Epidemia ou epidemia de dengue? Entendendo a diferença e Mato Grosso do Sul

Em março, o Brasil superou em quase 1 milhão o número de casos prováveis de dengue registrados no total de 2023, levando várias localidades do país a declarar situação epidêmica. Em Mato Grosso do Sul, no entanto, a situação é diferente. Aqui, até agora há 36% menos casos do que na mesma época do ano passado.

De acordo com a SES (Secretaria de Estado da Saúde), o estado vive uma alta incidência de casos de dengue, mas tem registrado um surto ou surto da doença. De fato, em 2023, foram registrados 6. 303 casos mais prováveis de dengue nos primeiros 3 meses do ano do que no primeiro trimestre de 2024.

Assim, em um país continental como o Brasil, as estatísticas da dengue revelam que uma mesma doença pode ter vários estágios e estágios, mesmo que ocorram simultaneamente. Para ver a diferença entre esses cenários, o Jornal Midiamax conversou com o Dr. Iris Bucker, professora de Medicina da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

“Um surto é um cenário em que há um aumento repentino do número de casos em um determinado lugar, ou o surgimento de algo novo. Portanto, estamos falando de uma situação limitada em um tempo limitado”, explica o médico.

“Por exemplo: um surto de sarampo na cidade baiana, um surto de bactérias resistentes na UTI (Centro de Terapia Intensiva) de um determinado hospital”, completa. Então, podemos dizer que esse cenário é mais explícito do que uma epidemia. ou uma pandemia.

“Uma epidemia acaba sendo como uma epidemia, mas em uma proporção maior”, diz o professor. Ou seja, quando afeta várias áreas de uma cidade, uma cidade inteira, um estado inteiro. “Por exemplo, o surto de dengue existente (no Brasil). Temos um número esperado de casos de dengue por ano, mas neste momento superou esse número esperado de casos. Portanto, o cenário é epidêmico”, explica Iris.

Quando o aumento do número de casos ocorre em escala global, com registros da doença em vários continentes ao mesmo tempo, falamos em pandemia, como observamos com a Covid-19.

“Uma pandemia é aquele acúmulo de casos em escala global, ao mesmo tempo e por um período limitado, em um período de cerca de um ano, um ano e meio. Foi o que aconteceu com a pandemia de covid-19. Na verdade, é uma doença nova, mas pode ocorrer com doenças que já são conhecidas e atingiram um panorama global”, explica o médico.

Embora o “boom” de casos de coronavírus em todo o mundo tenha transformado a doença em uma pandemia de 2020 até o início de 2023, ultimamente a infecção é endêmica.

“Uma endemia é uma doença que veio para ficar em um lugar seguro, então este ano temos um número esperado de casos para aquela área. É uma doença endêmica. Por exemplo, na nossa região temos a dengue, temos a leishmaniose, a H1N1, que tem casos durante todo o ano e se mantém nesse patamar”, descreve o instrutor.

No caso da Covid-19, a doença se tornou endêmica, pois perdeu seu status global. “Superada essa era expressa de um ano, dois anos de pandemia, agora se tornou uma doença endêmica, ou seja, uma doença que vai ficar conosco, para sempre, e em um número pré-determinado de casos previstos para uma determinada época do ano”, explica o médico.

As medidas a serem tomadas em um cenário, seja endêmico, epidêmico ou pandêmico, vão variar de acordo com o que está sendo controlado.

“Esses rankings são necessariamente um alerta para o sistema de condicionamento físico. Por exemplo, há um surto de uma determinada doença neste bairro, então vamos ver o que acontece, se é falta de vacinas, se é falta de medidas fundamentais, saneamento, se é mosquito, é inadequado. Depende da doença”, diz Iris.

Se o cenário aumentar para o risco de uma epidemia, ele explica que a população conseguirá combater a doença.

“O governo está dando o sinal, há uma epidemia e a população pode ajudar”, disse.

“Muitas dessas doenças são infecciosas e parasitárias e queremos o auxílio da população diante da contaminação, como ajudar na manutenção das hortas, quando as doenças são transmitidas através dos mosquitos, e se são transmitidas através dos animais, avaliando o prestígio físico de seus animais e orientando-os para a vacinação”, finaliza.

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