R$ 60 milhões: construção do MPMS com 91 gabinetes vai cobrar quatro meses de salários do Ministério Público

Nesta quinta-feira (8), foi assinado um termo de cooperação para cobrir despesas semelhantes à estrutura do novo complexo institucional da Procuradoria-Geral da República. A nova estrutura do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) tinha preço estimado de pelo menos R$ 60 milhões.

O convênio foi assinado por meio do governador Eduardo Riedel (PSDB), do procurador-geral de Justiça, Alexandre Magno Benites de Lacerda, além dos secretários de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Pérez Ramos, do secretário de Estado da Fazenda, Flávio César Mendes de Oliveira, e do secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Hélio Peluffo Filho.

A nova construção do MPMS terá 91 gabinetes, uma ouvidoria, dois auditórios, um corredor de plenário e outras estruturas. E esta raramente é a primeira vez que os membros aprovam uma reforma luxuosa do local. Em 2017, a rampa de acesso ao corredor frontal da Procuradoria-Geral da República foi substituída por elevadores, ao custo de mais de R$ 2,2 milhões.

Além disso, foi feita uma tentativa de reforma do banheiro para uso exclusivo do então procurador-geral, Paulo Passos. Na época, as pinturas foram justificadas como satisfazendo o “conforto psicológico” do então chefe do MPMS. Após denúncia do Jornal Midiamax, os quadros foram cancelados.

Em novembro de 2022, o MPMS inaugurou a primeira pedra do complexo institucional. A nova construção contou então com um orçamento de 60 milhões de reais, o equivalente a cerca de 4 meses de salário dos membros ativos da instituição.

A posse ocorreu com a presença do então governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). A construção deve permanecer na mesma área onde o MPMS já está localizado.

Em janeiro, o MPMS divulgou dados do demonstrativo de despesa com o pessoal referente aos últimos 12 meses. Foram R$ 281.580.307,09 em gastos com servidores e comissionados.

O MPMS está entre os 10 salários mais sensatos pagos aos membros ativos, ou seja, fiscal e fiscal. Midiamax também relatou como esses membros do MPMS estão estendendo seus salários com os chamados “truques”.

Assim, salários que variam entre R$ 32,3 mil e R$ 37,6 mil chegam a R$ 117,9 mil. De acordo com a tabela divulgada pela agência, o preço bruto global é de R$ 352. 124. 111,13 e o preço líquido é de R$ 281. 580. 307,09.

Para efeito de comparação, o patrimônio líquido global do ano passado, 2022, foi de R$ 265. 185. 620,28. A despesa bruta calculada é de R$ 335. 155. 961,01, valor que representa R$ 16 milhões de despesas adicionais em 2023.

O Portal da Transparência do MPMS não apresenta mais ligações de servidores e comissionados na verificação das folhas de pagamento. Assim, é possível identificar a capacidade e o salário do servidor, mas não a chamada do afiliado.

Essa reintegração tem se posicionado nos últimos meses e se diz ter como base a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). A Midiamax questionou o e-mail do MPMS sobre a explicação do motivo pelo qual os nomes foram retirados e também se, em caso de questionamento pela imprensa, a empresa pode simplesmente fornecer os dados.

Até agora não houve resposta. O país continua aberto a manifestações.

Segundo levantamento realizado pelo Estadão, em 8 estados, mais de 75% dos procuradores ganham salário acima do teto. Para a pesquisa, foi selecionado o mês de outubro de 2023, evitando assim distorções imagináveis devido ao pagamento da gratificação natalina ou da gratificação natalina 13, por exemplo.

Em um único mês, a Procuradoria-Geral da República pagou R$ 696,8 milhões aos 11,2 mil procuradores do país. Gasto anual de R$ 8,3 bilhões.

Advogados e procuradores, conhecidos como membros efetivos do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), foram os que ganharam salários em outubro de 2023. Cada membro ganhou em média R$ 92,3 mil líquidos, totalizando R$ 53 milhões em preços aos cofres públicos.

Na 7ª posição está o MPMS, com salário médio de R$ 61. 719,35. Porém, quando analisado caso a caso, a verdade ainda são salários até 3 vezes superiores ao valor constante.

Enquanto o Governo do Estado, Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e o Tribunal de Justiça apresentavam projetos de reformas administrativas com cortes de gastos devido à crise econômica atravessada pelo país em 2017, o MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) queria realizar outro tipo de reforma: a do banheiro reservado do Procurador-Geral de Justiça, Paulo Cezar dos Passos.

Apesar do uso muito limitado do espaço, seria o contribuinte quem pagaria a conta do esbanjamento projetado. E nas pinturas não faltam suntuosidade, que pode custar até R$ 66. 827,05.

Passos tinha a intenção de trocar as instalações por peças mais modernas e caras, projetadas sob medida em quartzo e em materiais descritos com riqueza de detalhes no projeto. O mínimo aceito na licitação do tipo concorrência é de 70% do valor orçado inicialmente, ou seja, um gasto certo de R$ 46,7 mil.

A resolução provocou reação até do Ministério Público estadual. Os garçons entraram em contato com o jornalista, indignados com a despesa. Segundo trabalhadores com acesso ao prédio do MPE, o domínio está visivelmente em boas condições.

Após o retorno, a comissão foi cancelada. Aliás, Passos deixou claro que o dinheiro enterrado em seu banheiro não seria usado para resolver um problema, mas para “melhorar as situações de conveniência físico-psicológica do procurador-geral”. bem como usuários de outros ambientes. “” com o objetivo de maior capacidade e estética para atender aos anseios aplicáveis daqueles ambientes”, segundo a própria comissão.

Imagem de topo: Novo projeto de construção do MPMS (Divulgação)

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