Caso de Miss Acre, desclassificada por ser mãe, repercute nacionalmente

A desclassificação da Miss Acre Mundo 2023, Carla Cristina, do cenário nacional do concurso, por ser mãe, ganhou destaque em diversos portais de notícias pelo Brasil.

G1, O Antagonista, CNN Brasil, O Tempo, Diário do Nordeste, Terra, Rádio Itatiaia, O Globo, UOL e Metrópoles são alguns dos locais onde surgiu a polêmica em torno da organização do Miss Brasil Mundo 2024.

Em um vídeo gravado nas redes sociais, no qual aparece chorando, a acrescina acusa o concurso de oferecer dados contraditórios sobre a demanda anti-materna.

Ela conta que perguntou mais de duas vezes se as mães poderiam competir e obteve uma reação positiva de cada uma delas.

A surpresa de que não poderia mais participar do concurso não custou apenas o sonho, mas também os R$ 5 mil investidos na inscrição do desfile, uma vez que Cristina poderá não reaver o valor.

O dinheiro, diz, veio para cá à custa de muito suor. A jovem chegou a vender sopa e roupas próprias para arrecadar dinheiro. “Eles esperaram que eu pagasse antes de tirar o título de mim. Trabalhei muito [. . . ] e agora não precisam me devolver o valor que paguei. “

O Outro Lado

Em nota nesta semana, a organização do concurso facilita a edição dos fatos. Leia o artigo completo:

“Nota do Concurso Nacional de Beleza na íntegra:

No dia 29 de outubro de 2022, Carla Cristina foi eleita Miss Acre Mundo 2023, em concurso organizado por meio de Sidney Lins, Coordenador Estadual da CNB no Estado do Acre. Desde a sua criação, em 1951, o Miss Mundo tem como regra que as concorrentes terão de ser solteiras e não mães, mas nunca foram solteiras e nunca foram.

Todas as coordenações estaduais conhecem tal regra e seus concursos devem ocorrer de acordo com as regras do concurso Miss Mundo e Miss Brasil Mundo. As candidatas que participam do concurso devem ser informadas sobre as regras do concurso em que estão participando, através de regulamento do mesmo.

Nesta semana, a CNB apurou que Carla Cristina é mãe. Questionado, o coordenador Sidney Lins disse que não conhecia Carla Cristina como mãe.

Gostaríamos de deixar claro que, como organização autorizada de uma competição estrangeira, teremos que respeitar as regras, independentemente de nossa própria visão ou vontade. Certamente não temos nada contra as mães, pelo contrário. O fato é que cumprimos regras que terão que ser respeitadas.

Esperamos que a coordenação do Acre explique o cenário da jovem da forma mais produtiva que se possa imaginar para todas as partes envolvidas, e lamentamos profundamente que não possamos nos contentar com a candidatura da candidata.

Esclarecemos também que o valor da licença estadual é uma responsabilidade da coordenação estadual, assim sendo, a mesma será responsável pela substituição da candidata. Qualquer acordo financeiro acordado entre a candidata e seu coordenador, é uma questão exclusiva entre os dois, sem responsabilidade do CNB.

Desejamos muita sorte e felicidade para Carla Cristina e seu filho para cada um deles.

 

© 2022 – Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *