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24/01/2024 02:13, atualizado 24/01/2024 08:07
Com quase 4 vezes mais casos de dengue notificados do que no ano passado, o Distrito Federal 2024 com surto da doença. À medida que os casos aumentam, 14 importantes academias de ginástica estenderam seu horário de funcionamento para operar também no turno noturno até as 22h. :15h às 21h16 de segunda-feira (22/1), o jornalista ligou para os telefones de contato dessas academias.
“O número chamado não está atendendo e não tem mensagem de voz. Por favor, ligue mais tarde. Obrigado. ” O Metrópoles ouviu a frase 44 vezes quando foram feitas ligações para 14 unidades de ginástica importantes, cujo horário de funcionamento foi estendido para combater a dengue.
De todas as UBS com turno da tarde, apenas duas foram atendidas: UBS 1 em Águas Claras e UBS 1 em Vicente Pires. A UBS número 7 de Ceilândia foi ocupada em todas as 4 tentativas de comunicação, enquanto a UBS 2 de Sobradinho I e Sobradinho II o fizeram. Após o contato do jornalista com a secretaria, os números foram adicionados à lista.
Os complexos com horário estendido são: UBS 1 Asa Sul, UBS cinco Taguatinga, UBS 1 Águas Claras, UBS 2 Recanto das Emas, UBS 1 Vicente Pires, UBS 1 Santa Maria, UBS 3 Gama, UBS 1 Brazlândia, UBS 3 Ceilândia, UBS 7 Ceilândia, UBS 1 São Sebastião, UBS 1 Paranoá, UBS 2 Sobradinho I e UBS 2 Sobradinho II. Ao todo, 176 unidades atendem pacientes com dengue.
Além da dificuldade para falar com as unidades, os números para contato, inclusive, não são fáceis de achar no site da Secretaria de Saúde. Para encontrar informações sobre as unidades, é preciso acessar a aba Serviços, em seguida Atendimentos e, aí sim, Unidades Básicas de Saúde. No entanto, os telefones não constam nessa parte, sendo necessário consultar o site à parte Infosaude e ir em “busca saúde”.
Outra é no site do cadastro, para clicar na aba Fale com a Secretaria e baixar um documento de 54 páginas com a lista telefônica.
Além dos telefones da UBS, houve tentativas de contato com a Vigilância Sanitária, mas não houve resposta de ninguém no site da secretaria. Os chamados para a vigilância foram feitos durante o horário de funcionamento, por volta das 15h. e quatro da tarde.
Não é novidade para o Ministério da Saúde mexer nas linhas telefônicas. Em 2016, a agência viu suas linhas telefônicas cortadas por falta de pagamento. À época, a dívida da SES com a empresa de telefonia Oi era de R$ 1. 160. 939,97.
A secretaria não lançava licitações para o setor de telefonia há 16 anos, alterando contratos emergenciais um após o outro.
Em 2020, também expirou o contrato da secretaria, que só foi renovado em setembro do ano passado, conforme informou o órgão por meio da reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação.
“No entanto, diversas dores de cabeça causaram atrasos no processo, que se encerrou em 26/09/2023 com a assinatura do contrato com a empresa”, detalhou a reação por meio da LAI.
O contrato foi no valor de R$ 1.451.548,23 anual com a empresa Método Telecomunicações e Comércio LTDA. e pode ser prorrogado por até 5 anos.
O Distrito Federal viveu recentemente um surto de dengue. Em uma semana, o Distrito Federal passou de 7. 329 para 16. 079 casos prováveis de dengue, registrando um acumulado de mais de 9 mil casos entre os dias 14 e 22 de janeiro. Os dados podem ser encontrados no boletim epidemiológico do Ministério da Saúde publicado nesta terça-feira (23/1). Além disso, 3 óbitos foram notificados e outros 15 estão em investigação para determinar se ocorreram em decorrência da doença.
De acordo com os dados, há um aumento de 646,5% no número de casos em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com os números, há uma média de 730 casos da doença. Em uma semana, foram 17. 150 casos suspeitos, envolvendo cidadãos da Cidade do México e arredores.
Os 3 óbitos atingiram pacientes do sexo masculino com idade entre cinco e nove anos, entre 40 e 49 anos e entre 70 e 79 anos. Segundo a secretaria, todos tinham comorbidades. As regiões com maior incidência são Ceilândia (3. 963), Sol Nascente/Pôr do Sol (1. 110) e Brazlândia (1. 045).
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que os telefones disponibilizados são “para demandas administrativas” e que com o “alto fluxo de pacientes e realização de consultas o que, por vez, pode dificultar o atendimento de telefone”. A pasta informou que estuda outras formas de a população entrar em contato sem se deslocar até a UBS, mas “esbarra em questões relacionadas e da Lei Geral de Proteção de Dados”.
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