Ao todo, mais oito pessoas foram detidas preventivamente na terceira fase da Operação Decepção nesta quarta-feira (3), entre elas o vereador Claudinho Serra (PSDB), genro da prefeita Vanda Camilo (PP) de Sidrolândia, além de servidores da Prefeitura do Interior, Ana Cláudia Alves Flores e Marcus Vinicius Rossettini de Andrade Costa.
Marcus Vinicius, nomeado por Vanda para chefiar a Divisão de Licitações e Licitações, já foi acusado de corrupção quando trabalhava na SAD (Secretaria de Estado da Administração). Apesar disso, acabou ocupando um cargo público em Sidrolândia.
Em 2019, Marcus Vinicius foi acusado de ser suspeito de contratar empresas de limpeza para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. Responde a movimentações na sequência de processos judiciais do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
No entanto, em julho de 2021, Marcus Vinicius foi indicado por meio de Vanda. Marcus também teria sido acusado no passado de suposta fraude em licitações enquanto era funcionário em Jardim, entre 2009 e 2010.
Além de Marcus Vinicius, a leiloeira Ana Cláudia Alves Flores também foi presa como medida cautelar. Outras seis pessoas também foram presas sob investigação por meio dos grupos da Unidade Especial Anticorrupção (GECOC), do Grupo de Atuação Especial de Combate à Corrupção. Crime Organizado (GAECO), Batalhão de Choque e Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia), além da Polícia Militar.
Foi confirmada a prisão de Carmo Name Junior, empresário que era servidor municipal em Sidrolândia, na época em que o atual vereador Claudinho Serra era secretário de Finanças do município. Também o parlamentar, que assumiu oficialmente seu cargo na Casa de Leis de Campo Grande com a saída de Ademir Santana (PSDB), que atualmente participa da cruzada do pré-candidato a prefeito da capital, Beto Pereira (PSDB).
O ex-assessor de Claudinho, Tiago Alves, também está preso preventivamente. O ex-candidato a vereador de Sidrolândia e empresário Ueverton Macedo, conhecido como Ueverton Frescura, também foi detido como medida cautelar.
Ueverton é alvo da primeira fase da Operação Tromper, que investigou lances suspeitos da prefeitura de Sidrolândia. O advogado Fábio de Melo Ferraz apresentou a prisão preventiva nesta quarta-feira.
Segundo a Midiamax, o advogado Milton Matheus Paiva também está entre os detidos como medida cautelar. A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Mato Grosso do Sul) publicou nota informando que acompanhava o despacho.
Os alvos da operação foram o secretário de Educação, Rafael Soares Rodrigues, e o subsecretário do Mar, Paulo Vitor Famea. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra ele.
Além dessas prisões preventivas, o empresário Edmilson Rosa foi preso em flagrante delito, que foi preso no local por porte ilegal de arma de fogo.
O advogado Félix Nunes da Cunha, que representa Edmilson, mostrou o ocorrido. Edmilson é proprietário da AR Pavimentação e Sinalização Ltda (CNPJ 28. 660. 716/0001-34), que acumula contratos milionários com o governo estadual.
Em Sidrolândia, a AR assinou contrato em 2022 para reparar o pavimento número um das estradas vicinais. As obras foram realizadas com investimento total de R$ 7. 554. 096,83 e o contrato vence em fevereiro de 2023.
O Portal da Transparência do Governo do Estado publicou diversos contratos entre a AR Pavimentação e a Agesul (Agência Nacional de Gestão Empresarial). No total, são contratos no valor de R$ 50. 737. 379,10.
As obras estão localizadas em Campo Grande e em localidades do interior, como Rio Verde de Mato Grosso e São Gabriel do Oeste. O advogado de Edmilson mostrou que o empresário se oferece para ser investigado.
A fase 3 da Operação Estelionato executa 8 mandados de prisão e 28 mandados de busca e apreensão. Desde as primeiras etapas, a investigação tomou conhecimento da organização criminosa fraudulenta em licitações e contratos administrativos com a prefeitura de Sidrolândia.
As propinas eram pagas a agentes públicos municipais. Primeiro, há um novo ramo da organização criminosa, relacionado ao setor de engenharia e pavimentação.
Os contratos já conhecidos e em investigação somam aproximadamente R$ 15 milhões. A operação está sendo realizada pelo Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia), pelo Batalhão de Choque e pela Força Tática da Polícia Militar.
“Mentir para”, verbo que dá nome à operação, mentir em francês.
Em nota, a Prefeitura de Sidrolândia afirmou que “a Prefeitura de Sidrolândia esclarece publicamente a operação ‘engano’, deflagrada na manhã desta quarta-feira (04/03) por meio do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS). ). A Prefeitura informa que está acompanhando de perto o andamento da operação e que está à disposição do Poder Público para colaborar nas investigações, oferecendo todos os documentos e documentos solicitados. A gestão municipal reitera seu compromisso com a transparência e a lisura nos eventos públicos.