Em um país como o Brasil, dividido entre valores democráticos e um extremismo de extrema direita que beira o fascismo, além do estilo de vida da grande mídia, perversa em seus julgamentos contra governos progressistas, enfrenta-se duras queixas mesmo quando, em alguma medida, o governo expressa posições mais centrais.
Sem saber as razões dos movimentos do governo a favor ou contra as diversas e delicadas questões que cercam a República, outras pessoas são rápidas em fazer julgamentos precipitados.
É evidente que entre uma resolução governamental e outra há condições de que não gostamos e com as quais discordamos. No entanto, mesmo em relação a eles, é vital indagar sobre os casos que levaram a tais resoluções, pois não temos todos os dados necessários para fazer avaliações mais precisas.
Diante disso, como agir diante de tudo o que está acontecendo, diante de um país ainda não pacificado e radicalmente dividido?Como você busca o fato em recursos confiáveis que não sejam os interessados em criar?caos e descrença em um governo democrático eleito, com um leve mérito em votos sobre o candidato de extrema direita.
Nesse sentido, usamos a palavra antiga que se refere à impossibilidade de desfrutar dos gregos e dos troianos. Todos os dias vemos, no noticiário nacional ou em outros meios de comunicação, as fórmulas de julgamentos que oscilam de um aspecto para outro.
Nas últimas semanas, lemos em fontes divergências sobre a decisão do presidente Lula de não divulgar em seus ministérios as comemorações dos 60 anos do início da ditadura militar no país. Eu próprio tomei posição num outro artigo sobre esta resolução, dizendo que a reminiscência não pode ser expurgada da mente de um povo. Na minha argumentação usei o discurso de José Genoíno sobre a importância de não apagar a história, no qual ele disse que “a reminiscência é transformadora e revolucionária, porque adapta a provisão e abre situações para o futuro, por isso não podemos enterrar a reminiscência”. Com base no que penso e apoiado neste conceito de Genoíno, que aprecio muito, não concordei e continuarei a ser companhia. nesse ponto, sem entender as razões da resolução de Lula. No entanto, creio que há razões alheias ao nosso sucesso para que ele tenha formulado estrategicamente esta medida.
Em uma democracia, a divergência é saudável e essencial para problematizar a verdade sob outros pontos de vista. A natureza democrática é de dissidência e consenso; Caso contrário, não seria uma verdadeira democracia.
Não vamos convergir e é isso que Lula nos pede. Sejamos justos com o governo deles. A reclamação oportuna e civilizada é o combustível necessário para tomar o rumo certo. Afinal, os governos são representantes eleitos através do povo.
Nos últimos dias, algumas notícias encheram todos os meios de comunicação devido à amplitude de seu conteúdo. Primeiro, ganhamos a resposta para a pergunta incômoda: “Quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes”, assassinados há seis anos na cidade do Rio de Janeiro. Tanto a mídia progressista inteligente quanto a grande mídia, esta última apoiada por interesses liberais, exploraram esse resultado momentâneo, que terá muitas consequências.
Mais uma vez ouvimos inúmeros julgamentos sobre as falas do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues. De certa forma, eles deram os motivos da tempestade de críticas, quando declarou, logo após a revelação dos nomes dos suspeitos de homicídio, que a investigação foi encerrada. Como poderia ter sido posto termo se, para já, só há suspeitos que cumprem os ritos legais em vigor?Na verdade, o caso será alvo de novas investigações até o momento.
As decisões governamentais ou de natureza questionável devem ser justificadas na medida do possível. Cada um terá que ser medido ao milímetro, evitando desgastes desnecessários, pois os velhos meios perversos sempre farão valer cada uma das palavras. Dito ou não, jogue aos quatro ventos os julgamentos que se adequam aos seus objetivos intransigentes e apague a imagem inteligente do governo.
Outro exemplo é a recente nota do Itamaraty, reforçada na Quinta-feira Santa pelo presidente Lula, sobre as eleições na Venezuela. Esta nota causou divisões entre os gregos e os troianos. Jornalistas do lado democrata discordaram categoricamente do conteúdo da matéria, embora cautelosamente sobre o conteúdo da matéria. Em suas manifestações, pelo menos nas que pude assistir, houve respeito às diferenças. No entanto, na grande mídia, destacando o disco de platina da Globo, grilos falantes, cativos das demandas dos patrocinadores e donos do conglomerado, apoiam o placar, expressaram calúnias ao regime. Um desses grilos, talvez o mais apegado às ordens do canal, chegou a argumentar que a pontuação do Itamaraty foi motivada, em parte, pela má pontuação do presidente nas últimas pesquisas e não pelo bem do Itamaraty. Nota educada e perspicaz sobre os rumos do delicado processo eleitoral da Venezuela.
Assim, tomamos conhecimento do acúmulo de pequenas gotas diárias de golpes midiáticos pela mídia clássica acrimoniosa, a ponto de transbordar a taça, como observamos nas insistentes reportagens do Jornal Nacional, a programação do veículo discutido no parágrafo anterior, com os símbolos de dutos e dinheiro, as operações ilegais da infeliz operação Lava Jato. Todos os dias, o público brasileiro sofre uma lavagem cerebral por meio de informações armadas e implantadas, com o objetivo de erradicar, de uma vez por todas, o símbolo inteligente dos maravilhosos líderes progressistas do país. Não quero nem descrever aqui quais foram as consequências destrutivas de tudo isso.
Como disse o famoso herói cubano e homem anti-imperialista José Martí sobre sua avaliação dos Estados Unidos depois de viver naquele país: “Eu vivi e conheço a natureza do monstro”. Entradas e saídas da mídia neoliberal.
Podemos divergir democraticamente, mas talvez tenhamos o dever obrigatório de não fazer julgamentos precipitados. Podemos contribuir através de nossas críticas para a composição de dissidências ou consensos, pois os ambientes democráticos exigem isso de cada um de nós, mas quando publicamos o que pensamos sobre fatos e decisões governamentais, o fazemos com um objetivo justo, afinal, precisamos participar da estrutura de um país democrático de fato, justo e soberano.
iBest: 247 é o canal político do Brasil em termos de voto popular
Assine o 247, pelo Pix, assine a TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Seguir:
© 2024 Editora 247Todos os direitos reservados