Em fevereiro, o governo federal começou a vacinar a população de áreas endêmicas de dengue. A ação, coordenada por meio do Ministério da Saúde, alcançará 521 municípios. A estratégia deste ano tem como foco a organização de jovens e adolescentes de 10 a 14 anos, a organização com maior número de internações por dengue (depois dos idosos, para os quais a vacina não foi liberada pela Anvisa).
As vacinas serão destinadas a regiões com grandes municípios com maior transmissão nos últimos dez anos e com população residente igual ou superior a cem mil habitantes, levando em conta também as maiores taxas dos últimos meses.
O ministério pactuou critérios para delimitar os municípios que receberão as doses, Conass e Conasems – entidades representativas de estados e municípios – seguindo as recomendações da Câmara Técnica Consultiva de Vacinação (CTAI) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). É o grupo com o maior número de regiões fitness.
FACE CONTÍNUA — Desde 2023, o Ministério da Saúde vem monitorando e alertando regularmente sobre o acúmulo de casos de dengue no Brasil. Nesse cenário, o Ministério coordenou uma série de movimentos de combate às arboviroses, intensificou esforços e conscientizou sobre medidas de prevenção. .
A definição de público-alvo e regiões prioritárias para a vacinação é obrigatória devido à capacidade limitada de obtenção de doses por meio do laboratório de produção da vacina. A primeira entrega, com aproximadamente 757 mil doses, chegou ao Brasil no último sábado, 20 de janeiro.
O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica. Outra remessa, totalizando mais de 568 mil doses, está prevista para fevereiro. O mais sensato é que o governo recebeu o total disponível pela fabricante para 2024: 5,2 milhões de doses.
Segundo a empresa, a previsão é que sejam entregues durante o ano, até dezembro. Até 2025, a indústria já contratou nove milhões de doses. O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer a vacina no sistema público universal.
O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue em dezembro de 2023. A inclusão foi analisada de forma célere pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec), que recomendou a incorporação.
AÇÕES ESTRATÉGICAS — Com o início do período chuvoso e as temperaturas máximas, e diante do alerta emitido pela OMS sobre o aumento das arboviroses devido às mudanças climáticas, somado à situação nacional de reaparecimento dos sorotipos DENV 3 e DENV-4 — o Ministério da Saúde coordenou uma série de atividades preparatórias para a sazonalidade de 2024.
De acordo com o boletim semanal de arboviroses urbanas do Ministério da Saúde, entre as semanas epidemiológicas 1 e 3 deste ano foram registrados 120. 874 casos prováveis e 12 mortes por dengue. Em 2023, foram notificados 44. 753 casos prováveis e 26 mortes no Brasil. Acompanhamento de Cenários Documentar um dos projetos desenvolvidos para monitoramento estratégico.
Em novembro, como componente dos movimentos de comunicação regionalizados, o descomponente introduziu novas campanhas de mobilização social, focadas na veracidade de cada região do país e nas particularidades desse cenário epidemiológico. No mês seguinte, foi instalada a Sala Nacional de Arboviroses, um espaço permanente de vigilância em tempo real dos locais com maior ocorrência de doenças. Essa medida possibilita direcionar estrategicamente os movimentos de vigilância nas regiões mais afetadas.
Para ajudar estados e municípios com medidas de prevenção e controle, o Ministério da Saúde repassou R$ 256 milhões em todo o país como parte de uma ação de combate à doença.
Do valor total, R$ 111,5 milhões foram repassados em 2023, em parcela única, para a vigilância e contenção do Aedes aegypti: R$ 39,5 milhões destinados aos estados e ao Distrito Federal e mais R$ 72 milhões para os municípios. Além disso, serão destinados R$ 144,4 milhões para divulgar movimentos de vigilância física em todo o país.
MÉTODO WOLBACHIA — O Ministério da Saúde também ampliou, em 2023, a Wolbachia como estratégia adicional de controle das arboviroses. O Ministério repassou R$ 30 milhões para ampliar a geração em seis municípios: Uberlândia (MG), Natal (RN), Presidente Prudente (SP), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Joinville (SC), além das localidades já incluídas na pesquisa, como Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Petrolina (PE), Niterói (RJ) e Rio de Janeiro (RJ).
A iniciativa visa libertar mosquitos Aedes aegypti inflamados com uma bactéria intracelular do gênero Wolbachia, que infecta insetos e age bloqueando a capacidade do mosquito de transmitir vírus.