Mato Grosso do Sul: Mulheres terão que fazer check-up de última geração para se deparar com HPV no SUS

Em um esforço para possibilitar um diagnóstico mais rápido e preciso do câncer de colo de útero, o Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (8) a incorporação da geração de controles moleculares para detectar o vírus HPV e rastrear a doença no SUS. Em 2023, a Pasta investiu R$ 18 milhões em um controle piloto realizado em Pernambuco. A eliminação do câncer do colo do útero como um desafio de saúde pública é um precedente para o Departamento. Estima-se que 320 mulheres sejam diagnosticadas com a doença a cada ano em Mato Grosso do Sul.

A decisão de incorporar a estratégia ao território nacional é uma vitória para as mulheres, pois além de ser uma geração eficaz para detecção e diagnóstico precoces, tem o mérito de ampliar o período de exames. Já a forma de rastreamento existente, por meio do Papanicolaou, precisará ser remodelada a cada três anos e, caso seja detectada uma lesão, anualmente, recomenda-se um exame a cada cinco anos. Essa atualização traz maior aceitação e acesso mais fácil ao exame.

Quarta causa de morte em mulheres

Estima-se que cerca de 17. 000 mulheres sejam diagnosticadas com câncer de colo uterino a cada ano no Brasil, 1. 440 na região Centro-Oeste e 320 em Mato Grosso do Sul. Embora seja uma doença evitável, ainda é o quarto tipo de câncer mais comum. É a quarta causa de morte por câncer entre as mulheres, em sua maioria negras, deficientes e com baixa escolaridade.

Ao contrário de outros tipos de câncer, a doença tem uma causa conhecida: uma infecção resistente a um determinado tipo de HPV, a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. E embora haja oportunidades de prevenção, seja por meio da vacina contra o HPV, uso de preservativo, sexo e exames diagnósticos precoces, a doença continua sendo uma das principais causas de morte por câncer entre mulheres em idade fértil. Na região Norte do país, por exemplo, é a principal causa de morte entre as mulheres. Mato Grosso Sul tem taxa de mortalidade estimada em 4,53 casos por 100 mil mulheres.

Recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os exames são considerados o ouro popular para o rastreamento do câncer do colo do útero e fazem parte das estratégias de combate ao câncer do colo do útero como desafio de saúde pública até 2030. Sua incorporação foi avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação. de Tecnologias na fórmula de aptidão unificada (Conitec), que é considerada a geração mais precisa do que a já proposta no SUS.

Avanços na pesquisa clínica.

Em 2023, as chamadas públicas para estudos transdisciplinares em saúde pública, evidências de saúde e saúde de precisão, lideradas por meio da Pasta, revelaram um progresso significativo na promoção da equidade de gênero na pesquisa clínica. Dentre os projetos decididos, foram escolhidas 176 mulheres, destacando o papel fundamental das pesquisadoras nessas áreas.

Na chamada nº 21/2023, que tem como foco estudos transdisciplinares em aptidão coletiva, dos 201 projetos aprovados, 130 são conduzidos por meio da Array, ou seja, 64% do total. A chamada 22/2023, voltada para provas de aptidão física, registrou 8 projetos coordenados por meio e quatro por meio de homens. No Edital Saúde de Precisão nº 16/2023, 38 dos 9 quatro projetos aprovados são conduzidos por meio da Matriz

Esses resultados refletem um compromisso contínuo de vender diversidade e equidade de gênero no cenário clínico, fortalecendo a representação das mulheres nos espaços de pesquisa.

Ministério da Saúde

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