DF: a empresa está na mira do TCDF e da MP por rodar em ônibus antigos

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04/01/2024 18:54, atualizado em 04/01/2024 19:29

A empresa Maréchal apontou por meio do Tribunal de Contas da União (TCDF) e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) a operação de ônibus antigos. Os deputados distritais acionaram as agências após a empresa não cumprir os prazos obrigatórios para renovar sua frota. Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) também determinou a suspensão dos repasses públicos à Maréchal, lembrando que uma dívida faturada por meio da empresa, de R$ 196. 794. 311,80, não foi bem explicada.

No Parlamento, o Distrito Max Maciel (PSol) apresentou uma queixa contra Maréchal na qual denuncia o “incumprimento da renovação obrigatória dos autocarros marítimos públicos da empresa”, alegando que os carros foram trocados por novos em 2023. Maréchal, no entanto, indicou que eles só serão totalmente substituídos em 2026.

A representação fornece os números informados por meio da Secretaria de Estado dos Transportes e Mobilidade Urbana (Semob). Em abril de 2023, poucos meses antes da renovação do contrato, a Maréchal precisou atualizar 326 veículos, de um total de 446 na frota.

“A Semob renovou o contrato com cláusula de rescisão, condicionando sua prorrogação à renovação normal da frota através da Maréchal. Questionada sobre o cronograma de renovação, a empresa disse que pretende renovar sua frota até o final de 2026.

Segundo a representação, “a não renovação da frota de autocarros marítimos públicos, que deverá estar concluída até agosto de 2023, representa uma grave violação dos direitos coletivos dos consumidores a terem um serviço adequado e eficaz”.

A denúncia do deputado Max Maciel pede uma investigação por meio do Ministério Público “sobre os interesses coletivos e difusos dos usuários do transporte coletivo do Distrito Federal”, além de “justa reparação dos danos gerados pela insuficiência dos ônibus que circulam com o prazo de validade vencido”.

No TCDF, os deputados Max, Dayse Amarílio (PSB) e Fábio Felix (PSol) apresentaram um complemento à denúncia apresentada anteriormente. Ou seja, as prefeituras já haviam solicitado ação judicial contra Maréchal pela não renovação da frota, mas agora acrescentaram informações.

O conhecimento colhido por meio dos parlamentares mostra, segundo eles, uma “falha permanente por parte da Auto Viação Marechal em renovar a frota e fornecer um certificado de regularidade fiscal”.

Os eurodeputados afirmam que a empresa tinha uma “sensação de impunidade diante do Rephi de 2023” quando negociou e cancelou suas dívidas com o governo.

“Tal descumprimento parece se dever à crença da concessionária na ineficácia da aplicação das multas devidas ao Refis 2023, que anulou os efeitos dessa penalidade pecuniária concedendo-lhe redução de 99%. “

O Metrópoles esteve em Maréchal e aguarda resposta. A área permanece aberta.

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