A região amazônica registrou dois terremotos em um intervalo de oito dias, um deles o maior terremoto da história do Brasil, no final de janeiro, no município de Tarauacá, no Acre. O professor Bruno Collaço, sismólogo do Centro Sismográfico da USP, responsável pela implantação da Rede Sismográfica Brasileira, explica que os tremores não são semelhantes aos do Brasil, mas aos da Cordilheira dos Andes, e que são chamados de “terremotos andinos”. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), eles foram registrados com uma intensidade de mais de seiscentos km. Vale ressaltar que o Brasil registra terremotos no máximo semanalmente, mas em escalas menores, entre dois e 3 graus de magnitude, com intensidade de cinco km. O norte, sudeste de Minas Gerais e o interior de São Paulo são as áreas com maiores terremotos.
O Centro de Sismologia da USP tem um site onde outras pessoas podem localizar dados sobre terremotos no Brasil e, se presenciarem um terremoto, podem usar uma ferramenta para relatar o tremor.
*Conteúdo publicado originalmente no Jornal da USP, escrito por Sandra Capomaccio