Praticamente todos os brasileiros com acesso à rede terão que conhecer as empresas chinesas Shopee e Shein. Os gigantes do comércio eletrônico fizeram muito barulho por onde passaram. Não é à toa: eles oferecem uma infinidade de produtos a preços muito baixos.
O cliente médio aprecia, mas o empreendedor nacional sofre por isso. Aqui no Brasil, algumas lojas estão fazendo campanha pela igualdade tributária com plataformas asiáticas. O lobby contra eles começou no governo Bolsonaro e continua no governo Lula.
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No entanto, este texto não tratará em particular do factor fiscal. E se eu lhe dissesse que, mesmo entre as empresas chinesas, há uma corporação que se destacou e representa um risco genuíno para o domínio da Shopee, Shein e até mesmo da poderosa Amazon nos Estados Unidos?
Considerada um “mix de Shopee e Shein”, a empresa chegará ao Brasil neste semestre, segundo o jornal Exame Insight, ligado à revista Exame, e o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Temu foi introduzido nos EUA. Foi seguido pelos EUA em 2022, seguido pelo Reino Unido e pelo resto do mundo. Agora, dois anos depois, lidera o ranking global de downloads de aplicativos, com cerca de 152 milhões de americanos na plataforma a cada mês, de acordo com os dados coletados. através da ferramenta de análise SimilarWeb.
Outro diferencial da Temu é o marketing. Com o slogan “compre como um bilionário”, a plataforma mexe com a imaginação das pessoas. Então, em pouco tempo ele explodiu onde estava, entregando para cerca de cinquenta países ao redor do mundo.
E o conceito é expandir ainda mais esse sucesso, alcançar mais lugares, como o Brasil, e também ser notado por mais pessoas.
O maior exemplo ocorreu em 11 de fevereiro deste ano. A Temu é uma das corporações que mais impressionou nos anúncios do Super Bowl LVIII, um dos eventos esportivos mais importantes do planeta.
Foram 6 inserções de 30 segundos no total. Cada um cobra US$ 7 milhões (R$ 35 milhões). Ou seja, são um total de US$ 42 milhões. Você pode pensar que é muito dinheiro gasto. Eu digo que é um investimento maravilhoso.
Só nos Estados Unidos, 123 milhões de pessoas assistiram à final da liga de futebol americano. Dados da SimilarWeb sugerem que o número de visitantes individuais da plataforma internacional aumentou aproximadamente 25% no dia do Super Bowl em comparação com o último domingo. com 8,2 milhões de pessoas navegando no aplicativo AND.
No mesmo período, as vendas da Amazon e do Ebay caíram 5% e 2%, respectivamente.
Não só pelos aspectos positivos, a ligação de Temu também está relacionada a uma série de alegações graves, basicamente semelhantes às suas cadeias de origem.
Políticos no Reino Unido e nos EUA acusam a gigante do comércio eletrônico de permitir que produtos suados sejam vendidos em seu site como se fossem escravos.
No ano passado, por exemplo, a deputada britânica Alicia Kearns pediu uma investigação para garantir que “os consumidores não contribuam inadvertidamente para o genocídio dos uigures”.
Kearns, membro do Partido Conservador britânico, referindo-se a supostos abusos de direitos humanos cometidos pelo governo chinês contra o povo uigur e outras minorias étnicas e devotas.
A Temu, por sua vez, afirma que “proíbe estritamente” o uso de trabalho forçado, criminoso ou infantil em todos os seus fornecedores.
Os extras corporativos alegaram que qualquer pessoa que faça negócios com ela terá que “atender a todos os critérios regulatórios e requisitos de conformidade”.
Que se investigue.
A informação é da BBC.
Roberto (Bob) Furuya é formado em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atua na área desde 2010. Trabalhou nas redações da Jovem Pan e da BandNews FM.
Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista em cobertura geracional. Ultimamente é Editor-Chefe de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.