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Envenenamento por maré vermelha assusta banhistas em Pernambuco
Cetesb/Divulgação
Após constatar mais 60 casos suspeitos de intoxicação relacionada ao fenômeno da maré vermelha, a Secretaria de Estado de Saúde de Pernambuco alerta que banhistas e frequentadores de praias fiquem atentos ao odor e coloração da água do mar. Pernambuco já registra 338 atendimentos em razão do fenômeno.
Se a água estiver vermelha e com cheiro forte, os banhistas evitam entrar no mar.
Na terça-feira (6), a secretaria informou que novos registros foram informados pela gestão de saúde do município de Tamandaré, relativos ao período de 31 a 4 de fevereiro.
“Ultimamente não há regras para evitar ir ao mar ou à praia, ou para evitar comer frutos do mar (mariscos, ostras e sururu). Mas a população merece estar atenta ao cheiro e à cor da água do mar, que pode sinalizar novos e imagináveis episódios. Nessa situação, é preciso evitar a proximidade com os locais afetados”, reforçou a secretaria.
Os primeiros casos foram relatados especialmente no litoral sul de Pernambuco, entre Maracaípe e Tamandaré. Mais de 270 pessoas, em sua maioria pescadores, precisaram de atendimento médico após relatarem sintomas de intoxicação.
De 26 a 30 de janeiro, técnicos da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco (SES) e da academia municipal realizaram o levantamento e investigação dos prontuários dos pacientes que visitaram o hospital local.
“Na época, foi relatado que cerca de duzentos pescadores estavam apresentando sintomas de envenenamento durante a maré vermelha. Eles afirmam que o Tingui – como conhecem o fenômeno – tem sido mais poderoso do que em anos anteriores, uma vez que episódios semelhantes ocorrem na região desde a década de 1940”, afirma nota publicada nesta quinta-feira (1).
Na semana passada também houve casos de maré vermelha no litoral norte de Alagoas, onde foram registrados mais de duzentos casos de intoxicação.
Na sexta-feira (2), o Instituto de Meio Ambiente de Alagoas sobrevoou no litoral alagoano e informou que não foram encontrados novos pontos de maré vermelha. A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde para saber sobre registro de novos casos, mas até o momento não obteve retorno.
A maré vermelha é um fenômeno causado pela expansão excessiva de algas que podem ou não liberar toxinas. Pode ser notado na superfície da água através do seu cheiro e da formação de uma mancha gigante que pode ter tons avermelhados, alaranjados. Tons amarelados ou acastanhados.
O fenômeno é produzido pelo aumento da temperatura, da salinidade, do excesso de nutrientes, entre outros fatores, como o lançamento de águas residuais domésticas nas praias.
Entre os principais sintomas de intoxicação estão enjoo, diarreia, irritação e secura nos olhos, além de falta de ar. Em situações de maré vermelha a recomendação é para evitar recreação e banho em trechos do mar com coloração e odor diferentes.
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