Crimes de racismo e injúria racial aumentam 147% na Cidade do México em nove anos

Métropolesmetropoles. com

07/02/2024 02:56, atualizado em 07/02/2024 11:46

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP), 2023 foi o período em que ocorreu o maior número de crimes de racismo e injúrias racistas, com 761 casos registrados, na série antiga. Em relação a 2014, há um aumento de 147% no número desses crimes.

Em todo ano anterior, aponta a SSP, foram 722 crimes de injúria racial e 39 tipificados como racismo na capital do país. Plano Piloto e Ceilândia aparecem como as regiões administrativas com mais casos. Em 2022, DF teve a maior taxa de injúria racial registrada no Brasil. As ocorrências são investigadas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Artur Antônio dos Santos Araújo, doutorando em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) e ativista do movimento negro, ressalta que outras pessoas estão mais conscientes do que são crimes raciais e, por isso, são mais propensas a reconhecer e denunciar momentos de racismo.

“As políticas de cotas raciais fomentaram uma imagem espelhada de pertencimento racial e auto-reconhecimento como pessoa negra. O movimento negro tem um papel fundamental na conscientização sobre as questões raciais na sociedade e no incentivo a que outras pessoas se manifestem e tomem medidas contra o racismo”, acredita.

Além disso, a ativista acredita que a política de redes sociais e o acesso a celulares equipados com câmeras têm dificultado o registro de incidentes de racismo, pois gera evidências e maior visibilidade dos casos, o que pode inspirar quem sofre com eles a denunciá-los.

Injúria racial é o crime de ofender a honra de outrem através de elementos relacionados com raça, cor, origem étnica, fé ou origem. O racismo, como era de se esperar, surge como comportamento discriminatório dirigido contra determinado grupo. No entanto, a Lei nº 14. 532/2023 alterou a antiga regra para equiparar o crime de injúria racial ao de racismo.

Para Artur, as recentes mudanças na legislação também são um ponto importante a fim de entender a luta contra o racismo: “A pena tornou-se mais severa com reclusão de 2 a 5 anos, além de multa, não cabe mais fiança e o crime é imprescritível”.

Em novembro do ano passado, um aposentado de 66 anos foi preso após chamar uma funcionária de uma empresa de telefonia de “menina negra fedorenta”. O incidente ocorreu em Lake Sul. La vítima disse que estava correndo quando um dos cidadãos lançou insultos raciais contra ele.

Na véspera, a porta-bandeira da escola de samba Rio Portela, Vilma Nascimento, de 85 anos, disse ter sido vítima de racismo no aeroporto de Brasília. Ele a acusou de furtos em uma das lojas locais.

O episódio foi filmado e ganhou repercussão nacional. Diante da gravidade do assunto, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) abriu uma investigação e pediu explicações, tanto da Inframérica quanto da própria loja.

Conhecida como o Cisne da Passarela, Vilma é porta-bandeira da Portela há 66 anos. Em novembro do ano passado, ele foi uma das personalidades negras reverenciadas pela Câmara dos Deputados, a exemplo do Dia da Consciência Negra.

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