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O mercado ilegal de cigarros é responsável pela venda de 20% dos cigarros consumidos no Rio Grande do Sul. Isso significa que de cada cem cigarros vendidos, 20 são oriundos do setor criminal, que movimentava cerca de R$ 721 milhões no solo gaúcho por ano. O levantamento é do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade.
Além disso, a investigação mostra que foi apenas no primeiro trimestre de 2024 que duas fábricas clandestinas foram fechadas no Brasil, uma delas interna a Cristal, na região da Costa Doce, a cerca de 30 quilômetros de Camaquã.
Segundo o presidente do FNCP, Edson Vismona, o mercado ilegal de cigarros gera altos lucros e baixos riscos, com fenômenos econômicos e criminais que afetam a segurança da sociedade.
O grande atrativo, disse ele à GZH, é o pagamento de impostos. Produtos brasileiros legais são tributados, no caso do cigarro, 70%, e produtos contrabandeados pagam metade. O produto médio vendido no Brasil custa R$ 7 e o contrabando custa em torno de R$ 4.
Levando isso em conta, o FNCP estima perdas de R$ 198 milhões no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além de R$ 3,2 bilhões não recolhidos no Rio Grande do Sul com o mercado ilegal de cigarros nos últimos anos. .
A maioria dos cigarros ilegais que circulam no Rio Grande do Sul vem do Paraguai e é consumida no território gaúcho, por não ser uma posição de “trânsito”. Mas, segundo Vismona, fábricas ilegais também estão sendo criadas. no RS devido à facilidade de produção e acesso a matérias-primas.
Segundo ele, organizações criminosas estrangeiras atuam aqui e vice-versa. Há também milícias, como no Rio de Janeiro. Os dados foram compartilhados com o colunista Rodrigo Lopes.
Em todo o país, o mercado ilegal de cigarros vai movimentar R$ 10 bilhões até 2023. No total, foram vendidos cerca de 39 bilhões de cigarros contrabandeados.
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Publicado primeiro em Clic Camaquã » O mercado ilegal de cigarros movimentou mais de R$ 720 milhões no Rio Grande do Sul em 2023.
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