Os povos indígenas de Mato Grosso têm uma história rica e resiliente, mas enfrentam desafios significativos, que vão desde a preservação de suas terras até a venda de suas tradições culturais. A importância de investir em projetos que inspirem lideranças indígenas não pode ser subestimada, pois não apenas as comunidades locais, mas também contribuem para a preservação da diversidade cultural e ambiental da região. E através do subprograma Territórios Indígenas, o programa REM MT parece uma reação a esses desafios.
Financiado com recursos externos, o objetivo central do programa é o progresso sustentável e a redução das emissões de gases de efeito estufa. No entanto, reconhece a importância de envolver as comunidades indígenas como protagonistas de seu próprio destino.
Para saber um pouco mais sobre como isso é feito, confira 6 investimentos feitos através do REM MT que o Indígena Protagonista:
Há 20 anos, a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt) atua para estabelecer e proteger os direitos dos povos indígenas de Mato Grosso. Para que os povos indígenas ganhem cada vez mais autonomia, o programa REM MT apoia a entidade desde 2018, fortalecendo as mais de 40 mil pessoas que habitam os territórios indígenas do estado.
Diversos recursos do REM MT já foram investidos na Fepoimt, desde custeamento para estruturas de assembleias gerais, até patrocinar a ida de membros da federação na COP. A última assembleia, por exemplo, teve investimento de R$ 699 mil.
Capacitações e oficinas também são realizadas pelo REM MT, pensando principalmente na profissionalização e autonomia dos indígenas. O projeto do Instituto I9Sol vai iluminar a autonomia e bem viver de cinco povos indígenas de Mato Grosso.
Por meio do projeto da escola Oficina Solar, 30 lideranças indígenas serão informadas sobre como instalar painéis solares, o que beneficiará diretamente suas terras.
Presidente do Instituto Yukamaniru de Apoio às Mulheres Indígenas Bakairi, Darlene Taukane aponta que o curso surgiu para atender a enorme necessidade e reivindicação de povos indígenas pelo acesso básico à rede de distribuição de energia.
As dificuldades de comunicação e a falta de saneamento básico são os principais processos judiciais da população. No total, o REM MT contribuiu com R$ 949. 610,00 para todo o projeto, que inclui a qualificação, logística e instalação dos equipamentos.
Ainda falando de oficinas, mulheres de 19 etnias e de todas as idades participaram da Oficina de Comunicação e Mídias Sociais para Mulheres Indígenas, promovida pelo Programa REM MT, em agosto do ano passado. A partir de conceitos sobre edição de fotos e vídeos, engajamento, gestão de redes sociais e confecção de entrevistas, as participantes tornaram-se protagonistas de suas próprias histórias, para empoderar e fortalecer suas comunidades por meio da internet.
A oficina foi pensada para promover a geração de conteúdo sobre o cotidiano de mulheres indígenas e suas comunidades, cultura e luta pelos direitos indígenas.
Outra ação que fortalece os povos indígenas como guardiões das florestas mato-grossenses é o acesso deles à plataforma de monitoramento por satélite Planet. Adquirido inicialmente pelo Programa REM MT e hoje absorvido pelo Estado, o serviço auxilia no controle e prevenção do desmatamento e dos focos de incêndio nas comunidades.
A plataforma Planet produz fotografias em alta resolução diariamente, graças a uma constelação de satélites e cujo serviço foi adquirido como parte do programa REM MT em 2019, para combater o desmatamento ilegal em toda a região de Mato Grosso.
Em 2021, segundo informações da organização Global Forest Watch, Mato Grosso foi o estado mais afetado pelas queimadas ilegais em territórios indígenas. O campeão do fogo – com 10. 502 focos registrados – é o TI Parque do Xingu, no Mato Grosso, que abriga 16 equipes étnicas espalhadas por 500 aldeias.
Na imensidão da região do Xingu, 16 povos indígenas têm desempenhado um papel muito importante na preservação não só de suas culturas, mas também da biodiversidade de seu território. Para proteger o território das atividades ilegais dos invasores, eles terão que contar com tecnologias. para facilitar a vigilância. Diante disso, o programa REM MT tem apoiado a aquisição de dispositivos como: drone, gerador e rádio para otimizar o rastreamento.
No baixo Xingu, duas etnias – Kawaiweté e Yudjá – já fazem a vigilância da região de forma autônoma. Entretanto, o local tem vários braços de rios, que desaguam no Rio Xingu. E são nesses pontos que invasores procuram passar para adentrar nos territórios, praticando pesca, caça e extração de madeira ilegal.
Preocupado com os focos de calor nas terras indígenas de Mato Grosso e à espera do período de estiagem – em que as queimadas se multiplicam -, o programa REM MT, por meio do subprograma Terras Indígenas, entregou mais de mil equipamentos de proteção privada (EPIs) para as brigadas indígenas.
EPIs distribuídos através do REM MT para o Batalhão de Emergência Ambiental (BEA-MT). Os itens são entregues com uniformes completos, pacotes de hidratação, balaclavas, botas de combate, luvas, capacetes, redes e barracas.
Os programas temem as 43 etnias existentes em Mato Grosso, nas regiões: Cerrado/Pantanal, Kayapó Norte, Médio Araguaia, Noroeste, Xavante, Vale do Guaporé e Xingu.
Saiba mais sobre os projetos do REM MT em povos indígenas AQUI.