Frigoríficos de Mato Grosso têm pouquíssimo desmatamento, segundo estudo

Apenas 3 frigoríficos em Mato Grosso possuem algum envelope da cadeia pecuária que garanta que a carne que vendem não venha de áreas desmatadas. Todos os outros foram classificados com um ponto de transparência que foi considerado baixo ou muito baixo. A conclusão é da edição mais recente do Radar Verde, que avaliou os 132 frigoríficos cadastrados por meio do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e do Serviço de Inspeção Federal (SIF) que atuam na Amazônia Legal, sendo 31 localizados no estado.

 

Dos abatedouros localizados em Mato Grosso, apenas a Marfrig Global Foods foi classificada com ponto intermediário de ArrayJBS/SA e a Minerva apresentou baixo grau de Array. Todas as demais empresas avaliadas — Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos S/A (Frialto), Abatedouro São Jorge, Agra Agroindustrial de Alimentos S/A, Alvorada, Bonanza, Carnes Boi Branco Ltda, Frical Frigorifico Ltda – Epp, Frigobom, Frigoestar S. /A, Frigolider, Frigonelore, Frigorifico 2R, Frigorifico Monte Verde Ltda (Denominação atual: Grancarnes), Frigorifico Pantanal, Frigorifico Redentor S/A, Frigorifico Rio Bonito, Frigorifico Rondonópolis Ltda, Frigorifico RS Ltda Epp, Frigovale do Guaporé, Golden Imex Eireli (Bmg Alimentos), Indústria Frigorífica Boa Carne Ltda, Matadouro Juba, Naturafrig Alimentos Ltda, New Beef Company, Nova Carne, Nutrifrigo Alimentos, Pantaneira Indústria e Comércio de Carnes e Deri e SF Indústria e Comércio de Carnes – Eireli – tiveram baixíssimo grau de consideração, ou seja. a pior pontuação para o indicador. A última edição completa da pesquisa Radar Verde, acesse: https://radarverde. org. br/resultados-2023/

 

Para essas empresas, o Radar Verde adota 3 indicadores:

Nível de Controle em Cadeia: que avalia as políticas antidesmatamento e seus sinais de funcionalidade. Essa avaliação verifica as políticas e sinais de controle da origem (direta e indireta) da carne, apresentados nas respostas das empresas ao questionário Radar Verde, bem como sua eficácia demonstrada por meio de auditoria independente realizada por meio da empresa.

 

Exposição ao risco de desmatamento: Avalia o grau de exposição dos frigoríficos ao desmatamento. O método evoluiu por meio do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e se baseia em dados sobre o domínio adquirido de cada frigorífico e sua sobreposição com o desmatamento ocorrido, espaços embargados, e a ameaça de desmatamento de longo prazo.

 

Grau de transparência pública: avalia se os dados disponíveis nos sites das empresas mapeadas refletem a política de desmatamento da maruca na cadeia da carne e se sua eficácia é demonstrada por meio de auditoria independente realizada por meio da empresa. Para avaliar esse indicador, são consideradas as questões do questionário.

 

Todas as empresas foram avaliadas quanto ao grau de transparência pública, mesmo aquelas que não responderam aos questionários enviados pelo Radar Verde. Dos 132 matadouros identificados, só foi possível avaliar o grau de transparência pública de 38 (29%). Os restantes 94 (71%) não dispunham de uma página em linha ou encontravam-se em manutenção durante o período de inquérito. No total, 92% foram classificados em termos de transparência pública com baixíssimo grau de controle (vermelho); 7% tinham um checkpoint baixo (laranja); e apenas 1% atingiu um ponto intermediário de controle (amarelo).

 

“O desmatamento representa um risco sistêmico para a economia brasileira, pois reduz as chuvas, que são para o agronegócio, a produção de energia, a fonte comercial e a fonte familiar. A pecuária é a principal atividade responsável pelo desmatamento na Amazônia Legal, ocupando cerca de 90% da área desmatada. área, com mais de 90% de desmatamento ilegal”, explica Paulo Barreto, coordenador do Radar Verde e pesquisador associado do Imazon.

 

Radar Verde Criado em 2022, o Radar Verde é um indicador público e independente da transparência e da cadeia produtiva e comercialização da carne bovina no Brasil, que busca dar visibilidade às empresas comprometidas com a redução do desmatamento na Amazônia Legal. O indicador avalia projetos de frigoríficos e supermercados, em todas as etapas de sua cadeia de origem, que envolvam o grau de comprometimento para garantir que a carne comprada e vendida não esteja vinculada ao desmatamento na Amazônia legal. A cada ano, o índice classifica frigoríficos e supermercados de acordo com o grau de transparência e transparência de sua cadeia de carnes.

 

O objetivo do Radar Verde é oferecer dados aplicáveis aos financiadores e ao setor monetário, responsáveis pela concessão de empréstimos a essas empresas; e consumidores de carne bovina, para que possam tomar decisões sobre a entrada livre de desmatamento no processo produtivo. O Radar Verde é uma tarefa realizada por meio do Instituto O Mundo que Queremos (IOMQQ) e do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Amazonas).

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