Axl, Chris Slade e Bon Phase: Relembre a última turnê do AC/DC

O AC/DC anunciou, nesta segunda-feira (12), sua primeira turnê em 8 anos. A sequência de 21 apresentações em divulgação ao álbum “Power Up” (2020) sucede uma excursão que durou entre 2015 e 2016, promovendo o disco “Rock or Bust” (2014), e que também foi marcada por mudanças na formação.

Nos próximos shows, que acontecerão entre maio e agosto, o baixista Chris Chaney (ex-Jane’s Addiction) e o baterista Matt Laug (ex-Alanis Morissette) reposicionarão, respectivamente, Cliff Williams, aposentado devido a problemas físicos, e Phil Rudd. , por razões não especificadas. Brian Johnson (vocal), Angus Young (guitarra) e Stevie Young (guitarra rítmica) compõem o quinteto.

Já na tour passada, a vaga de Rudd, à época com problemas na Justiça, foi ocupada por Chris Slade, membro do grupo na primeira metade dos anos 1990. Além disso, em parte das apresentações, o vocalista Axl Rose (Guns N’ Roses) esteve no posto de Johnson, que sofria de problemas auditivos.

Boa parte dos fãs, aliás, se lembra com carinho de Rose, que praticamente “salvou” uma tour após o afastamento abrupto de Johnson. O carismático vocalista que faz parte da banda desde 1980 poderia ficar surdo em definitivo se continuasse a fazer aqueles shows.

Em 2020, na Rolling Stone, Brian lembrou:

“Ele era muito sério. Eu não conseguia ouvir as guitarras. Eu literalmente segui com base na reminiscência dos músculos e da leitura labial. Senti-me mal com esta situação nos concertos. Não há nada pior do que status lá e não ter certeza do que você está fazendo.

A perda de Brian durante o restante dessa excursão foi um grande golpe para Angus Young e Cliff Williams, que já tinham um substituto para o falecido Malcolm Young na guitarra rítmica: Stevie Young, sobrinho de Angus, e o próprio Malcolm.

Faltavam apenas 23 shows para completar a turnê: dez nos Estados Unidos e treze na Europa. Os músicos optaram por seguir em frente, respeitar as datas, para evitar disputas judiciais, como cancelamentos.

Mas quem ocuparia o lugar de Brian Johnson? O caminho para a ligação de Axl Rose foi um pouco tumultuado.

Alguns vocalistas menos conhecidos foram considerados para assumir o microfone principal do AC/DC. Um deles foi o americano Lee Robinson, de uma banda-tributo chamada Thunderstruck.

Lee relembrou sua audição com o AC/DC em uma entrevista ao podcast Beyond the Thunder. Ele disse que se despediu de seu trabalho “formal” como técnico de sistemas de refrigeração para testar a sorte com o grupo.

Citando ter recebido o cheque em 14 de março de 2016, ele disse: “Acho que vale a pena desperdiçar minha lição de casa nesse momento do campeonato”.

Não funcionou para Lee Robinson, ou qualquer outro candidato bem-sucedido. A voz dos 23 shows seria Axl Rose.

Em entrevista ao podcast de Zane Lowe, Angus Young disse que a chegada de Axl Rose é uma “recompensa do céu”.

O vocalista do Guns N’ Roses não fez o corte, pois estava no meio de uma excursão de reencontro com o guitarrista Slash e o baixista Duff McKagan, algo que era esperado há duas décadas. No entanto, ele ouviu sobre o cenário de Brian Johnson e, como um grande fã do AC/DC, se apresentou com sua ajuda.

“Podemos ter acabado de dizer: ‘Vamos cancelar e esperar’. Mas sabíamos que ainda haveria muitos problemas de seguro e problemas legais semelhantes. Alguém nos aconselhou a convidar um cantor para fazer algumas audições. Recebemos uma mensagem de que Axl Rose poderia nos ajudar, se ele não interferisse em seus compromissos. Fizemos um treino e tentamos, e ele tentou.

Nem mesmo uma lesão no pé impediu Axl de cumprir seus compromissos, enquanto se apresentava sentado em uma cadeira, não a de Dave Grohl, vocalista e guitarrista do Foo Fighters, que emprestou um verdadeiro trono aos shows do Guns N’ Roses.

A 7 de maio de 2016, realizou-se em Portugal o primeiro concerto dos AC/DC com Axl Rose, abrindo a etapa europeia da digressão.

Também em entrevista a Zane Lowe, Angus Young observou que “tudo deu errado” naquele dia, mas a sorte da banda mudou repentinamente.

“No nosso primeiro show, que acho que foi em Portugal, tivemos um dia terrível e estava chovendo. Tudo estava dando errado. No último minuto antes do show, o céu clareou, o tufão passou e subimos ao palco. Ele cantou sentado na cadeira, fez a coisa mais produtiva que pôde, e nós fizemos. Serei grato a ele por nos ajudar com esses shows.

Já nesta performance, podemos fazer alguns ajustes no repertório, com a incorporação de duas músicas da era Bon Scott, o cantor que gravou os primeiros álbuns do AC/DC. São elas “Rock’n’Roll Damnation” (que não toca ao vivo desde 2003) e “Riff Raff” (ignorado no nível desde 1979).

Como um grande fã do AC/DC, Axl Rose perde a oportunidade de tocar algumas de suas músicas favoritas com a banda que tanto ama. Ele é um fã confesso da “era Bon Scott”, então ele aconselhou algumas músicas que não tinham sido tocadas com Brian Johnson.

