Mato Grosso do Sul encerrou a safra de cana-de-açúcar 2023/2024 com saldo recorde de produção. Foram processadas 52,4 milhões de toneladas de tecidos brutos, um aumento de 17,4% em relação à temporada passada. A produção de etanol atingiu 3,8 bilhões de litros (-15%) e a de açúcar, 2,2 milhões de toneladas (-50,9%).
A energia elétrica produzida a partir da biomassa da cana-de-açúcar também apresentou saldo positivo, conseguindo exportar 2 milhões de MWh (-8,6%) para a rede nacional. O conhecimento divulgado na inauguração da Expocanas, uma das maiores feiras industriais do setor sucroenergético, foi realizado na semana passada.
Atualmente, 19 indústrias de bioenergia estão em operação no estado. A atividade é responsável pela injeção de mais de R$ 1,2 bilhão em salários no Estado e responde por 16,5% do PIB da Balança Comercial. “Geramos cerca de 30 mil empregos diretos e terceirizados e estamos atendendo em mais de 40 municípios, gerando oportunidades de emprego, capacitação profissional, fonte de renda e desenvolvimento local”, disse o presidente da Biosul, Amaury Pekelman.
Para o novo ciclo da cana-de-açúcar, que no dia 1º de abril em todos os estados do Centro-Sul do país, a Biosul apresentou a primeira estimativa de produção para Mato Grosso do Sul.
O processamento da cana-de-açúcar aumentará para 53,1 milhões de toneladas e produzirá 4,5 bilhões de litros de etanol, 2,5 milhões de toneladas de açúcar e 2,5 milhões de MWh de bioeletricidade.
Na projeção, a entidade levou em conta novas montagens que devem entrar em operação em 2024, aumento no percentual de etanol de milho e um portfólio de bioenergia com novos produtos, como biogás e biometano.