Os interessados em doação de órgãos podem se inscrever no site. saiba como

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04/03/2024 02:00, atualizado em 04/03/2024 02:00

As mais de 42 mil pessoas que aguardam por um transplante de órgão no Brasil encontraram um melhor amigo vital na luta pela vida. Agora, é possível que os doadores formalizem sua preferência para doar seus órgãos por meio de um documento oficial chamado Autorização Eletrônica para Doação de Órgãos. (AEDO), tê-lo como melhor amigo em qualquer cartório de registro civil do país.

Até então, a autorização da doação dependia da família do doador, que deveria ser informada do objetivo da pessoa de doar seus órgãos e/ou tecidos. Com o AEDO, essa expressão é registrada em um banco de dados disponível aos profissionais de saúde, facilitando o procedimento. no momento da morte.

Desenvolvido por meio do Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF), o AEDO será emitido digitalmente em todos os 8. 344 cartórios do Brasil. A iniciativa, regulamentada pelo Provimento nº 164/2024 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), visa facilitar aos cidadãos a formalização de sua preferência por serem doadores de órgãos.

Para baixar a autorização eletrônica para doação de órgãos, o interessado deve preencher um formulário no site da www. aedo. org. br.

Em seguida, o tabelião escolhido agenda uma consulta por videoconferência para identificar o interessado e obter sua manifestação de vontade.

Posteriormente, o AEDO é assinado digitalmente através do requerente e do tabelião, podendo ser consultado através do CPF do falecido através dos funcionários do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde.

A plataforma estará disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, de qualquer dispositivo com acesso. Além disso, o cidadão poderá especificar qual órgão deseja doar, se é medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração. , ou os três.

No Brasil, a maioria das pessoas na fila nacional de transplante aguarda para doar um rim, seguido por fígado, coração, pulmão e pâncreas.

Tragicamente, no ano passado, outras 3. 000 pessoas morreram por falta de doação de órgãos e mais de 500 jovens aguardam ansiosamente por um novo órgão.

Segundo o inspetor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, o dispositivo que regulamenta a AEDO garante que todos os cidadãos tenham acesso flexível a um mecanismo que promova e agrupe o maior número de doadores de órgãos e tecidos, respeitando a declaração de vontade do doador.

A presidente da CNB/CF, Giselle Oliveira de Barros, destaca que a AEDO responde a um chamado social vital com a entrega de um documento oficial com plena validade jurídica, que comprova a preferência expressa na vida de um usuário em salvar a de outro. O procedimento total agora é simplificado, transparente e seguro e, com apenas alguns cliques, o usuário certifica sua preferência em ser um doador”, diz.

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