Na Rolling Stone, Angus mostrou que Axl em taxa recomendar as músicas:

“Isso me lembrou as músicas. Naquele momento eu disse: ‘Sim, acho que jogamos isso em algum lugar’. O desafio era que ele dizia isso regularmente no dia do show. Ele me perguntou: “Podemos jogar isso? E eu disse: ‘Ah, tudo bem, vou tentar’. Tive sorte que deu certo. Tenho um técnico de guitarra que tocou numa banda de dossel. Eu disse: “Diga-me o primeiro acorde e depois eu lhe darei o resto”. Foi divertido. Também nos manteve atentos.

Além de “Rock ‘n’ Roll Damnation” e “Riff Raff”, os shows passaram a trazer músicas como “Live Wire”, “If You Want Blood (You’ve Got It)”, “Touch Too Much” e “Dog Eat Dog”. Todas elas gravadas originalmente com Bon Scott.

Vale ressaltar que os protagonistas não apareceram todos de uma vez. Para não prejudicar a divulgação do álbum “Rock or Bust”, excluir grandes sucessos ou atrapalhar a mecânica dos ensaios anteriores da banda, essas músicas foram incorporadas ao repertório e nem todas foram executadas no mesmo show.

Outra substituição que ocorreu com Axl nos vocais foi a duração dos shows. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ultimate Classic Rock, Axl/DC passou a fazer apresentações mais longas, com um repertório de 24 músicas que durou em média 2 horas e 30 minutos. Com Brian, foram 20 músicas, alcançando a marca de 2:10.

Compare, a seguir, os repertórios da turnê “Rock or Bust” com Brian Johnson e com Axl Rose.

Brian Johnson (Geral):

Axl Rose (show de 6 de setembro):

A surdez de Brian Johnson acabou sendo revertida, garantindo seu retorno ao AC/DC. O cantor gravou o mais novo álbum da banda, “Power Up”, que também marcou o retorno de Phil Rudd.

Em entrevista à Rolling Stone, Johnson falou um pouco sobre o que o ajudou a recuperar a audição:

“Um especialista em audição trouxe algo que parecia uma bateria de carro. Ele disse que iam fazer uma miniatura. Demorou dois anos e meio. Ele vinha aqui todo mês. É muito chato ter aqueles cabos, aquelas telas de PC, esses ruídos. Mas ele valoriza. Ele usou o arranjo ósseo do crânio como receptor de som. Isso é tudo o que posso te dizer.

No Total Guitar, Angus Young confidenciou que nunca pensou em se juntar a Axl Rose no AC/DC. A razão? Ele já tem muito trabalho com o Guns N’Roses.

“Essa ideia nunca surgiu. Axl foi muito generoso e nos ajudou a terminar a viagem em uma situação difícil. Ele entrou em contato conosco e disse que poderia nos ajudar se isso não interferisse em seus compromissos. Ele queria vir ouvir algumas músicas. Ele me aconselhou sobre músicas que eu não tocava há muito tempo. Sou muito grata por ele ter se voluntariado e nos ajudado, mas ele tinha uma vida própria.

No dia 7 de outubro, o AC/DC deu seu primeiro show em 7 anos. Brian Johnson, Angus Young, Stevie Young e Cliff Williams subiram ao nível de Matt Laug, que substituiu Phil Rudd por razões não especificadas.

A exposição encerrou os 3 dias do Power Trip, um festival em Indio, Califórnia. O Judas Priest abriu a noite anunciando um novo álbum: “Invincible Shield”, que será lançado em 8 de março de 2024. Atualize Ozzy Osbourne, que não pode atuar devido a problemas de condicionamento físico. Nas outras datas, tocaram Iron Maiden, Guns N’ Roses, Metallica e Tool.

Confira o setlist do AC/DC (via Setlist. fm) e (via Blabbermouth) abaixo:

Bis:

No álbum “Power Up” (2020), o AC/DC se apresentará na Europa durante todo o verão no Hemisfério Norte (inverno aqui).

Dois ajustes foram feitos na banda que gravou o álbum de 2020. O baterista Matt Laug (ex-Alanis Morissette), que já liderou o festival Power Trip em outubro passado, assume o lugar deixado por Phil Rudd. No baixo, haverá Chris Chaney. (ex-Jane’s Addiction), substituindo Cliff Williams, aposentou-se das turnês.

Alemanha, Itália, Espanha, Holanda, Áustria, Suíça, Inglaterra, Eslováquia, Bélgica, França e Irlanda recebem o quinteto completo formado por Brian Johnson (vocal), Angus Young (guitarra) e Stevie Young (guitarra rítmica). À venda nesta sexta-feira (16).

Serão ao todo 21 apresentações no continente europeu. A estreia está marcada para 17 de maio, em Gelsenkirchen, na Alemanha. A última acontecerá em Dublin, na Irlanda, no dia 17 de agosto. Você pode conferir o roteiro completo abaixo. Mais detalhes podem ser encontrados no site da acdc. com/tour.

Há rumores de que a banda se apresentará no Brasil em setembro. Segundo o jornalista Lauro Jardim (O Globo), serão 4 datas: duas no festival Rock in Rio e duas no estádio do Morumbi, em São Paulo. Tais compromissos foram anunciados oficialmente.

A organização tem uma história com o festival do Rio de Janeiro, como atesta a primeira edição, em 1985. Da próxima vez, celebrará seu 40º aniversário.

No total, a CA/DC esteve apenas três vezes no Brasil. A primeira, como já mencionado, aconteceu no Rock in Rio, em 1985. A ocasião fez parte da turnê “Ballbreaker”, que aconteceu em outubro de 1996 com apresentações em São Paulo e Curitiba. O terceiro fez a turnê “Black Ice”, em data única, na capital paulista, em novembro de 2009.

Clique em IgorMiranda. com. br em: Instagram | Twitter | Tópicos | Facebook | YouTube.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *