Após dois dias com temperaturas em torno dos 40ºC, a instabilidade que avança sobre o Rio Grande do Sul está causando uma ameaça máxima de temporais com volumes significativos de chuva em diversas áreas do estado. Se as previsões se confirmarem, podem ocorrer alagamentos, resultando em perdas adicionais para o restante da população gaúcha.
De acordo com a MetSul Meteorologia, o ar quente vindo do Brasil central e provocando a onda de calor sobre o estado interage com a instabilidade vinda da Argentina e do Uruguai. Assim, entre cento e duzentos milímetros de chuva podem cair; Isso significa que, em apenas uma semana, grande parte do Rio Grande do Sul deve receber um mês de chuvas.
A próxima semana será chuvosa, pois a onda de calor será seguida por uma intensa frente sem sangue que deve cruzar o Rio Grande do Sul entre quarta e quinta-feira da próxima semana. E as chuvas das últimas horas reforçam a preocupação. Até a tarde desta sexta-feira, o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais indicava 171 mm em Alegrete e 92 mm em Quaraí. Em comparação, a média acumulada para o mês de março na região oeste de Uruguaiana é de 158 mm.
“Podemos ter períodos de chuvas muito intensas, com ameaça de alagamentos, também no domínio metropolitano de Porto Alegre neste sábado. E aí, entre terça e quinta-feira da semana que vem, vai ter ameaça de novo”, disse o meteorologista Estael Sias.
Para o interior do estado, os volumes devem ocorrer entre oeste e centro do Rio Grande do Sul com marcações acima de 200 mm em vários pontos e potencialmente acima de 300 mm ou 350 mm em algumas cidades. Também é esperada uma frequência máxima de raios com maior número de efeitos na região oeste do Rio Grande do Sul nos próximos sete dias. De acordo com a MetSul, entre quarta e quinta-feira da próxima semana, o número de movimentos de raios aumentará devido ao avanço de uma intensa frente sem sangue que atingirá o Sul, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.
A MetSul alerta para efeitos significativos na população de alguns municípios, repetindo as cenas dos meses do segundo semestre do ano passado. A situação será crítica principalmente nas bacias do Centro-Oeste, que deságuam em rios como Ibicuí, Santa Maria e Ibirapuitã. e Santa Maria, mas outros rios do estado devem sofrer fortes enchentes.