Líder da União Brasil d’Acre diz que Bivar está ameaçando e queimando casas

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“Bivar não só tem coragem, como tem razões para isso”, disse nesta terça-feira (12) um dirigente local do União Brasil (UB) em Rio Branco (AC), falando sob condição de anonimato, sobre a disputa entre o presidente eleito do partido, Antônio Rueda, e seu antecessor no poder, o deputado federal Luciano Bivar (PE). A fonte ContilNet, político e líder da União Brasil do Acre, que já atuava no partido antes mesmo da fusão do PSL com o DEM para moldar a sigla existente, é bem ciente disso pelo deputado federal Luciano Bivar e pelo advogado Antônio Rueda e seus irmãos.

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Os irmãos do advogado que diz ter recebido ameaças de morte de Bivar e cujos apartamentos de veraneio no litoral do Recife, em Pernambuco, foram incendiados nesta segunda-feira (11), são Fábio Rueda, cardiologista eleito primeiro deputado federal pelo Acre. em 2022 e que exerce seu mandato com a licença do médico e deputado federal Eduardo Veloso, e de sua irmã Maria Emília de Rueda, tesoureira da União Brasil, que, não por acaso, ordena que o orçamento do Fundo Partidário da sigla ultrapasse 1. 000 milhões de reais. Essa seria a explicação para a troca de ameaças e as chaminés nas casas na praia de Rueda, ressalta o dirigente do UB do Acre. “Está cheio de ódio e explicações dedicar coisas tão loucas”, disse o responsável local sobre o antigo líder nacional do partido.

Após os incêndios que consumiram o espaço de praia dele e da irmã em um condomínio no litoral de Pernambuco, Antônio Rueda e seus advogados começaram a focar nos honorários pelos crimes contra o deputado federal Luciano Bivar, um dos parlamentares mais antigos do país.

Luciano Bivar, milionário, é um empresário que atua em diversas frentes de negócios em São Paulo e no nordeste de Pernambuco. Ele não gostaria mais que a política, muito menos um componente, sobrevivesse, mas teria ficado muito decepcionado quando se sentiu traído pelos irmãos da família Rueda, que no passado foram seus protegidos em Pernambuco.

A fonte da ContilNet do Acre revelou que, basicamente, os motivos pelos quais Luciano Bivar busca vingança contra os irmãos Rueda são porque a União Brasil começou “lá”, com o PSL, partido descoberto através do senador Romeu Tuma, morto em outubro de 2010, em São Paulo. Insatisfeito com a liderança do partido para o qual havia sido eleito, o PTB, Tuma descobriu outro partido e organizou o PSL. No entanto, para registrar o partido em nível nacional, segundo a Justiça Eleitoral, é necessário o acordo, com assinaturas, de 1% do eleitorado em pelo menos nove estados do país. Tuma não conseguiu garantir nem 1% do eleitorado em seu estado natal, São Paulo. ” Ele então propôs que o Bivar. Eu falei para ele: ‘Bivar, você só me paga o que eu já gastei e o partido é seu'”.

E assim foi.

Luciano Bivar foi mais do que um líder. ” Ele era o dono do PSL”, disse a fonte da ContilNet. O PSL, então fundado com o perfil de um componente liberal, era ideologicamente indefinido. Apesar de seu perfil neoliberal, no Acre ele se filiou à coalizão liderada pelo PT de esquerda e chegou a participar da cruzada que em 2016 elegeu Marcus Alexandre, então prefeito de Rio Branco, tornando-se parte integrante do governo e de sua base. Depois veio a eleição presidencial de 2018.

Na campanha, o candidato de Jair Bolsonaro aparece como um dos favoritos na corrida presidencial, que não teve nenhuma associação política ou ideologia explicada. Bolsonaro finalmente se uniu e elegeu presidente da República pelo PSL. O que era apenas um pequeno partido agora é um gigante. capaz de ocupar as clássicas cadeiras majoritárias na Câmara dos Deputados e no Senado, ainda nas mãos do MDB, PSDB e PT.

Com a saída de Bolsonaro para o PL, onde o ex-presidente buscava a reeleição, o PSL se sentiu solto para buscar novos horizontes e continuar crescendo. Com seu perfil ideológico alinhado ao liberalismo da época do DEM, partido que surgiu da chamada Frente Liberal, o PSL, liderado por Antônio Rueda, com o de Luciano Bivar, juntou-se ao então prefeito de Salvador, ACM Neto, que era do PFL, para formar uma única sigla, União Brasil. para se tornar um dos partidos mais importantes do país, com pelo menos 59 deputados federais: 3 eleitos pelo Acre e 7 senadores, 2 do Acre (Márcio Bttar e Alan Rick).

As eleições municipais de 2024, embora a União Brasil não planeje lançar candidatos a prefeito no país, marcaram o início da concepção do racha que vem ocorrendo ultimamente. Aqui, os dirigentes estaduais (Alan Rick) e dos municípios (Fabio Rueda) não falariam a mesma língua, mas, se há uma fratura local, ela está longe de se assemelhar à guerra original travada em nível nacional, entre os Rueda e Luciano Bivar.

O fato é que, em nível nacional, os Rueda’s se aliaram a ACM Neto e escolheram o velho Luciano Bivar entre os diretores. O ex-deputado de Pernambuco, então, literalmente abriu fogo contra os irmãos Rueda. Durante a presidência nacional do partido, Bivar anunciou que iria desafiar Rueda por “tráfico de influência” perante o conselho de ética do partido.

