As pesquisas avançam na Amazônia, especificamente no Laboratório de Óleos da Amazônia (LOA), da Universidade Federal do Pará (UFPA), onde o professor Emmerson Costa, doutor em Química Inorgânica pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), lidera uma equipe dedicada ao desenvolvimento de estudos capazes de transformar insumos da região em produtos benéficos para o meio ambiente, as comunidades locais e o avanço da bioeconomia na região.
Na LOA, são estudados diversos bioinsumos amazônicos, óleo de patauá para tratamento de estrias, pau-rosa e produção de novas moléculas em perfumaria, carvão ativado para purificação de água, biocombustíveis, transformação de óleos vegetais, curativos e biopolímeros para cosméticos.
Entre as pesquisas em andamento, destaca-se o desenvolvimento de um novo tipo de bioplástico, feito a partir de matérias-primas como o babaçu e os minerais de argila, abundantes nos estados do Pará, Amapá e Maranhão. O objetivo é criar produtos sustentáveis, como o plástico. Sacos e cápsulas de medicamentos, que ajudam a reduzir a dependência de plásticos à base de petróleo e minimizar o impacto ambiental, livrando-se desses materiais tradicionais.
O professor Emmerson, que lidera os estudos há mais de três anos, destaca que o babaçu, devido à alta concentração de biopolímeros, é selecionado como principal matéria-prima. Ele ressalta que essa técnica agrega preço ao produto final e produz um polímero com menor tempo de decomposição na natureza.
“É a opção de agregar mais ao produto e a opção de gerar um polímero que passa menos tempo na natureza, ou seja, biodegradável. “
A pesquisa, liderada pelo professor Emmerson desde que se juntou à UFPA em 2005, conta com a colaboração direta de Allan Rodrigo Souza, Mikael Nascimento e Adriano do Nascimento, além de alunos e equipe de apoio do laboratório.
Atualmente em fase laboratorial, o próximo passo é realizar testes para medir parâmetros de resistência e espessura e identificar o procedimento para fabricação do produto final, que inclui, entre outros, sacos plásticos e cápsulas de medicamentos. No entanto, o professor alerta para a falta de interesse de empresas e instituições em investir em pesquisa, o que destaca a necessidade de incentivos do governo federal para estimular a produção desses materiais.
“No Brasil, não existe esse ambiente de vanguarda. Nenhuma organização aceita dinheiro e orçamentos para isso. O que queremos é o estímulo de Estado. Es investimento federal, que nos permita ‘iniciar’ a produção desses materiais”.
A LOA recebe recursos da UFPA, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da Fundação Guamá, que administra o Parque Científico e Tecnológico do Guamá (PCT Guamá), o que permite o funcionamento do laboratório oferecendo facilidades a organizações e empresas interessadas.
Uma empreendedora da Filadélfia, nos Estados Unidos, teve uma ideia genial e a transformou em negócio. A cientista de alimentos Sheetal Bahirat observou que cerca de 11 bilhões de quilos de abacate são consumidados anualmente no planeta! E ela se perguntou o que poderia ser feito com o caroço da fruta, que é normalmente descartado no meio ambiente.
O cientista examinou a questão e descobriu que o componente desperdiçado do abacate é aquele que contém o máximo de antioxidantes e pode ser reciclado em uma bebida funcional.
Após essa descoberta, Bahirat fundou a startup “Hidden Gems”, comprometida com a evolução de bebidas que combatem o desperdício de alimentos ao mesmo tempo em que são nutritivas e saudáveis.
Segundo ela, a bebida ‘Reveal”, possui três vezes mais antioxidantes do que o chá verde, zero adição de açúcar e menos de 15 calorias por garrafa. E os benefícios para a saúde são vários, entre eles, estão melhora no sistema imunológico, promove a saúde do coração e previne o inchaço.
O Grupo Boticário, holding criada através de O Boticário, acaba de dar um passo importante rumo ao futuro com a abertura de um laboratório de neurociências!Segundo o grupo, o Neurolab, como chama, é o laboratório de neurociência mais atraente do país.
Por meio de investimentos em tecnologia, o objetivo da Neurolab é perceber como funcionam as mentes e hábitos dos consumidores, para que os dados coletados possam questionar a produção de produtos de forma mais assertiva. Um dos dispositivos é uma touca que rastreia o olhar das pessoas para verificar os pontos de maior atenção e a dilatação de suas pupilas. Outros dispositivos são usados para medir as respostas do corpo, como sudorese, frequência central e estímulos elétricos no cérebro.
O Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) está com inscrições abertas, após convocação, para capacitação profissional. Ao todo, serão disponibilizadas 25 mil vagas para educação a distância. As inscrições devem ser feitas nos dias 15 e 16, virtualmente. Para recomendações e consultas, os interessados podem acessar a página on-line (https://encurtador. com. br/sMOU7).
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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap), em parceria com a Agência de Desenvolvimento Econômico, está disponibilizando R$ 370 mil, por meio do edital do Programa de Bioeconomia, para o setor oleiro e cerâmico. Os recursos serão utilizados para aprimoramento de laboratórios, desenvolvimento de estratégias e divulgação de conhecimentos científicos na área. As inscrições, que são em formato virtual, vão até a segunda-feira (26/2), e estão disponíveis pelo link (https://sigfapeap.portal.ap.gov.br/login).
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O Banco da Amazônia está com inscrições para o edital de Seleção Pública de Pesquisa Científica e Tecnológica 2024 até a quinta-feira (29/2). Serão disponibilizados R$ 800 mil para projetos que irão gerar novos conhecimentos, tecnologias e inovação, que contribuam para a melhoria da qualidade de vida da população na Amazônia. Os interessados em participar da seleção do edital devem realizar inscrição de forma gratuita, encaminhando as propostas para o e-mail ([email protected]).
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A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) abriu inscrições até quinta-feira (29/2) para o brasileiro que será copresidente da organização do Simpósio Brasil-Alemanha nas Fronteiras da Ciência e Tecnologia (Bragfost). As inscrições são feitas via e-mail (https://encurtador. com. br/rxyHJ).
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