Miliciano Zinho é transferido para presídio de Mato Grosso do Sul

Em segurança máxima, o miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, saiu na manhã deste sábado, 16 de março, do complexo penitenciário de Gerició, na zona oeste do Rio de Janeiro, para ser transferido para um presídio federal – o selecionou Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

O comboio com batedores saiu às 11h30 do presídio Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1), onde Zinho se isolou, e seguiu pela Avenida Brasil até o aeroporto Santos Dumont, no centro da cidade, onde chegou às 12h20.

A resolução da mudança foi tomada no dia 20 de fevereiro pela juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal, e vale também para Marcelo de Luna Silva, conhecido como Boquinha, sócio de Zinho.

Zinho e Boquinha foram entregues por meio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) a agentes criminais federais. Uma equipe os acompanharia em um voo publicitário da Latam. O avião deveria decolar às 14h30 e chegar a Campo Grande às 17h30.

Preso desde dezembro do ano passado, Zinho é o chefe da maior força de defesa do Rio de Janeiro e é considerado um dos criminosos mais perigosos do estado. Ele foi alvo de 12 mandados de prisão e estava foragido de 2018 até o Natal de 2023.

“Risco para o RJ”

“É notável que as milícias instaladas neste estado, altamente estruturadas e dotadas de capilaridade no país e até no exterior, revelem o terror infligido dia após dia, especialmente à população de comunidades carentes, tomando-as como reféns e criando um cenário de instabilidade por anos e sem trégua. Tudo isso já evidencia a grave e concreta ameaça que a permanência do referido réu no território fluminense representa para a continuidade das políticas de segurança pública que são desenvolvidas no estado”, escreveu em sua decisão.

Zinho assumiu as milícias de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na zona oeste do Rio, em 2021, dois meses após a morte do ex-líder, seu irmão Wellington da Silva Braga, como Ecko.

Antes de assumir a chefia das Forças de Defesa, Zinho era ligado às atividades de lavagem de dinheiro do grupo, principalmente na Baixada Fluminense, e era responsável pela contabilidade do grupo.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *