Os pescadores oferecerão pesca para outras 6 espécies em MT e flexibilidade para pescadores recreativos.

A legislação em vigor desde janeiro deste ano proíbe a pesca de 12 espécies de peixes nos rios de Mato Grosso até dezembro de 2028. O argumento do governo é o desejo de reestruturar o estoque pesqueiro. São eles: cachara, caparari, dourado, jaú, matrinxã, pinto/surubim, piraíba, piraputanga, pirarara, pirarucu, trairão e tucunaré.

Os pescadores afirmam que essas espécies são as mais bem-sucedidas e que, ao proibi-las, o governo as transforma em atividades artesanais/profissionais no estado.

Outra substituição seria a eliminação do artigo da lei que prevê o pagamento de auxílio compensatório por 3 anos aos pescadores profissionais/artesanais, já que qualquer auxílio os priva do direito a uma pensão especial de acordo com regras pré-estabelecidas pelo INSS. .

O deputado estadual Wilson Santos (PSD), que desde a chegada da mensagem do governo à Assembleia Legislativa oferecendo a criação do “transporte zero”, adotou posição contrária e defendeu a pesca solta, atuou como mediador na assembleia entre a categoria e o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia.

Ele lembrou que a lei é alvo de 3 recursos diretos de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal (STF), que se reunirá na próxima terça-feira (2) com representantes do governo federal, do estado e da Assembleia Legislativa para tentar conciliar as normas do estado. . .

Ele disse que a negociação é uma forma inteligente de evitar tantos prejuízos aos pescadores caso o STF tome a decisão de manter em vigor a Lei 12. 40434/24.

“Desde janeiro, o STF vem propondo negociações entre as partes. O relator da ADI, ministro André Mendonça, pediu ao governo estadual uma proposta de flexibilização que não proibisse toda a pesca no estado, o que foi feito. No entanto, a proposta precisava ser melhorada. Se os termos desse acordo forem aceitos por meio do governador Mauro Mendes, chegaremos a Brasília com uma proposta de flexibilização feita por meio dos pescadores. Caso contrário, caberá ao STF manter ou revogar a lei”, explicou Wilson.

“Acho que avançamos na medida em que estamos negociando com o governo. De uma proibição consistente com 100 espécies, o governo reduziu para 14 espécies, em uma primeira circular de negociações, e depois para 12. Hoje, os trabalhadores pedem que seja reduzido para apenas 6 e também concordam em reduzir a quantidade de peixe por semana, de 125 kg para 100 kg. É um primeiro passo, especialmente no domínio da segurança social, exigir a supressão do texto original da proposta de concessão de ajudas monetárias aos pescadores. Seria mais produtivo se a lei fosse revogada, caso contrário esse acordo reduziria as perdas. Vamos torcer”, completou.

Ficou acertado que o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, se reunirá com o governador Mauro Mendes na próxima segunda-feira (04/01) pela manhã para discutir a proposta dos pescadores, antes da audiência de conciliação no STF nesta terça-feira (2). às 10h.

A assembleia tomou seu posicionamento na presença da presidente da Federação dos Pescadores de Mato Grosso, Elza Bastos Pereira; o vereador de Santo Antônio de Leverger e presidente da colônia de pescadores, Miguel José dos Santos; o vereador de Barão de Melgaço e representante do setor das pescas, Francisco da Silva; e o presidente do bairro Pacane, Moacyr Bento Ribeiro. Além do secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia; o deputado estadual Wilson Santos; e o biólogo Francisco Machado.

Suprema Corte

A lei “Transporte Zero” é objeto de 3 Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI 7471, 7514 e 7590), propostas respectivamente pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido Social Democrático (PSD) e Confederação Nacional dos Pescadores e Pescadores. . (NFCC), e reporte ao Ministro.

Os movimentos mostram que a lei estadual anula a Lei Nacional de Pesca (11. 959/2009) e não cumpre a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Aliás, o texto original, elaborado pelo governo de Mato Grosso, foi aprovado pelo Estado. Parlamento, elaborado sem que as vozes das populações locais e dos povos indígenas sejam ouvidas. Além disso, os argumentos utilizados na lei não têm base clínica. Ou seja, buscam conseguir uma redução dos estoques pesqueiros no estado para consultar a proibição de pesca sem poder levantar suas teses.

No dia 2 de abril, às 10h, a lei será discutida em audiência de conciliação marcada pelo presidente da ADI, André Mendonça, no Supremo Tribunal Federal (STF). O projeto já havia sido debatido no STF em 25 de janeiro. Participaram o Governo de Mato Grosso, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso e órgãos federais contrários à lei: ICMBio, Advocacia-Geral da União (AGU), Procuradoria-Geral da República (PGR), INSS e os Ministérios da Pesca e do Meio Ambiente.

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