Novo vírus ataca clientes de mais de 60 bancos no Brasil

Clientes de mais de 60 bancos no Brasil são alvo direto do Coyote, um novo vírus que visa emprestar conhecimento e credenciais de sistemas monetários. A praga chega disfarçada de atualização de programa do Windows e, uma vez instalada no PC, aguarda o acesso a sites da internet ou do tipo para emprestar dados sem o conhecimento do usuário.

Na verdade, a discrição é a principal força do malware para a Kaspersky, a empresa de cibersegurança que emitiu o alerta. De acordo com especialistas que analisaram o vírus, há um temor óbvio sobre o uso de linguagens de programação e sistemas de distribuição impopulares, tudo com o objetivo de escapar do escrutínio da cobertura do software e de tais medidas tomadas por meio dos próprios usuários.

Dois exemplos disso são o uso do instalador Squirrell para implementar o risco em aplicativos do Windows, enquanto a linguagem Nim é usada para remover a contaminação. Isso ocorre somente após a manipulação de scripts que garantem a paciência do parasita no computador da vítima. Os dados enviados a criminosos com conhecimento roubado usam criptografia complexa como outra forma de detecção.

Por outro lado, a presença de dezenas de estabelecimentos bancários contrasta com esse sigilo. Segundo a Kaspersky, o Coyote é capaz de interceptar dados de pelo menos 61 bancos, empresas de crédito e fintechs. Quando o acesso à solução de um alvo é detectado, o vírus pode realizar outros movimentos que envolvem tirar capturas de tela, salvar o conhecimento inserido e até manipular páginas para sequestrar transferências e outras operações.

O Coyote também seria capaz de realizar o chamado “golpe da mão fantasma”, assumindo o controle do dispositivo da vítima para realizar operações em nome dela. Além dos comandos citados, o vírus é capaz de mover o mouse e realizar cliques, exibir alertas de atualização que ocupam a tela inteira (enquanto as atividades acontecem em segundo plano) e até desativar antivírus ou desligar o PC inteiramente.

“A chegada do Coyote, um novo tipo de trojan monetário brasileiro, nos lembra das precauções que queremos tomar”, diz Fabio Assolini, chefe da equipe de pesquisa global e de pesquisa da Kaspersky para a América Latina. Ele observa que a presença de malware na fórmula bancária quase dobrou desde 2021, com 18 milhões de casos registrados apenas no ano passado.

Segundo ele, essa expansão é acompanhada por um aumento de demandas em situações de cibersegurança, mas gera um alerta específico para o nosso país, de onde se originam aproximadamente 90% de todas as infecções globais registradas por meio do Coiote. Existem alguns cuidados que podem ajudar outras pessoas a se tornarem vítimas.

O passo mais importante é ter cuidado ao baixar aplicativos, o que só deve ser feito a partir de sites da internet identificados e provedores confiáveis. Evite clicar em links que chegam por meio de programas de mensagens ou redes sociais e mantenha antivírus ou outros programas de segurança ativos e atualizados em seu PC e celular, pois eles ajudam a detectar ameaças desse tipo.

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