A filha conta que instrutora de dengue na Colina da UnB

Métropolesmetropoles. com

06/03/2024 02:35, atualizado em 06/03/2024 16:32

Luciana de Oliveira Miranda, de 55 anos, professora do campus Planaltina (DF) da Universidade de Brasília (UnB) (foto principal), teria contraído dengue em dezembro em Colina, conjunto residencial onde vivem professores de estabelecimentos de ensino superior.

Segundo a filha do professor, pelo menos outros 15 cidadãos de um dos prédios do domínio também foram diagnosticados com a doença no mesmo período. Na época, o Metrópoles publicou reportagens da rede de que os casos estavam disparando no domínio.

Luciana morreu na última sexta-feira (3/1) em decorrência de insuficiência respiratória, pneumonite por reação de hipersensibilidade e dengue. Ele foi internado em um hospital de São Paulo antes de morrer.

No relato, a filha do professor, Renata Gomes, disse que a mãe foi diagnosticada com pneumonia de hipersensibilidade crônica em outubro do ano passado.

Dois meses depois, em dezembro, ele foi diagnosticado com dengue. ” Minha mãe foi internada em dezembro por causa da dengue. Em seu prédio de apartamentos, morava em Colina, no Bloco I. No prédio dela, outras 16 pessoas contraíram dengue em dezembro”, disse Renata.

Devido ao tratamento da dengue, a instrutora precisou interromper os imunossupressores que tomava para tratar uma pneumonia, que causava dores de cabeça no sistema respiratório.

“E aí foi acionado um procedimento muito mais crítico. Tanto que ela estava internada em São Paulo quando morreu. E ela foi avaliada para estar na lista para um transplante de pulmão. Mas ele estava muito fraco e não resistiu. Mas agora, a dengue piorou a situação e acelerou o procedimento”, diz a menina.

Natural do Rio de Janeiro, a professora é coach de gestão pública e cooperativismo na UnB desde 2011, quando ingressou na associação.

Luciana é graduada em Sociologia e Política pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), mestre em Administração Pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV-RJ) na cidade e doutora em Administração pela UnB.

“Minha mãe era muito comprometida com a universidade, seus acadêmicos e o campus Planaltina. Ele gostou do que fez e é uma perda enorme. Por isso, o fator do esquecimento do patrimônio da universidade é complicado. Espero que, a partir de agora, a UnB consiga garantir o controle desses focos de dengue, principalmente em áreas residenciais, nos morros”, acrescentou Renata.

“Nos solidarizamos com familiares e amigos. Esperamos que todos encontrem conforto neste momento de dor”, acrescenta o texto.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou apenas que o Centro de Fiscalização da Vigilância Norte realiza “fiscalização em todos os espaços da Universidade de Brasília, com normas e tratamentos”.

A Universidade de Brasília está sob pressão para manter contato permanente com a Diretoria de Monitoramento Ambiental (Dival) do Distrito Federal para realizar periodicamente ações de acompanhamento.

Leia o artigo completo:

O Distrito Federal, assim como sete estados brasileiros, vive uma epidemia de casos de dengue. Em 25 de janeiro de 2024, o Governo do Distrito Federal (GDF) declarou estado de emergência na cidade. A prevenção e o controle do Aedes aegypti passam pela participação da sociedade como um todo e pela atentada às regras dadas pelos profissionais que atuam na epidemia.

Localizado na Asa Norte, o campus Darcy Ribeiro não está imune à presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. A Universidade de Brasília (UnB) mantém contato permanente com a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) do Distrito Federal para realizar periodicamente diversas ações de rastreamento. Em novembro de 2023, a UnB solicitou assistência técnica ao Dival-DF para identificar possíveis criadouros do mosquito no campus Darcy Ribeiro e aplicar um fitoterápico no controle de larvas do mosquito.

Em novembro do mesmo ano, a Universidade, por meio da empresa na área de controle e aplicação de pragas, realizou a antecipação da aplicação de inseticidas nos espaços habituais dos prédios da Colina. Os demais prédios publicitários e residenciais também foram objeto da pré-intervenção entre 29 de novembro e 5 de dezembro de 2023. Ainda durante os meses de novembro e dezembro, a equipe do Dival-DF esteve no campus Darcy Ribeiro para realizar vistorias e recomendações aos munícipes de Colina.

Em janeiro de 2024, foi realizada uma assembleia do GT Dengue da UnB com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal para identificar movimentos conjuntos no âmbito da Universidade de Brasília, quando foi solicitada a aplicação de fumigações nos 4 campi da Universidade. Nova escala técnica solicitada pelo GDF para movimentos antidengue nas áreas da UnB, acrescentando a aplicação de fumigações.

Em sintonia com os movimentos do governo federal e do GDF, a Universidade iniciou uma campanha de orientação institucional sobre a proliferação do mosquito, informando toda a rede dos movimentos realizados.

O GT Dengue UnB monitora e fiscaliza os prédios da instituição, de acordo com o cronograma estabelecido. Remoção de entulho, limpeza de calhas e esgotos, espaços de estado da água e outros movimentos obrigatórios para evitar a propagação do mosquito e a coleta imediata de detritos e detritos expostos. São planejados ambientes internos e externos propícios ao acúmulo de água.

A UnB também orienta empreiteiros, gestores e fiscais técnicos de contratos administrativos sobre a correta destinação dos entulhos gerados nas obras, reformas e manutenções.

É fundamental saber que o ovo do mosquito Aedes pode durar até 400 dias em posição seca e que no primeiro contato com a água pode eclodir. Leva sete dias para o mosquito evoluir para um adulto. A orientação é que o público mereça inspecionar seus espaços pessoais e não inusitados pelo menos uma vez por semana.

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