“Use-o para tráfico de influência. São 3 denúncias graves, uma de um senador e duas de deputados”, disse Bivar ao site O Antagonista de Brasília, sem revelar os nomes dos parlamentares. Segundo Bivar, Rueda divulga, entre outras coisas, que é “amigo do filho de um ministro”.

Três ministros foram discutidos por Rueda em suas conversas, segundo Bivar, que convocou uma entrevista coletiva para esta terça-feira com o objetivo de apresentar a denúncia contra Rueda.

A lareira nas casas dos irmãos Rueda literalmente esquentou ainda mais a briga dentro do partido. Acusado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), de ser o culpado pelo incêndio das casas de praia de Antônio e Maria Emília Rueda, o presidente e tesoureiro da União Brasil, Bivar, se disse “surpreso” com o ocorrido e chamou o governador goiano de “pigmeu moral”.

Em nota oficial, os dois militantes disseram ter pedido à “Polícia Civil do Estado de Pernambuco que investigue pronta e rigorosamente os fatos”. Rueda e Maria acrescentaram que descartaram “a opção de um ataque motivado por questões partidárias”. “.

No fim de fevereiro, a União Brasil elegeu Rueda como líder do partido. Ele substitui Luciano Bivar com o desafio de acalmar os ânimos de um partido que passa por sucessivas crises. Apesar de ter liderado a União Brasil desde a fusão do antigo DEM com o PSL, Bivar ficou isolado, sem a participação dos governadores do partido.

“Ainda não podemos suspeitar de Bivar”, disse o advogado Paulo Emílio Catta Preta, que protege Rueda. “Se isso se confirmar, estamos em um ponto inaceitável de violência política no Brasil”, disse ele sobre os incêndios em residências de verão.

O advogado também alegou que Luciano Bivar tinha uma relação com o condomínio. “Tenho dados de que o condomínio foi construído através do Bivar e que existe um espaço que permitiria o acesso a algo assim”, disse Catta Preta.

Antônio Rueda apresentou queixa-crime contra Luciano Bivar na Polícia Civil do Distrito Federal. O delegado pediu ao STF a abertura de um inquérito contra a Procuradoria-Geral da República por ameaças.

Entre as provas da denúncia está um vídeo de um telefonema em que Bivar aparece dizendo a Rueda que iria “acabar” com um círculo de parentes de seu ex-aliado. Fábio Rueda, que mora fora da vista de Bivar, no Acre, estaria entre os ameaçados.

Segundo Catta Preta, Bivar fez diversas ameaças contra Antônio Rueda e sua família, que foram denunciadas a Rueda por meio de outras pessoas que as ouviram do presidente do Sindicato. Rueda estava nos Estados Unidos no momento dos incêndios. Ele chegou ao Brasil e se reunirá com seu advogado para discutir o caso, que obviamente incluirá exames forenses das casas queimadas.

No primeiro congresso da União Brasil, o superpartido nascido da fusão entre DEM e PSL, a advogada Maria Emília de Rueda passou quase despercebida no público e não conseguiu uma cadeira no conselho de administração, apesar de ter ocupado um dos principais cargos da nova legenda: o de tesoureira. No mesmo patamar estavam o presidente Luciano Bivar, o secretário-geral ACM Neto, ministros do governo Bolsonaro, governadores, senadores e deputados.

Longe dos holofotes, Maria Emília comandará um dos maiores cofres políticos, estimado em 1. 000 milhões de reais. Esse preço leva em conta o saldo do orçamento dos partidos DEM e PSL, mais o fundo eleitoral, que está previsto para ser reajustado. para o orçamento de 2022. Atualmente, o orçamento público destinado aos dois partidos é de aproximadamente R$ 460 milhões. Caberá agora ao advogado organizar a distribuição de dinheiro ao novo superpartido, que pretende primeiro lançar um candidato a presidente, 12 nomes para governos estaduais e algum outro grupo de candidatos ao Senado e à Câmara.

Apesar da importância da cadeira que ocupará e que integra a executiva do PSL desde 2015, Maria Emília ainda é desconhecida de seus seguidores. “Qual é o seu chamado?” perguntou a um líder e deputado do PSL no Congresso quando questionado sobre o que achava do novo tesoureiro.

Um dirigente do DEM respondeu: “Vou ser honesto. Eu não sei nada sobre ela. Mas ela é irmã de Rueda.

O advogado chegou ao cargo a conselho do irmão, Antônio Rueda, braço direito de Bivar e vice-presidente da União Brasil. Maria Emília e seu irmão são sócios de 8 escritórios de advocacia no país, além de duas verdadeiras empresas de compra e desenvolvimento imobiliário com capital superior a R$ 600 mil.

Ao desenhar a fusão do PSL com o DEM, Bivar e Rueda não precisaram correr riscos e optaram por uma solução interna por ordem do executivo – ou melhor, por laços de sangue. Além da irmã de Rueda, o filho de Bivar, Cristiano, é cotado como vice-presidente. O DEM, por outro lado, tem priorizado a indicação de figuras políticas como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o ex-ministro da Educação Mendonça Filho.

Sem experiência política, Maria Emília seguiu carreira na área jurídica. Formada em direito, com especialização em inteligência sintética, é a única gerente do escritório Rueda

Ao contrário do irmão, conhecido pelas festas que promove em Brasília entre parlamentares e empresários, o tesoureiro da União Brasil tem um perfil mais discreto. Mãe de duas filhas, ela mora com o círculo familiar em São Paulo e viaja esporadicamente para Brasília, onde enfrenta uma longa lista de políticos interessados em arrecadar recursos para financiar suas campanhas.

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