O deputado Eli Borges (PL-TO), líder da Frente Evangélica na Câmara, disse ao portal Metrópoles que o Brasil vive um momento de “bibliofobia” e “perseguição” ao segmento, e que esses movimentos são políticas do governo federal. , liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Estamos vivendo um momento muito prejudicial no Brasil, que eu chamo de churchfobia, bibliofobia. E agora acontece que eles estão criando a figura do sacerdócio. É horrível, porque são outras pessoas que estão se abastecendo das políticas públicas do governo federal”, disse.
Eli Borges, que reveza a liderança da Frente Evangélica com o Deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), declarou que a prioridade da bancada em 2024 será defender a família e a liberdade, respeitando todas as religiões.
“Defesa do círculo familiar nos moldes patriarcais judaicos, que é o estilo da biologia, da ciência, para proteger a liberdade e no contexto da democracia, especialmente religiosa, com respeito a todas as religiões. “
A entrevista também abordou a forte união entre as pessoas LGBTQIA. Em 2011, o STF equiparou as relações homoafetivas a uniões sólidas entre homens e mulheres, considerando as uniões homoafetivas como núcleo do círculo familiar.
No entanto, o parlamentar afirmou que o Supremo Tribunal Federal “bisbilhota menos o Legislativo”.
“Vai ter que entender que isso já foi apaziguado através do Supremo Tribunal Federal, que a priori quer bisbilhotar um pouco menos no Poder Legislativo brasileiro, com todo respeito aos ministros, especialmente alguns deles”, disse Eli Borges.
A entrevista ainda abordou o pagamento da prebenda para os evangélicos ou côngrua pelos católicos. Esses valores são recebidos pelos pastores ou padres pela atividade religiosa. Pela legislação, esse pagamento não é considerado uma forma de remuneração, portanto, as igrejas não precisam pagar contribuição ao INSS.
Em janeiro, o Ministério da Fazenda suspendeu uma lei do governo de Jair Bolsonaro que beneficiava clérigos. Evangélicos criticam a medida, dizendo que o Planalto ignora pastores, enquanto alguns, ligados ao ex-presidente Bolsonaro, criticam Lula.
Borges afirma que Lula prometeu respeito e discussão com o presidente e diz que, se o presidente “for inteligente, respeitará os mais de 200 mil líderes que existem” no Brasil.
“É uma resolução na cabeça dele. Quando foi candidato, prometeu nos respeitar. Ele prometeu que haverá um diálogo franco e aberto. Há uma expressão na Bíblia que diz que a árvore é conhecida pelo fruto. O fruto que ele dá quando verbaliza as citações não vem exatamente das gravações que fez durante a campanha eleitoral. Muitas outras pessoas “fizeram o L” [votaram em Lula] porque acreditaram nesses registros. (O fruto) não vem de um presidente que reconhece a importância do segmento devoto”, concluiu.
*Com informações do iG
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