Ministério da Saúde convoca Mato Grosso do Sul para Dia D da dengue

No próximo sábado, 2 de março, será o Dia D em todo o país: Brasil unido contra a dengue. A mobilização nacional reúne o governo federal, os Länder, os municípios e a sociedade como um todo nos movimentos para salvar e eliminar as epidemias do mosquito, sob o tema “10 minutos contra a dengue”. O combate à dengue e ao mosquito Aedes aegypti estão entre as situações de saúde pública mais exigentes do Brasil e do mundo e exigem movimentos de todas as esferas de controle e a participação ativa da população de Mato Grosso do Sul.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, intensifica a mobilização no país. “Conclamo a sociedade e os profissionais da imprensa a estarem conosco no Dia D: Brasil unido contra a dengue no próximo sábado. Esse é um momento de atenção não só das autoridades sanitárias, do Ministério da Saúde, mas também da sociedade como um todo”, alertou.

Atualmente, 17 aglomerados da Federação apresentam incidência de dengue 1 em graus acima das expectativas anteriores. Desses, 15 apresentam tendência de alta e essa tendência deve persistir pelo menos até o final de março, em grande parte do país. Além disso, é fundamental ressaltar que outros vírus podem estar circulando, como o oropouch vírus, na região norte. Daí a importância dos esforços de vigilância sentinela e virológica. Desde o início de 2024, foram notificados aproximadamente 973 mil casos suspeitos de dengue no país, com 195 óbitos confirmados. Em Mato Grosso do Sul, há 4,7 mil casos prováveis de dengue, com duas mortes confirmadas.

O aumento do número de casos nesta época do ano não era esperado, dadas as tendências de longa data, que implicam o pico da epidemia entre março e abril. As razões para esse outro cenário de expectativas têm múltiplas raízes, mas as mudanças climáticas, especialmente o período chuvoso e a substituição dos sorotipos circulantes da dengue estão entre os principais fatores. A imunidade à dengue é específica do sorotipo, portanto, o fluxo de outros sorotipos aumenta a ameaça de disseminação da doença, pois atinge um componente indefeso da população (imunidade).

Entre os movimentos estratégicos coordenados por meio do Ministério da Saúde está o acúmulo de até R$ 1,5 bilhão em recursos para situações emergenciais, como o combate à dengue. Em 2023, o ministério já havia destinado R$ 256 milhões para essa finalidade. , uma otimização tem sido realizada para aumentar a liberação de recursos para estados e municípios que declaram emergência, seja por dengue, outras arboviroses ou condições que afetam a saúde pública. Nesta terça-feira (27), foi autorizada a primeira medida, no valor total de R$ 23,4 milhões para os municípios de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, além do Distrito Federal. Nesta quarta-feira (28), mais R$ 3,1 milhões foram liberados para o estado de Minas Gerais e 4 municípios. em Minas Gerais.

Para ampliar e agilizar a organização das estratégias de vigilância, o Ministério da Saúde criou um Centro de Operações de Emergência (COE da Dengue), em articulação com estados e municípios. A medição permite uma pesquisa aprofundada, mas ágil, de conhecimento e insights para tomar decisões. – Realização e definição de movimentos adequados e oportunos para o tratamento dos casos.

Também foram realizadas visitas técnicas aos estados do Paraná, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal para organizar unidades de saúde e um curso de capacitação sobre arboviroses, em parceria com o Conasems, para profissionais da academia: mais de 40 mil já participaram. Ainda em colaboração com o CMI da Dengue, o Ministério da Saúde se reuniu com prefeitos, governadores, profissionais da área física, sociedades clínicas e entidades médicas, para alinhar ações efetivas.

Em um passo fundamental no combate às arboviroses, o governo federal iniciou nesta quarta-feira (21) uma mobilização nas escolas públicas do país contra o mosquito Aedes aegypti. Além de convocar e conscientizar estados e municípios, a ação também faz parte da retomada do Programa Saúde na Escola, reestruturado em 2023 e marca a união dos esforços dos ministérios da Saúde e da Educação, destacando a urgência do combate ao mosquito. Serão 20 semanas de atividades e participação das comunidades escolares. Com esse programa, 25 milhões de escolares serão orientados em mais de 102 mil instituições públicas de ensino, totalizando 925 em Mato Grosso do Sul.

O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que a principal medida preventiva é a eliminação dos criadouros do mosquito. Daí a importância de contar com pessoal de controle de doenças endêmicas e pessoal de condicionamento físico da rede, que ajudam a localizar e eliminar possíveis criadouros.

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