Mato Grosso tem sete municípios apontados como prioritários no programa Brasil Saudável

O Brasil é o primeiro país do mundo a lançar uma política governamental que visa eliminar ou reduzir, como problemas de saúde pública, 14 doenças e infecções que mais intensamente afetam populações em condições de maior vulnerabilidade social. Essa é a proposta do Brasil Saudável, programa do governo federal, apresentada nesta quarta-feira (7), após a assinatura de um decreto pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante a recepção do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS). Tedros Adhanom, no Brasil. Com essa iniciativa, o país constrói um arcabouço externo, alinhado com a OMS, às metas globais estabelecidas por meio da Organização das Nações Unidas (ONU), por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 e da iniciativa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para a eliminação de doenças nas Américas.

O Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Socialmente Determinadas (CIEDDS) identificou 175 localidades consideradas prioritárias por apresentarem maior carga de duas ou mais doenças ou infecções socialmente determinadas e, portanto, essenciais para sua eliminação. programa como uma questão de aptidão pública. Em Mato Grosso, os municípios de Colniza, Lucas do Rio Verde, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Várzea Grande e Cuiabá terão prioridade no programa.

Entre 2017 e 2021, mais de 59 mil pessoas morreram no Brasil por doenças socialmente determinadas. O objetivo é eliminar a maioria das doenças como problema de saúde pública: malária, doença de Chagas, tracoma, filariose linfática, esquistossomose, oncocercose, helmintíase transmitida pelo solo, além de cinco infecções de transmissão vertical (sífilis, hepatite B, Chagas, HIV e HTLV). Também cumpre as metas da OMS para diagnosticar, tratar e reduzir a transmissão de tuberculose, hanseníase, hepatites virais e HIV/AIDS.

O programa nasceu da criação do CIEDDS, uma ação inédita que, desde sua criação, em abril de 2023, reforça o compromisso do governo brasileiro com o fim de doenças e infecções determinadas e perpetuadas por meio de ciclos de pobreza, fome e desigualdades sociais. no país. A implementação dessas medidas está em consonância com a premissa de que garantir o acesso aos cuidados físicos por si só não é suficiente para atingir esses objetivos. Há necessidade de propor políticas públicas intersetoriais que visem à equidade física e ao socorro. desigualdades, algo diretamente relacionado às razões do problema. Ação coordenada

Nesse sentido, por meio do novo programa, o Ministério da Saúde e outros treze ministérios do governo federal atuarão em diversas frentes, com foco no combate à fome e à pobreza; a ampliação da cobertura social e de direitos humanos para populações e territórios prioritários; qualificação dos trabalhadores, dos movimentos sociais e da sociedade civil; inspirar inovações clínicas e tecnológicas no diagnóstico e tratamento; e a ampliação de infraestruturas e ações de saneamento básico e ambiental. Com base nessas diretrizes, espera-se que os grupos mais vulneráveis tenham menor probabilidade de adoecer e que os demais acometidos por doenças e infecções recebam tratamento adequado, com preços mais baixos e maiores resultados na rede de profissionais e serviços de fitness.

O Brasil Saudável será coordenado pelo Ministério da Saúde, por meio do CIEDDS, com ações articuladas entre as pastas da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; dos Direitos Humanos e da Cidadania; da Educação; da Igualdade Racial; da Integração e do Desenvolvimento Regional; da Previdência Social; do Trabalho e Emprego; da Justiça e Segurança Pública; das Cidades; das Mulheres; do Meio Ambiente e Mudança do Clima; e dos Povos Indígenas. Também está previsto o estabelecimento de parcerias com movimentos sociais e organizações da sociedade civil para potencializar a implementação das ações nos municípios prioritários.  Uma página especial no portal do Ministério da Saúde traz todos os detalhes do programa. 

Ministério da Saúde

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