Uma ordem que era aguardada há mais de 70 anos começou em 2022 no norte de Minas Gerais, mas há quase um ano, com apenas 20% de avanço, foi interrompida pela empresa em seu ritmo de execução.
A frustração dos cidadãos da cidade de São Francisco, onde a travessia para a margem oposta do rio, onde fica o município de Pintópolis, é feita por balsa, noticiou o Jornal Estado de Minas neste sábado, 1º de março. .
A publicação destaca que o Governo de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) e o Departamento de Obras e Rodovias (DER-MG), prejudicaram o contrato com a empresa KPE, que havia vencido a licitação para a estrutura da ponte e a pavimentação da MG-402, entre os municípios de Pintópolis e Urucuia. na mesma região.
O rompimento ocorreu em setembro do ano passado, mas a obra foi adiada e paralisada desde abril, segundo moradores da região. O DER-MG alegou que o contrato foi rescindido porque a empreiteira descobriu que não poderia executá-lo (“underperform outance”). . contratado para a continuidade dos serviços.
A empresa informou ao jornal que a publicação de um novo concurso está em andamento, embora ainda não tenha sido definida uma data. A nova licitação para a pavimentação da rodovia Pintópolis/Urucuia (MG-402) foi aprovada no dia 7 deste mês. após ser premiado através da Construtora Mais. A ordem de serviço precisará ser assinada nos próximos dias.
A nova ponte sobre o Rio São Francisco terá 1. 120 metros de comprimento e 13,8 metros de largura, além de cerca de 3 quilômetros, e será instalada na MG-402, entre os municípios de São Francisco e Pintópolis. As obras já começaram a ser executadas por meio do governo estadual, com orçamento inicial de R$ 113 milhões.
Os recursos vieram do acordo firmado entre o governo de Minas Gerais e a mineradora Vale, para reparar as perdas e danos decorrentes da crise do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, que ceifou a vida de 272 pessoas em 2019 e gerou efeitos ambientais, sociais e econômicos no estado.
A reportagem destaca que a ponte sobre o Rio São Francisco é reivindicada desde 1950, quando Juscelino Kubitschek, ainda candidato ao governo de Minas, tinha como slogan de sua cruzada “Energia e Transportes”. .
Em Minas, Paulo Miguel Souza Filho (PSD), prefeito de São Francisco, lamentou a interrupção das pinturas na ponte sobre o Velho Chico e pediu a retomada dos serviços. Pedimos agilidade na retomada das pinturas, o que trará avanços regionais e estimulará a expansão de São Francisco”, afirma o dirigente. Ele lembra que a estrutura garantiu emprego para duzentos funcionários do município, que permaneceram desempregados.
O superintendente da Defesa Civil Municipal de São Francisco, Rumenig Barbosa Martins, destaca que a estrutura da ponte sobre o Rio Integração Nacional “trouxe esperança para a população, tanto em termos de progressão a longo prazo quanto de facilidade de locomoção”. A instalação frustrou os moradores, que terão que continuar a lidar com a longa travessia do rio por balsa.
O prefeito de Pintópolis, a 44 quilômetros do município de São Francisco, Ley Lopes (Patriota), também lamenta a interrupção dos serviços na ponte. “Infelizmente, isso atrasa o andamento do nosso município. Temos que pagar mais por tudo, porque os preços dos transportes sobem por causa da travessia da balsa”, diz. “Para vender nossos produtos, também pagamos mais. Nesse sentido, estamos quase na Idade Média”, acrescenta.
O secretário executivo e coordenador da Defesa Civil de Pintópolis, Nilson Pereira Ruas, afirma que, mesmo que a ponte seja construída, a população do município, principalmente os pequenos produtores rurais, sofre com o atraso e a cobrança da travessia do São Francisco. Rio no caso de viagens para Montes Claros, cidade central da região, e Belo Horizonte.
“Todos os dias temos problemas durante a travessia da balsa. Às vezes, outras pessoas têm que esperar até três horas para atravessar o rio”, relata Nilson. Segundo ele, houve até o caso de um paciente grave que foi transportado em uma ambulância. e acabou morrendo dentro do veículo de emergência, devido à demora na travessia do rio de balsa na cidade de São Francisco.
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