Fundador do PT deixa partido após não se eleger prefeito de SP

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Um dos fundadores do PT deixou partido (foto: reprodução/facebook).

Militante do Partido dos Trabalhadores (PT) desde sua fundação, em 1980, Elói Pietá deixou o partido na última terça-feira (23) após não ser escolhido para concorrer à prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo. Como prefeito da cidade por dois mandatos, entre 2001 e 2008, Pietá defendeu a realização de eleições, ao contrário do que o deputado estadual Eduardo Suplicy havia feito na capital. E, assim como na maior cidade do estado, a Diretoria de Guarulhos rejeitou o embate interno ao votar livremente em 25 mil membros.

Com a vitória de 35 dos 46 membros, a direção municipal elegeu o deputado federal Alencar Santana para constituir o PT nas eleições. Com esta decisão, Pietá explica em entrevista à CNN que a única forma de concorrer seria desvincular-se “do único partido ao qual aderi na vida e que ajudei a criar há muito tempo”.

Protestando contra a falta de uma bancada, Pietá afirma que “o procedimento para eleger o candidato presidencial do Partido Republicano nos Estados Unidos é mais democrático do que o do PT em Guarulhos para prefeito”. optando por quem será o representante republicano nas eleições presidenciais, sob a liderança momentânea do ex-presidente Donald Trump.

Pietá conta que, quando venceu no município, passou pelo voto dos deputados duas vezes: “Em 2000 passei por um primeiro turno, ganhei. E quando eu concorri à reeleição, quando eu era muito valorizado, um vereador falou: ‘Preciso que o estatuto seja respeitado'”, lembra.

Agora, a fim de conseguir disputar internamente, o político entrou com um pedido de liminar na Justiça.

No entanto, a medida não surtiu efeito. A decisão não levou em conta o amparo. Ele disse que não haveria prejuízo, porque então, como o estatuto estava fora, ele seria anulado. Acontece”, diz. Segundo ele, o estatuto do PT não prevê que a escolha seja feita apenas entre os membros da direção.

“Quando há mais de um pré-candidato, porque são todos iguais e todos têm a mesma aceitação popular, aí a regra do estatuto é muito clara, os filiados e filiados votam por voto secreto e elegem, após debate”, disse.

A Diretoria de Guarulhos, por sua vez, afirma que a escolha de Alencar foi feita de acordo com os regulamentos e resoluções da Diretoria Nacional e controlada por meio dos membros da Diretoria Estadual.

Um recurso de Pietá à Direção Nacional foi rejeitado por 47 votos a 36.

Segundo o partido, a justificativa do ex-prefeito não se sustenta, tendo em vista que já houve uma seleção não feita em 2016 e 2020, “onde esses mecanismos foram usados para tornar Elói Pietá simplesmente o candidato do partido”.

Segundo o ex-prefeito, em 2016 ele escolheu por meio de delegados eleitos pelo partido. E, em 2020, Alencar se retirou do embate após um acordo entre eles. “Já que só tem um, com quem você vai competir?”

À CNN, Alencar Santana afirma que o PT de Guarulhos escolheu sua candidatura “num processo legitimo, normal e democrático”. “Democracia não é respeitar apenas quando você ganha, é respeitar quando você perde. O Elói também foi à Justiça e não ganhou.”

Segundo Marcos Oliveira, secretário da Prefeitura da cidade, entende-se que Alencar é “o mais cotado a ganhar as eleições devido ao seu momento político”, mas esse não é o caso de Pietá, que classificou o cenário como “lamentável”.

Alencar diz que a prévia é um direito, há também uma exceção no estatuto, lembrando os anos de 2016 e 2020.

“Desisti, fiz um acordo para ele ser candidato. O procedimento de variedade foi democrático? HeArrayFoi democrático agora em 2024? HeArray Esse é o caso legal”, afirmou.

Nas palavras do deputado, “o futuro costuma ser muito duro” com quem sai do PT.

Fonte: CNN Brasil.

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