Segundo o Núcleo de Inteligência de Mercado da CDL Cuiabá que realizou levantamento de dados junto ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), constatou-se que o número de trabalhadores formais cresceu 4,88% em 2023, fechando com estoque de 874.870.
Em 2023, foram 620. 164 admissões e 579. 438 demissões, resultando em um saldo positivo de 40. 726. Apesar de um alívio na criação de novos postos de trabalho em relação ao ano passado, Mato Grosso se destacou no Brasil, ocupando a nona posição entre os estados que mais criaram empregos formais. Mato Grosso manteve uma das menores taxas de desemprego do país, de apenas 2,4%, segundo dados do IBGE.
Em relação ao total de 2023, os jovens e idosos entre 17 e 24 anos representavam 83,84% do público no momento das contratações. Destes, 63,09% eram homens. Os concluintes do ensino médio representaram 75,41% dos novos empregos. Ao analisar os setores que geraram o máximo de empregos em 2023, o setor se destaca com 17. 286 novos empregos, que representam 42,44% das novas contratações, seguido pela Indústria com 7. 839 e Comércio com 7. 077. ou 19,24% e 17,37% respectivamente.
A 1ª parte de 2023 foi marcada pela maior atividade de contratações, respondendo por 98,86% do saldo global, impulsionada pelo setor, que gerou 16. 222, e pela agropecuária, que registrou 8. 409 novos postos de trabalho, representando 39,83% e 20,65%, respectivamente. O mercado de trabalho deu sinais de estagnação, com apenas 464 novas vagas criadas.
Nesse período, o setor de Comércio se destacou com a criação de 3. 534 empregos. No entanto, setores como a agropecuária já enfrentaram dificuldades, arrastando o índice para baixo. A agropecuária teve saldo de -2. 251 e -3. 918 postos de trabalho, conforme apontam os dados do Caled.
ANÁLISE DE CUIABÁ
Para a capital mato-grossense, segundo o IBGE, o número de trabalhadores formais chega a 279.971, representando 43,01% da população Cuiabana. Ao analisar Cuiabá por meio dos dados do Caged, nota-se que a cidade manteve saldos positivos durante praticamente todo o ano de 2023, no total, foram 123.025 admissões e 115.504 desligamentos, resultando em 7.521 novos postos de trabalho.
Porém, até 2022, a capital registrou queda de -45,54%, o que mostra que Cuiabá tem gerado empregos e renda, embora em menor escala. Assim como no estado, a maioria das contratações na capital foram jovens e idosos de 17 a 24 anos, 83,50%, e os homens representaram 66,13% do saldo geral.
Trabalhadores com ensino médio completo representaram 86,61% dos novos contratados na capital. Já o setor de Serviços se destacou com 54,42%, seguido pelo Comércio, com 1.548 novos empregos, e a Construção, com 1.145, representando 22,13% e 15,22%, respectivamente.
PERSPECTIVAS FUTURAS
Para a CDL Cuiabá, em 2024, a cidade terá o desafio de não só manter, mas também ampliar a criação de tarefas. Segundo Fábio Granja, superintendente do estabelecimento e chefe do núcleo, o empecilho não está na escassez de vagas, que na verdade estão em outros setores, mas sim na crescente escassez de mão de obra. Esse desequilíbrio tem sido negativo para a expansão dos negócios e, consequentemente, para o incentivo da economia local.
Granja aponta que o assistencialismo, embora tenha seu valor, contribui para uma dependência que desencoraja a busca por empregos formais, afetando a capacitação e o progresso pessoal e profissional dessas pessoas. Ele defende uma abordagem que promova o desenvolvimento humano e profissional, preparando os cidadãos para um mercado de trabalho competitivo.
“Além disso, nos deparamos com o mercado informal e as diferenças geracionais, que exigem a adaptação do mercado de trabalho duro para atender outras expectativas de vida e criar culturas organizacionais equilibradas. São necessárias políticas públicas eficazes, sobretudo na área da educação, bem como inovações no controlo dos recursos humanos”, disse, sublinhando que, do ponto de vista económico, “é concebível ver que a taxa de juro existente, embora reduzida para 11,75%, ainda é percebida como mais elevada no setor empresarial, o que restringe o investimento e a expansão empresarial.
O superintendente destaca ainda a necessidade de maior conscientização sobre a educação financeira, especialmente considerando o maior índice de inadimplência registrado em 2023, que afetou aproximadamente 1. 121. 000 pessoas em Mato Grosso. “Trabalhar esses aspectos será essencial para fortalecer a economia de Mato Grosso. e seu capital”, conclui.
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