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Em entrevista exclusiva ao Contilnet, o deputado federal Coronel Ulysses (União/AC) detalha as razões de ter sido um dos oito deputados da bancada do Acre que menos votou favorável ao governo Lula – segundo levantamento do Radar em Foco, ferramenta do portal Congresso em Foco, que acompanha o posicionamento de deputados e senadores nas votações do Congresso. Ulysses votou apenas 56% das matérias de interesse do governo. A gastança exagerada do governo Lula [que fechou 2023 com um rombo de R$ 230,5 bilhões nas contas públicas) e as pautas contrárias aos princípios conservadores foram os motivos principais para o posicionamento do deputado do Acre nas votações. “Na Câmara somente votarei a favor daquelas matérias que, de fato, venham a beneficiar a população do Acre [e do Brasil] de um modo geral. Sempre fui transparente nas minhas posições políticas; assim, seguirei até o final do mandato”, diz Ulysses. A seguir os principais trechos da entrevista do deputado:
CONTILNET – O Radar Congresso – ferramenta do portal Congresso em Foco – que monitora o comportamento dos parlamentares do Congresso Nacional. A ferramenta mostra como cada deputado vota (se a favor ou contra o governo). Da bancada do Acre, o senhor votou apenas 56% das matérias enviadas pelo governo? Por quê?
CORONEL ULISES – Primeiro, por respeito aos acreanos que me indicaram para a Câmara [a grande maioria é conservadora]. Os sistemas existentes de mau governo são contrários aos princípios conservadores; O governo e os partidos de esquerda [que o ajudam] estão tentando descriminalizar as drogas, o aborto, excluir presos, entre outras aberrações. Em segundo lugar, porque não renuncio aos compromissos que assumi durante a campanha. Só voto a favor de gastos que beneficiem a população e não a prejudiquem. Vale destacar também que além de votar contra a agredência desse mau governo – absolutamente contrário aos interesses dos brasileiros – fui deputado do Banco do Acre, o máximo contrário ao atual (mau) governador. E assim permanecerei até o final do meu mandato.
CONTILNET – Já que abordei esse tema, dê um exemplo de artigos que são destrutivos para a população. . .
CORONEL ULYSSES – A reforma tributária é um exemplo. Além de afetar o bolso do contribuinte [que vai pagar mais imposto], causará enormes prejuízos aos Estados e Municípios [com a redução dos repasses constitucionais do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM]. Com essa reforma, o desgoverno atual busca concentrar mais poderes. Isso é prejudicial ao País. Acabou com desoneração da folha de pagamentos das empresas [que beneficia 17 setores da economia]; o Congresso aprovou a reoneração da folha [para o empreendedor pagar mais impostos], e ele vetou a Lei. Derrubamos o veto no final do ano passado. Não satisfeito, ele [Lula] edita Medida Provisória reonerando a a folha de pagamentos. No meu entender, essa MP nem deveria ser apreciada; deveria ser devolvida ao Planalto. Também vetou a lei que aprovamos sobre o marco temporal; nós também derrubamos o veto. Ou seja, esse desgoverno malvado só atua para prejudicar a população, o pagador de impostos. Outro exemplo de pauta prejudicial é a volta dos impostos federais dos combustíveis [que Bolsonaro havia zerado], o que fará o usuário a pagar combustível mais caro. Além disso, os governo e seus aliados incentivaram no Congresso a aprovação de matérias favoráveis à criminalidade em detrimentos aos legítimos interesses da sociedade; hoje as pessoas estão presas em suas casas porque o governo atual não é capaz de combater as facções criminosas. Isso sem falar no aumento do desemprego [em 30%). As lambanças são muitas, mas ficarei apenas nesses exemplos. Além disso, o ato de o atual mandatário ser um perdulário, um gastador contumaz, também pesa bastante na hora de votar favorável às matérias que ele enviada ao Congresso, particularmente à Câmara.
CONTILNET – Os gastos correntes do governo podem?
CORONEL ULISES – Sim, antes de assumir a presidência, Lula dava sinais de que durante seu mandato o frenesi com o dinheiro dos contribuintes seria assustador. Ele pediu ao Congresso que aprovasse a chamada PEC emergencial [no valor de cem bilhões de reais]. O Congresso obedeceu. Além de pedir mais recursos, o governo inflou o setor público [limpo pelo presidente Jair Bolsonaro], dobrando o número de ministérios. Ele fez isso para distribuir cargos entre seus colegas. Como resultado, as reservas do país começaram a esgotar-se. Fez diversas viagens multimilionárias [turismo ao exterior, na minha opinião], além de comprar móveis a preços inflacionados para o Palácio da Alvorada [residência oficial]; Pagou 65 mil reais por um sofá e 42 mil reais por uma cama, por exemplo.
Esses desmantelos do atual governo começam a aparecer. Dados divulgados no final de janeiro pelo Tesouro Nacional são alarmantes. Apontam que o governo Lula [em seu primeiro ano de mandato] já causou um rombo de R$ 230,5 bilhões nas contas públicas; é o segundo maior rombo dos últimos 47 anos, ou seja, desde que começou a série histórica de medições, em 1997. A situação é extremamente preocupante. O ex-presidente Bolsonaro deixou positiva as contas do governo – um superavit de R$ 54,1 bilhões. E o que o desgoverno atual fez? Torrou o dinheiro deixado em caixa por Bolsonaro; torrou os R$ 100 bilhões da PEC Emergencial, e causou mais um rombo de R$ 76,6 bilhões.
Recentemente, o chamado “pai dos pobres”, mostrando que não se importa nada com as minorias, vetou um trecho da Lei de Orientação Fiscal (LDO), que obriga o governo a transferir recursos para centros de assistência não públicos. com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA); Esse fato evidencia a má face desse mau governo.
CONTILNET – Esses pontos foram para o senhor votar contra questões que interessam ao governo?Vai manter essa mesma posição?
CORONEL ULYSSES – Sem dúvida. Todos que me conhecem no Acre sabem dos meus posicionamentos políticos [fui eleito para defender os princípios conservadores, como a liberdade, a livre iniciativa, os valores da família, por exemplo]. Não abro mão desse compromisso assumido com a população. Por essa razão, votarei contra todas as iniciativas do desgoverno atual contrários a esses princípios. Só apoiarei aqueles matérias que, de fato, venham a beneficiar a população do Acre [e do Brasil] de um modo geral. Sempre fui transparente nas minhas posições políticas; assim, seguirei até o final do mandato.
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