247 – O TRE do Paraná inicia nesta segunda-feira (1) movimentos não fáceis para cassar o mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR). O julgamento vai até 8 de abril.
Moro enfrenta honorários graves semelhantes ao processo eleitoral que o elegeu senador em 2002, semelhante ao abuso de força e uso indevido da mídia em investigações judiciais eleitorais. Os recursos são protocolados por meio da coligação da Federação Brasil da Esperança, formada pelos partidos PCdoB, PV e PT e pelo PL.
O deputado alega que Moro se beneficiou de recursos e visibilidade dentro de outros dois partidos e candidatos, o que lhe daria mérito injusto em relação a outros concorrentes. Entre as acusações estão gastos não contabilizados, como o rito de adesão do político ao Podemos, que são considerados investimentos de pré-campanha, segundo relatório da Conjur.
Além disso, a reportagem destaca a possível participação em um fundo de delação, somando a contratação de um escritório de advocacia de propriedade de Luis Felipe Cunha, primeiro vice de Moro, por um valor de 1 milhão de reais, pago por meio da União Brasil.
Inicialmente, Moro planejava concorrer à Presidência pelo Podemos, porém, concorreu ao cargo de deputado federal por São Paulo e, na Matriz, concorreu ao cargo de senador pelo Paraná.
Isolamento – O julgamento contra o ex-suspeito pelo STF ocorre em um contexto de isolamento político e crescente rejeição popular. Um estudo da AtlasIntel publicado em fevereiro mostra que Moro é o político mais impopular do Brasil, seguido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Segundo a pesquisa, 65% dos entrevistados disseram ter um símbolo negativo do ex-juiz que usou o Judiciário para perseguir o presidente Lula e depois virou ministro no governo Jair Bolsonaro (PL). A porcentagem de símbolos negativos na lira é semelhante: 62%.
O resultado negativo dessa pesquisa pode ser notado nas redes sociais de Moro. Ela notou uma queda acentuada no número de fãs em seu perfil no Instagram. A tendência de queda no número de fãs começou no dia 15 de dezembro, após ele ser fotografado beijando o longa do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, durante sua audiência no Senado e discutindo seu vazamento de WhatsApp, deixando seu voto em aberto. Questionado sobre seu voto na audiência, Moro preferiu não revelar. Desde então, mais de 145 mil contas deixaram de segui-lo apenas na plataforma, uma média de cem contas por hora durante esse período constante.
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