Na última terça-feira (9), a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, por 30 votos a 14, o projeto de lei que autoriza o governo a identificar o chamado Programa de Escolas Cívicas e Militares. Com esse PL, o Estado tem a garantia de ser suas cerca de 80 escolas militares mesmo após o governo Lula acabar com o programa criado pelo ex-presidente Bolsonaro.
“As escolas públicas que já mantêm o estilo civil-militar ficaram sem legislação. O PL 344 cria o estilo cívico-militar no Rio Grande do Sul, seguindo o estilo que já está acontecendo no Paraná, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, superando esse defeito legislativo e oferecendo o estilo cívico-militar nas escolas estaduais e municipais do Rio Grande do Sul, com ampla consulta à comunidade”, diz o deputado que criou o PL. delegado Zucco (Republicanos)
Zucco afirmou ainda que “nada será imposto, nenhuma escola será explicada como escola cívico-militar, aqueles que quiserem aderir ao programa através do voto de todos, pais e acadêmicos de cada município”. O voto é, via de regra, uma farsa destinada a dar legitimidade às escolas militares.
Em todo o país, há várias acusações de que os militares obrigaram pais e professores a votarem a favor da implementação do modelo, por exemplo. Sem contar que esse tipo de acusação ignora completamente a opinião mais importante dessa discussão: a dos alunos.
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