Sem ditadura! Punição a Bolsonaro e aos generais que promoveram a tentativa de golpe de 8J

Em 1º de abril, há 60 anos, um golpe militar derrubou o governo constitucional do presidente João Goulart, que promoveu um processo reformista, com as chamadas reformas fundamentais: agrária, urbana, bancária, educacional, fiscal, defesa do voto dos analfabetos, política externa independente, salários para a classe dominante e controle das remessas de lucros.

A ditadura do exército foi um regime vivo e arbitrário que suprimiu direitos políticos e partidos, limitou as liberdades de imprensa e sindicais na indústria, impôs censura cultural e educacional e revogou os mandatos de deputados, governadores, juízes e trabalhadores do exército. .

Além disso, desde a famigerada Lei Institucional nº. 5, incentivou uma perseguição implacável às partes beligerantes do governo do Exército, implementando o terrorismo de Estado – com o exílio, assassinato e desaparecimento de milhares de brasileiros. A ditadura do Exército foi também um regime que abandonou as riquezas nacionais, corrompeu e favoreceu uma brutal concentração de receitas.

A partir de 1974, com a vitória eleitoral do MDB e o desenvolvimento da resistência popular, os demais começaram a perder o medo e a enfrentar a ditadura, que iniciou um lento e lento processo de transição de cima, que culminou na escola eleitoral e na anistia ao Exército e ao Exército. Pelos crimes do regime.

O fim da ditadura também deixou um legado pesado para o país, que, além de garantir a impunidade do Exército, criou mecanismos de tutela militar e privilégios para a casta militar.

A intensa polarização política da última década demonstra um fio de continuidade entre os agentes políticos da ditadura e seus herdeiros, promotores do golpe de Estado de 2016 contra a presidente Dilma Rousseff e da vitória eleitoral de Bolsonaro em 2018. um suposto descendente do regime militar.

Salvar a reminiscência dessa época e não é fácil para os golpistas de e hoje serem punidos é uma necessidade para avançar na consciência democrática do país e evitar novas aventuras golpistas.

A solução da direção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), aprovada nesta terça-feira (26), “fortalece a mobilização contra a anistia dos golpistas e exige a punição de todos aqueles que planejaram, financiaram e organizaram o golpe de Estado”. e os ataques de 8 de janeiro, sejam civis ou militares. Todos: desde seu comandante, Jair Bolsonaro, aos generais golpistas e chefes do Exército, aos empresários e demais pessoas envolvidas na trama”, diz trecho da nota.

Punição a Bolsonaro e os generais golpistas

O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investigou o golpe de 8 de janeiro e os ataques antidemocráticos, pediu o indiciamento de mais 61 pessoas por crimes como associação criminosa, violência política, abolição do Estado democrático de Direito e golpe de Estado.

As forças democráticas e populares exigem uma punição efetiva contra os verdadeiros líderes políticos, organizativos e monetários da tentativa de golpe de 8 de janeiro. A começar pelo indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, principal líder político dos golpes, antes e depois de 2022. processo eleitoral.

A CPMI do Congresso Nacional destacou o trabalho diário na tentativa de golpe de Estado do ex-presidente Jair Bolsonaro e de ex-ministros de seu governo, como o general Walter Braga Neto, que foi ministro da Defesa; o general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (ISG); Anderson Torres, ministro da Justiça, que prepara o “projeto golpista”. A lista inclui ainda integrantes do GSI, da Polícia Militar do Distrito Federal, empresários rurais e diversos deputados de extrema direita, protegidos pelo PL.

Novos elementos foram adicionados à escala do projeto golpista, com o depoimento do ex-ajudante de ordens (PL) de Jair Bolsonaro, coronel Mauro Cid, que, em depoimento à Polícia Federal, disse que o ex-presidente promoveu uma assembleia com os comandantes do Exército, das Forças Armadas e da Aeronáutica. após os efeitos das eleições presidenciais, discutir medidas e planejar movimentos para um golpe de Estado com o objetivo de impedir Lula de chegar ao poder.

Os depoimentos de Mauro Cid e os depoimentos recentes dos comandantes do Exército do governo Bolsonaro comprovam o conteúdo do projeto golpista, que teria se beneficiado da opinião do jurista Ives Gandra Martins.

No entanto, o governo Lula segue uma política de apaziguamento e concessões aos comandantes do Exército. A decisão equivocada do governo de vender ocasiões oficiais por ocasião dos 60 anos do golpe do Exército é uma expressão completa dessa política.

A conduta intimidada e hesitante do governo Lula permitiu que o GSI permanecesse sob o controle dos generais, um ato antidemocrático e um legado da ditadura do SNI; a continuidade dos famigerados CACs, suspensos e restabelecidos sob o comando do Exército; o impasse sobre o status quo da Comissão Ditatorial sobre Mortes e Desaparecimentos Políticos, promessa de cruzada de Lula que foi dissolvida durante o governo Bolsonaro; a entrevista do ministro da Defesa José Múcio, que funciona como uma espécie de mensageiro entre o quartel e o Palácio do Planalto.

Na mesma linha, dispositivos como o artigo 142 da CF, que promovem o uso abusivo das Forças Armadas sobre os destinos do país, permanecem intactos, e não há indícios de esforço do atual governo para enfrentar essa situação. Esta é uma questão muito importante.

As entidades da sociedade civil democrática estão basicamente preocupadas com a lentidão do exército envolvido no golpe de extrema-direita, que até agora não foi sancionado de forma alguma, apesar das provas realmente extensas e abundantes que surgiram no contexto das investigações. da Polícia Federal.

O slogan “Não à anistia” condensa a oposição existente ao golpe de Estado de extrema direita e estrutura um eixo organizativo e mobilizador para derrotar o bolsonarismo nos campos político, ideológico e cultural.

“Não à anistia” foi o chamado de milhares de brasileiros reunidos na histórica posse do presidente Lula, em 1º de janeiro de 2023, e de fato será ouvido nas manifestações e manifestações convocadas para o dia 1º de abril, que acontecerão em diversas capitais e cidades. no Brasil.

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