas influências de bandas da MTV dos anos 2000, seja pelo peso nas timbragens, seja pelas temáticas que transcendem o clichê sex, drugs & rock ‘n’ roll.

Lembretes de que não estamos mais na década de 1980 são bem-vindos, mas um pouco de edição não faria mal aos caras, porque enquanto “Eyes Closed” e “Stuck Against the Wall” são músicas maravilhosas, “Wasted” e “Tattooed” são um ataque aos ouvidos.

*A turnê de Slash feat. Myles Kennedy & the Conspirators pelo Brasil encerra com apresentação em Porto Alegre (04/02), com cobertura pelo site IgorMiranda.com.br. Ingressos podem ser adquiridos via Eventim.

Diretório – Velvet Chains:

Repertório – Slash feat. Myles Kennedy e os conspiradores:

Bis:

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A banda de Slash com Miles Kennedy tem mais de 10 anos, mais do que a primeira fase do Guns. Achei interessante o “material solo privilegiado”. . . Eles são uma organização perene, produtiva e talentosa que inadequadamente ajuda a manter esse “feito” em seu nome.

Achei o último álbum deles inferior aos anteriores, mesmo que inclua algumas músicas muito boas. Enfim, a exibição foi impressionante e o Slash é a figura principal da banda que leva seu nome, acho que eles têm uma grande diferença com o Mykes. presença na voz. Hoje, é sem dúvida um dos cinco cantores mais sensatos do planeta. Para quem não sabe, além de ter feito uma música em Alterbridge, tem uma carreira solo de sucesso, já com dois álbuns magníficos. lançado.

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