Em nota enviada à imprensa no final da manhã desta terça-feira (16), o governo do estado de Mato Grosso do Sul anunciou que o ex-DGPC (Delegado Geral da Polícia Civil) assume a subsecretaria da SAD-MS (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização).
“Com o objetivo de melhorar e evoluir a entrega dos equipamentos públicos à população de Mato Grosso do Sul, o Governo de Mato Grosso do Sul informa que o ex-Delegado Geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel Filho, assumirá a Subsecretaria da SAD. (Secretário de Estado da Administração e Desburocratização)».
De acordo com a nota, “o novo desafio que lhe é apresentado deve-se à sua experiência e conhecimento no controle da Polícia Civil. O atual titular do cargo, Daynler Martins Leonel, permanece no comando do Estado, também no Estado de São Paulo. “Estamos na vanguarda de um novo desafio, de natureza técnica e estratégica, de forma a contribuir para as premissas que consultam o controlo de um mundo próspero, inclusivo, verde e digital”, conclui.
O governador Eduardo Riedel (PSDB) assumiu o comando da Polícia Civil do Ministério da Saúde nesta terça-feira (16), pouco mais de um ano após assumir o governo.
Assim, Roberto Gurgel de Oliveira Filho ignorou o pedido. Lupésio Degerone Lúcio foi nomeado como novo Delegado Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, segundo o DOE-MS (Diário Oficial do Estado).
Lupésio trabalhava em Dourados, onde assumiu a chefia da delegacia regional em janeiro de 2015, após atuar como 1º DP por dois anos. Na ocasião, substituiu o atual secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira. que havia deixado a delegacia regional para assumir o controle da Sejusp.
Degerone é diretor do Interior da Adepol (Associação dos Delegados de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul).
Gurgel assumiu a chefia da Polícia Civil do MS em fevereiro de 2022, após um escândalo que levou à demissão de seu antecessor, o delegado Adriano García.
Nesse momento, Adriano, envolvido em uma briga, usou o veículo para atingir uma jovem que “lhe deu o dedo do meio” e atirou contra o carro da jovem.
No entanto, além do episódio de briga que terminou com uma tentativa de “esquentar” a abordagem supostamente fracassada, Garcia enfrenta uma crise interna.
O combate aos jogos de azar separou a Polícia Civil do MS, e Garcia continuou pressionando um delegado para descobrir os “detalhes” da investigação.
No entanto, a exoneração de Roberto Gurgel por meio de um delegado de Dourados coincide novamente com operações que tiveram impacto no combate ao crime de MS.
Conforme previsto pelo Jornal Midiamax em reportagem de outubro de 2023, o confronto pela partida em Campo Grande dividiu a Sejusp.
Assim, segundo as investigações, policiais teriam subornado por meio de criminosos e até cometido roubos entre equipes que disputavam para “atuar” na capital.
O Gaeco investigou denúncias de corrupção na Sejusp e o envolvimento de agentes de segurança pública em jogos de azar em Mato Grosso do Sul.
Em dezembro de 2023, foi deflagrada a Operação Sucessão. Assim, as investigações resultaram em 10 mandados de prisão temporária e treze mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Ponta Porã.
O deputado estadual Neno Razuk (PL) foi alvo da operação que resultou em um mandado de busca e apreensão. Além disso, 4 assessores do deputado, de Dourados, foram presos.
Como componente da Operação Sucessão, o parlamentar do PL (Partido Liberal) nomeou por meio do Gaeco para liderar a organização no enfrentamento pelo partido de Campo Grande. Assim, Neno foi indiciado em fevereiro deste ano.
No entanto, na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), o presidente Gerson Claro (PP) disse que abriria processo contra o colega caso um partido formalizasse uma denúncia.
Enquanto isso, nas cenas da Sejusp, os garçons relatam que a divisão interna continua. Há cerca de 60 dias, começaram a surgir rumores antecipando a substituição de Gurgel na Polícia Civil do MS.
Há relatos de que as investigações sobre jogos de azar em Mato Grosso do Sul precisam ser “interrompidas”.
Oficialmente, no entanto, todos negam. Procurada por meio da reportagem, a Sejusp se limitou a afirmar que a troca no Comissariado Geral da Polícia Civil do MS foi realizada “a pedido de Gurgel”.
“As mudanças de grupos e forças são gerais e podem ocorrer a qualquer momento, dependendo da vontade do gestor ou do governo, bem como do usuário que ocupa o cargo”, diz nota da Secretaria.
De acordo com a assessoria de imprensa da PCMS, a instituição tem coisas a discutir. Por fim, Gurgel se pronunciou oficialmente no momento desta publicação.
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